Maio de 1940 – Ofensiva no Ocidente
Invasão alemã da Holanda, Bélgica,
Luxemburgo e França
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Em maio de 1940, o noroeste da Europa viu-se sob uma precipitação de fogo e metralha. Mesmo ainda atuando no cenário de guerra nos fiordes da Noruega, o Alto Comando alemão voltou suas atenções para os campos já ensopados de sangue durante a Grande Guerra [depois chamada de Primeira Guerra Mundial, pois de fato iniciava-se a Segunda] com a ofensiva desencadeada pelo Caso Amarelo [Fall Gelb].
Em maio de 1940, o noroeste da Europa viu-se sob uma precipitação de fogo e metralha. Mesmo ainda atuando no cenário de guerra nos fiordes da Noruega, o Alto Comando alemão voltou suas atenções para os campos já ensopados de sangue durante a Grande Guerra [depois chamada de Primeira Guerra Mundial, pois de fato iniciava-se a Segunda] com a ofensiva desencadeada pelo Caso Amarelo [Fall Gelb].
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Ofensiva alemã
Em 10 de maio, aviões de transporte da Luftwaffe despejaram tropas de paraquedistas sobre os campos dos Países Baixos [Holanda] e Bélgica, a causarem impacto com semelhante tática – tropas aerotransportadas – enquanto os caças atacavam as linhas defensivas dos exércitos aliados – principalmente os belgas e franceses. Enquanto isso, a Força Expedicionária Britânica (BEF), comandada pelo General Lord Gort (John Vereker, 1886-1946) movia-se para a fronteira holandesa, em movimento de flanco.
De acordo com os planos anteriores dos alemães – sendo que alguns documentos haviam caído antes em mãos da inteligência aliada [em janeiro, na Bélgica, um oficial alemão sofreu um acidente aéreo, e não teve tempo de queimar os documentos que levava consigo, mais detalhes ver “Incidente Mechelen”] - a ofensiva teria um impacto maior sobre os territórios nederlandês e belga, quase uma 'repetição' do Plano Schlieffen [aquele da Grande Guerra], o que levou a uma concentração de tropas aliadas ao norte.
Contudo, as forças blindadas [Panzerdivisionen], sob o comando do General Guderian [1888-1954] visavam atravessar uma área de difícil acesso, a grande Floresta das Ardenas ['Ardennes' ou 'massif ardennais'], rumo ao rio Meuse e na direção da cidade francesa de Sedan [local célebre pela derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana de 1870]. Assim, poderiam sair na área francesa em local não esperado – e portanto debilmente defendido.
Foi o que aconteceu! Enquanto os aliados corriam para o norte – Países Baixos e Bélgica – os alemães davam uma outra volta, no meio de uma região inóspita, e saíam num ponto estratégico a sudeste ! Tudo fazia parte de um outro plano do Alto Comando alemão, apresentado pelo oficial Manstein e adaptado pelas 'intuições' do ditador Hitler. O Plano Manstein [que Churchill chamava de 'sickle cut', 'golpe de foice', 'coup de faucille', Sichelschnitt] apresentava um 'arco' inverso ao de Schlieffen – pois partia do noroeste seguia para o oeste e desviava para o norte, até as costas do Canal da Mancha.
O que provocou? O envolvimento das tropas aliadas. Pois enquanto se moviam para o norte, as vanguardas dos franceses e dos britânicos não percebia um movimento na retaguarda. Manobra que poderia isolar as tropas das bases no Canal e da capital francesa, Paris. Este movimento somente poderia ser evitado de duas formas – ou ambos os modos juntos – com o ataque para o sul, para dispersar as vanguardas alemãs (basicamente de blindados, e pouca infantaria) e bombardear aéreo contra as linhas de abastecimento das tropas alemãs.
Mas veremos que os aliados – apesar de manobrarem com tanques tão potentes quanto os germânicos – não conseguiram estabelecer uma tática conjunta para fazer uma 'cunha' entre as tropas invasoras. E quanto aos aviões, realmente os aliados não poderiam contrabalancear a força inicial da Luftwaffe, com seus quase 6 mil aeroplanos – bombardeiros e caças, com destaque para os enormes Heinkel, os transportes Junkers , os caças Messerschmitt e os bombardeios de mergulho Stukas (Junkers JU 87).
notas:
Incidente Mechelen
http://pt.worldwar-two.net/curiosidades/42/
http://www.blogdasegundaguerra.com.br/?p=810
http://en.wikipedia.org/wiki/Mechelen_Incident
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O Bombardeio de Rotterdam
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A desprotegida cidade portuária holandesa de Rotterdam foi severamente atacada entre 10 e 14 de maio de 1940, com a invasão das tropas aerotransportadas, sob o comando do General Kurt Student [1890-1978].
A desprotegida cidade portuária holandesa de Rotterdam foi severamente atacada entre 10 e 14 de maio de 1940, com a invasão das tropas aerotransportadas, sob o comando do General Kurt Student [1890-1978].
Os comandantes alemães ameaçaram os holandeses com promessas de terrível destruição, visando assim acelerar a rendição dos Países Baixos. Conseguiram a rendição, mas não desistiram de mostrar 'força da guerra moderna', e Rotterdam seria condenada – como um 'aviso' aos inimigos da supremacia nazista!
Após vencerem em Rotterdam, em 14 de maio, as tropas alemãs ocuparam os arredores, enquanto um esquadrão de bombardeios preparava um dos maiores ataques já testemunhados pelas populações civis – únicos paralelos eram ainda Guernica [abril de 1937] e Warsaw [Varsóvia, setembro de 1939]
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imagens de Rotterdam arrasada
em http://www.zum.de/whkmla/documents/rotterdam/xrotterdam1940.html
video sobre a invasão da Holanda (Países Baixos)
http://www.youtube.com/watch?v=SSycLky3zGs&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=iJQL8qXAXoA&feature=related
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Contra-ofensiva aliada – A Batalha de Arras
Contra-ofensiva aliada – A Batalha de Arras
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Enquanto as tropas alemãs seguiam a toda velocidade para o Canal da Mancha, os aliados – principalmente os britânicos, trataram logo de frear ou dividir as tropas invasoras. Assim, os blindados comandados pelo General Rommel [ainda não celebrizado, tendo no currículo a derrota dos italianos na Batalha de Caporetto, outubro-novembro de 1917, durante a Grande Guerra ] enfrentaram tropas britânicas com reforço blindado [tanks Matilda] nos arredores de Arras, cidade francesa já celebrizada por tanto sangue derramado na Primeira Guerra Mundial [abril-maio 1917; e agosto 1918 ].
Enquanto as tropas alemãs seguiam a toda velocidade para o Canal da Mancha, os aliados – principalmente os britânicos, trataram logo de frear ou dividir as tropas invasoras. Assim, os blindados comandados pelo General Rommel [ainda não celebrizado, tendo no currículo a derrota dos italianos na Batalha de Caporetto, outubro-novembro de 1917, durante a Grande Guerra ] enfrentaram tropas britânicas com reforço blindado [tanks Matilda] nos arredores de Arras, cidade francesa já celebrizada por tanto sangue derramado na Primeira Guerra Mundial [abril-maio 1917; e agosto 1918 ].
Realmente foi uma 'batalha de tanques' onde os panzers enfrentaram os Matilda e os alemães somente conseguiram vencer quando usaram canhões de artilharia anti-aérea [88 mm Flak] apontados para os tanques britânicos! [Lição aprendida e aplicada pelas tropas do Afrika Korps um ano depois...]
“Os tanques britânicos conseguiram superar facilmente as unidades da vanfuarda de Rommel e destruíram as baterias antitanques, que tentaram deter seu avanço. Os canhões alemães eram de calibre reduzido e não podiam perfurar as grossas couraças dos tanks Matilda, alguns dos quais chegaram a receber até 15 impactos, sem sofrer danos. Diante dessa crítica situação, Rommel ordenou o fogo de poderosos canhões antiaéreos de 88 mm, que conseguiram paralisar o avanço dos tanks. Mas, os alemães já haviam perdido cerca de 500 soldados, 40 tanks e uma centena de caminhões.
Ao cair da tarde, o general Martel ordenou que suas forças se entrincheirassem em duas localidades distantes alguns quilômetros de Arras. Logo em seguida, a Luftwaffe lançou um ataque de esquadrilhas Stukas e, mediante bombardeio incessante e demolidor, conseguiu desalojar os britânicos das suas posições. Era o momento que Rommel aguardava. Rapidamente, movimentou os seus veículos blindados e atacou em campo aberto as forças inglesas em retirada, infligindo-lhes perdas sangrentas. Ao cair da noite, a batalha havia terminado. Os ingleses se encontravam novamente em Arras, seu ponto de partida.”
fonte: A Segunda Guerra Mundial. Ed. Codex, 1965.
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por Leonardo de Magalhaens
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fontes:
Grandes Crônicas da Segunda Guerra Mundial.
Rio de Janeiro, Seleções Reader's Digest, 1969, 3v.
fontes:
Grandes Crônicas da Segunda Guerra Mundial.
Rio de Janeiro, Seleções Reader's Digest, 1969, 3v.
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CHURCHILL, Winston. “Memoirs of The Second World War”. 1959
(“Memórias da Segunda Guerra Mundial”, 1995,
trad. Vera Ribeiro. Nova Fronteira, 1995 )
CHURCHILL, Winston. “Memoirs of The Second World War”. 1959
(“Memórias da Segunda Guerra Mundial”, 1995,
trad. Vera Ribeiro. Nova Fronteira, 1995 )
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McINNIS, Edgar. História da II Guerra Mundial - 1939-1945.
6v. Porto Alegre, Globo, 1956.
McINNIS, Edgar. História da II Guerra Mundial - 1939-1945.
6v. Porto Alegre, Globo, 1956.
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