terça-feira, 10 de março de 2009

Planos Imperialistas dos militaristas japonenes




Planos Imperialistas dos militaristas japoneses

Tanto a Itália quanto o Japão lutaram junto com os Aliados,
na Primeira Guerra Mundial,contra o Império Alemão e o
Império Austro-Húngaro. Contudo, tanto Itália quanto Japão
ficaram insatisfeitos com as conquistas (limitadas pelas
Potências ocidentais, Grã-Bretanha, França, EUA). A Itália
(com meio milhão de mortos) conseguiu apenas o controle
do Trentino e de Trieste – e afundou em crise econômica.

O Japão queria controle sobre a Manchúria, maior intervenção
na China, além de consolidar suas fronteiras com o Império
Russo (então URSS) Além disso, os japoneses queriam o
Pacífico e o Sudeste asiático. Os norte-americanos não
concordaram.os japoneses não entenderam: os EUA não
proclamavam a doutrina Monroe, “América para os americanos”?
O Japão queria uma doutrina “nipônica”, do sol nascente, onde
Ásia para os asiáticos” significava hegemonia dos japoneses
na região. (E que a Europa ficasse sob domínio alemão)

Neste caso, o Japão não poderia abrir uma frente de guerra
contra a URSS (como desejava o Führer), e precisaria desafiar
os franceses,os ingleses e holandeses, por causa da Indochina,
Birmânia e Singapura, e Ilhas Orientais Holandesas (agora
Indonésia), respectivamente.

Ao Japão interessava o declínio do Império Britânico, enquanto
Hitler preferia os japoneses em ataque a 'retaguarda' dos russos.
Aproveitando a derrota de franceses e holandeses em maio/junho
de 1940, os japoneses logo arquitetaram seus planos de conquista
para a Oceânia, Indochina e Oceano índico. O que significava
comprar briga pesada com os anglo-americanos.

Ou seja, o Japão aproveitou a 'guerra civil européia' para ampliar
seu império no sudeste asiático, igual fizera na Primeira Guerra
Mundial, quando acabou conseguindo algumas colônias germânicas
na área do Pacífico. A entrada os EUA na PGM em 1917 e na
SGM em 1941 representou o desequilíbrio da balança – ambas
as vezes chegando com a guerra já em andamento, com os
agressores já cansados.

Para conquistar a China, numa guerra longa, os japoneses
precisavam das matérias-primas e recursos do sudeste asiático –
o que resulta numa campanha imperialista que contraria interesses
econômicos e geopolíticos de britânicos e americanos.

(Um parênteses: assim, também, a Alemanha (III Reich), depois
de 1941, precisou explorar os recursos da Europa – inclusive
trabalho forçado e tropas 'voluntárias' – para manter a guerra longa
contra os russos e caucasianos. Ou seja, as ambições de japoneses
e alemães eram desmedidas: a China é 26 vezes maior que o Japão,
e tinha 6 vezes mais habitantes; e a União Soviética é 55 vezes
maior que a Grande Alemanha, tendo 2,5 vezes mais população.)


Com sua ideologia nacionalista e militarista, seu culto xenofóbico
a la nazista, apoiado pela promoção da 'identidade nacional'
(KOKUTAI), o Japão, uma ilha, quis fazer, no século 20, o que a
Grã-Bretanha, também uma ilha, feez no século 19 – um Império
além-mar, para explorar matérias-primas e vender seus produtos
manufaturados.

O que é KOKUTAI em http://en.wikipedia.org/wiki/Kokutai

Enquanto a Alemanha queria o que Napoleão queria: unificar a
Europa. Um imenso Império Europeu fora da influência britânica,
e unificada por uma ideologia e um sistema econômico. E o que
queria a Rússia de Stálin? Queria a mesma coisa no Leste – além
de um acesso ao Báltico e ao Mediterrâneo (vejam as guerras
com os turcos). Na verdade, a Rússia da URSS seguia o ideal
expansionista dos Czares, chegando até a Polônia e desbravando
a Sibéria.

Além disso, Hitler sabia que entrar em guerra com a Grã-Bretanha
era lutar também contra o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia,
o Egito, a Índia, a África do Sul, etc, e os EUA, e ao atacar a URSS,
a Alemanha se viu combatendo o Império Russo, pois em dezembro
de 1941, as tropas caucasianas e siberianas fizeram a virada
contra-ofensiva.


Por Leonardo de Magalhaens

Nenhum comentário:

Postar um comentário