domingo, 15 de março de 2009

Alemães ocupam a Boêmia e a Morávia






Alemães ocupam a Boêmia e Morávia
em março de 1939

Depois da vergonha de Munique, quando alegando a
perseguição dos alemães da região montanhosa dos
Sudetos, o ditador Adolf Hitler conseguiu emparedar o
apaziguador homem-do-guarda-chuva, o Primeiro-Ministro
Britânico Neville Chamberlain, no sentido de garantir
tais regiões sobre 'proteção' do Reich, assim aconteceu de
as melhores fortificações da região caírem mãos nazistas.

Como poderiam os tchecos resistirem? Como poderia
combater? Todas as melhores posições estavam sob controle
alemão, e a ocupação da Boêmia e Morávia, na segunda
quinzena de março de 1939, foi um mero passeio. Praga foi
ocupada e um novo governo alemão se dizendo 'protetorado'
foi instituído, sob o comando do Ministro de Relações
Exteriores Konstatin von Neurath, antecessor de Ribbentrop,
e um oficial que serviu na Primeira Guerra Mundial, de
ascendência nobre suábia, um tipo palaciano, subindo nas
ondas de intriga na decadente república de Weimar, e depois
na corte nazista.

Von Neurath obviamente governaria com um título de 'protetor'
seguindo as diretrizes hitleristas de controle e censura, além
de discriminação racial e perseguição aos judeus. (Tanto que
seria julgado em Nuremberg)

Mais info sobre Neurath e o 'Protetorado' em (english) http://en.wikipedia.org/wiki/Konstantin_von_Neurath
e http://en.wikipedia.org/wiki/Protectorate_of_Bohemia_and_Moravia


A política de ocupação e repressão se baseava basicamente
em restringir a cultura tcheca, aliando a cultura do Danúbio,
como um regresso ao tempo em que nem existia a Tchecos-
lováquia (criada em 1918, com cosntituição de 1920) e toda
a região era parte do Império Austro-Húngaro, e Praga ocupava
um destaque de cultura alemão (lembrar que o escritor Franz
Kafka escreveu em alemão, não em tcheco nem iídiche, o que
possibilitou maior divulgação na cultura centro-européia).

Ao mesmo tempo em que agregava os tchecos a uma cultura
alemã-austríaca, os nazistas incentivaram o separatismo dos
eslovacos, que logo proclamaram uma República Eslovaca, em
14 de março, a ser mais um Estado na órbita da Grande Alemanha.
Ao mesmo tempo, Hitler assegurava o desentendimento nacional
dos tchecos, alegando sempre que a Tchecoslováquia era uma
aberração, fruto da derrota das Potências Centrais na Primeira
Guerra Mundial.

O povo aplaudia e chorava nas ruas de Praga (Praha) enquanto
as autoridades eram presas, os judeus eram linchados e os
intelectuais censurados. Tudo em nome da 'proteção' (os alemães
passariam a usar essa alegação de 'proteção' em toda invasão,
o que soa irônico tal uma 'novilíngua' (newspeak) orwelliana!)
diante da degeneração judaica-bolchevista.

Para aliviar o peso da ocupação, um presidente tcheco foi
empossado, Emil Hácha, com o apoio do general tcheco Alois Eliá,
que serviu como Primeiro-Ministro, numa dupla ambígua, que
tentava resistir nem que fosse envenenando colaboracionistas
(os jornalistas envenenados com sanduíches foi uma peça
trágica-cômica!)

Mais sobre a dupla tcheca em (english)
http://en.wikipedia.org/wiki/Emil_H%C3%A1cha
e http://en.wikipedia.org/wiki/Alois_Eli%C3%A1%C5%A1

Mas não considerando von Neurath firme (ou autoritário) o
suficiente, o ditador alemão logo deixaria o pobre povo tcheco
nas mãos do facínora Reinhard Heydrich (logo justiçado pelos
resistentes tchecos)

A história da opressão da Europa oriental apenas começou...


Mais links::::::
http://stampslandia.webng.com/gallery1/cs/B-M1.htm


http://dic.academic.ru/dic.nsf/enwiki/240117
(versão russa)


por LdeM

http://leonardomagalhaens.zip.net/

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