sábado, 4 de setembro de 2010

Batalha da Grã-Bretanha - setembro 1940






Batalha da Grã-Bretanha

Setembro 1940

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Na tentativa de convencer o governo britânico a negociar, após o final das hostilidades no continente europeu, após a derrota do exército francês, em junho de 1940, o Führer Adolf Hitler ameaçava ainda a Grã-Bretanha com um pesado ataque aéreo em preparativo para uma possível invasão por tropas.
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Após o bombardeio – dito acidental – de áreas de London / Londres, a RAF passou a atacar igualmente alvos civis na grande Berlim, o que levou a uma escalada de ataques e contra-ataques que não paralisava a produção militar, mas vitimava a população civil desarmada e desprotegida.
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Em 4 de setembro, Hitler ordenou ataques maciços sobre a capital britânica – ‘para arrasar o moral do inimigo’ – pois o ditador ainda tinha esperanças de ‘negociar’ com os britânicos e assim evitar a guerra em duas frentes (afinal de contas, o interesse dos nazistas era ‘colonizar’ a Europa do Leste, as riquezas da Ucrânia e Rússia).
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Enquanto isso a propaganda oficial continua enganando os cidadãos alemães – principalmente de Berlim – ao alegar que a capital seria protegida contra os ataques da RAF. A imprensa oficial nazista não hesita em denominar dos ingleses de ‘os piratas’ que matavam crianças alemãs. Enquanto silenciava sobre os ataques contra as crianças de Londres.
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Justamente por causa destes ataques, houve um incentivo para que as crianças londrinas fossem enviadas para pequenas cidades, aldeias e fazendas nas áreas rurais, no interior do país, e até nas regiões do norte (Escócia). Assim ao menos as crianças poderiam ser afastadas do inferno da guerra aérea. Os adultos – e as equipes de segurança, incluindo combate ao fogo, e reconstrução, bem como preparação de abrigos – se mantinham na capital, e - diferente do que esperava o ditador alemão - o moral dos londrinos não caiu.
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Abrigados em estações de metrô, em subterrâneos, em adegas, os londrinos souberam confiar na força aérea que, mesmo reduzida, conseguia defender a atacar. Ataques não tão ‘grandiosos’ como aqueles da Luftwaffe – que podia decolar da costa francesa, com caças em apoio a bombardeios – pois a distância até Berlim não permitia aos bombardeios da RAF o apoio de caças.
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Lembrar que nessa luta aérea não apenas pilotos ingleses se destacaram mas também pilotos de outros países da Comunidade britânica (Commonwealth), tais como canadenses, sul-africanos, australianos, neozelandeses, além de aliados, os franceses, poloneses, tchecos, etc. Não apenas de aeronaves precisava a RAF, mas também de pilotos. Os que não morriam, eram aprisionados pelos alemães.

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A superioridade aérea alemã ainda era notável – até meados de 1942, como veremos – mas não eram tão bem coordenada como poderíamos pensar. A vaidade do comandante da Luftwaffe , Goering, como todo autocrata que se preze, não permitia ouvir sugestões de subalternos, de comandantes de outras armas (a coordenação com a Marinha , por exemplo, era péssima. Como fazer então um desembarque anfíbio?)

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A invasão, aliás, para alguns historiadores, é vista apenas como uma ameaça permanente. Outros – como William Shirer – alegam que até 15 de setembro haveria a tentativa de uma invasão – com desembarque de tropas – mas as defesas britânicas impediram. Não descreve a dimensão desta ‘força de invasão’, apenas relata que vários soldados foram internados com queimaduras terríveis. Se soldados – e não pilotos – sofreram ferimentos, rumo ao Canal da Mancha, onde aconteciam os confrontos, é porque o Exército já embarcara tropas. O problema seria chegar ao outro lado. Sem ‘abafar’ a força aérea britânica, não seria possível o deslocamento das embarcações – a Marinha alemã não ousaria tanto.


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Aos ataques contra as cidades – de ambos os lados – estão fartamente documentadas e disponíveis na internet. Mas ainda não deixavam imaginar o que seria uma ‘guerra total’ – o ataque às cidades e aldeias russas, e o ‘bombardeio estratégico’ dos aliados, após 1942. É assim que se assegura a validade do ditado, “quem tem teto de vidro, que não atire pedras.” Na guerra entre os governos imperialistas, quem sofre as consequências é a população civil, o povo, o refém de sempre.



Por Leonardo de Magalhaens




Mais info em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_da_Gr%C3%A3-Bretanha

http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Britain
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