O Pacto de Aço
Em maio de 1939, os governos fascistas da Itália e da
Alemanha resolveram colocar no papel o que o mundo
todo já esperava: uma aliança entre os governos ditatoriais
com o propósito de apoio militar e expansão imperialista.
Ambos descontentes com os limites anglo-franceses de
conquista de territórios africanos e com o domínio das
potências ocidentais no Oriente Médio. Além disso, a
questão ideológica: ambos os governos eram radical-
mente anti-comunistas.
Foi assim que assinaram o Pacto de Aço (Stahlpakt,
Patto d'Acciaio, Pact of Steel, Pacte d'Acier) em 22 de
maio de 1939, com promessas de ajuda militar e comércio
de matérias-primas, além da luta contra os 'comunistas'.
(Depois o Pacto Anti-Komintern seria ampliado pelas
esferas de influência, e com o surgimento de outras
ditaduras fascistas.)
O papel que levava a assinatura de italianos e alemães
foi uma providência de Ribbentrop e Ciano, os mestres-
dos-fantoches dos serviços diplomáticos, uma vez que
Hitler superestimava o poderio italiano, e Mussolini
acreditava na invencibilidade alemã. Ambos destinados
a criarem a 'nova ordem' contra os liberais e os comunistas.
Ambos prontos a defenderem os novos territórios e a
escravização de novos súditos.
(Em 29 de setembro de 1940, o imperialismo japonês adere
ao Pacto de Aço, e assim é declarado o Pacto Tripartite,
uma ampliação do Eixo Roma-Berlim e do Pacto Anti-Komintern.
Pomposo Pacto assinado na Nova Chancelaria. Contudo os
termos dos Pactos eram pouco respeitados. Hitler não informou
Mussolini sobre a , e depois o Duce não avisou sobre a invasão
(desastrada) da Grécia. Depois a Alemanha se viu não
apoiada pelo Japão quando do ataque a URSS, e por fim
abandonada, quando a Itália pediu armistício em setembro
de 1943.)
Antecedentes do Conflito no Pacífico
Na verdade, a guerra no Pacífico começa com o conflito
sino-nipônico, com os japoneses invadindo territórios da
China, brutalizando as populações e explorando as riquezas.
Em 1931, a Mandchúria é ocupada. Depois, em 1937, o
avanço até Shangai. De triste celebridade é o Massacre
de Nanking, em dezembro de 1937, quando os japoneses
assassinaram friamente soldados e civis chineses, na
tomada da então capital.
Vejam detalhes
em http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Nanquim
Na época, os EUA apoiavam uma política de “Portas Abertas”
na China. Todas as nações deviam reconhecer a 'integridade
territorial' da China, enquanto mantinham as relações
econômicas, de intenso fluxo comercial.
Quando o Japão ousou agredir a China, tal ato acabou por
romper o 'equilíbrio de poder' na Ásia (assim como a
expansão alemã ameaçava a Europa). O secretário de
Estado norte-americano Cordell Hull condenou o ataque
japonês à China. Inutilmente. Em 1938, o presidente Roosevelt
já mostrava-se descrente da 'política do apaziguamento': “A
paz pelo medo não é melhor nem mais duradoura que a paz
pela espada.”
Mas os EUA só se preocuparam mesmo foi com a Queda da
França (em maio de 1940) e a possível invasão das Ilhas
Britânicas (a Batalha da Inglaterra). Caso, o III Reich vencesse
a GBR, os EUA ficariam sozinho, do outro lado do Atlântico.
Em 1940, Roosevelt candidatou-se ao 3o mandato. E pregava
uma coalização nacional (inclusive indicou vários republicanos
para cargos importantes – e o candidato republicano – Wendell
Willkie – pensava nos termos de 'não isolacionismo'.
A “Lei de Empréstimos e Arrendamentos” (o Lend-Lease Act),
de 1941, possibilitou uma maior ajuda aos países que resistiam
ao avanço do Eixo. Na prática era uma ajuda – em capital, armas,
munições – de 7 bilhões de dólares, para os países anti-fascistas
(GBR, URSS, China e outras 35 nações) Contudo, os EUA
mantiveram as relações diplomáticas com os países do Eixo.
Mais sobre o Lend-Lease
em http://en.wikipedia.org/wiki/Lend-Lease
Antes, em janeiro de 1940, o tratado de comércio entre EUA
e Japão completa a validade e não foi renovado. Ao contrário:
ocorre a proibição de exportação de certos produtos para os
japoneses. Quais produtos? Aço, sucata, petróleo.
Tais 'sanções econômicas' abalam os militaristas japoneses,
que percebem o quanto o Japão depende das matérias-primas
alheias, principalmente, estas vindas dos EUA.
Com a Queda da França, os japoneses ocupam a parte sul do
Viet-Nam, em 1941, com a permissão 'relutante' do Governo
de Vichy. E igualmente ocupam as Índias Orientais Holandesas
(futuramente, a Indonésia), quando a Holanda é ocupada pelos
alemães. Tal expansão nipônica é explica pela necessidade de
matérias-primas, principalmente petróleo.
Contudo, os japoneses não desistiram da diplomacia. A proposta
era: se os EUA desistissem do 'bloqueio econômico', além de
convencerem os nacionalistas chineses à um armistício, o Japão
não atacaria no Pacífico. Mas em junho de 1941, as negociações
estão em impasse, e o Secretário Hull continua inamovível. No
Japão, Konoye Fumunaro assume como Primeiro-Ministro e o
Almirante Nomura é o Embaixador em Washington. Em agosto,
Konoye propôs um encontro com Roosevelt.
Mas até outubro nada se concretiza, e o General Tojo assume
como Primeiro-Ministro. São traçados os planos de guerra. Alvos:
Pearl Harbour, Filipinas, Singapura. Mas é mantido o 'disfarce
diplomático': o envio de Kuruso Saburo à Washington, em novembro.
Em 1o de dezembro, a decisão da guerra. E os EUA sabiam!
Desde a decifração do código japonês. Só não se sabia Quando
nem Onde.
A declaração de guerra chega em 7 de dezembro de 1941, com
Pearl Harbour atacada. Mas C. Hull sabia desde o dia anterior.
A base no Havaí foi alertada tarde demais. Propositalmente?
(Assim, os EUA teriam um motivo palpável para entrarem
explicitamente em guerra com o Eixo)
Continua...
Por
Leonardo de Magalhaens
http://leonardomagalhaens.zip.net/
Antes, em janeiro de 1940, o tratado de comércio entre EUA
e Japão completa a validade e não foi renovado. Ao contrário:
ocorre a proibição de exportação de certos produtos para os
japoneses. Quais produtos? Aço, sucata, petróleo.
Tais 'sanções econômicas' abalam os militaristas japoneses,
que percebem o quanto o Japão depende das matérias-primas
alheias, principalmente, estas vindas dos EUA.
Com a Queda da França, os japoneses ocupam a parte sul do
Viet-Nam, em 1941, com a permissão 'relutante' do Governo
de Vichy. E igualmente ocupam as Índias Orientais Holandesas
(futuramente, a Indonésia), quando a Holanda é ocupada pelos
alemães. Tal expansão nipônica é explica pela necessidade de
matérias-primas, principalmente petróleo.
Contudo, os japoneses não desistiram da diplomacia. A proposta
era: se os EUA desistissem do 'bloqueio econômico', além de
convencerem os nacionalistas chineses à um armistício, o Japão
não atacaria no Pacífico. Mas em junho de 1941, as negociações
estão em impasse, e o Secretário Hull continua inamovível. No
Japão, Konoye Fumunaro assume como Primeiro-Ministro e o
Almirante Nomura é o Embaixador em Washington. Em agosto,
Konoye propôs um encontro com Roosevelt.
Mas até outubro nada se concretiza, e o General Tojo assume
como Primeiro-Ministro. São traçados os planos de guerra. Alvos:
Pearl Harbour, Filipinas, Singapura. Mas é mantido o 'disfarce
diplomático': o envio de Kuruso Saburo à Washington, em novembro.
Em 1o de dezembro, a decisão da guerra. E os EUA sabiam!
Desde a decifração do código japonês. Só não se sabia Quando
nem Onde.
A declaração de guerra chega em 7 de dezembro de 1941, com
Pearl Harbour atacada. Mas C. Hull sabia desde o dia anterior.
A base no Havaí foi alertada tarde demais. Propositalmente?
(Assim, os EUA teriam um motivo palpável para entrarem
explicitamente em guerra com o Eixo)
Continua...
Por
Leonardo de Magalhaens
http://leonardomagalhaens.zip.net/