tag:blogger.com,1999:blog-48078490912521758842024-03-13T14:25:46.109-07:00Segunda Guerra Mundial WW2Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.comBlogger77125tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-62929421106166501702011-01-08T13:12:00.000-08:002011-01-08T13:16:57.242-08:00NOVO BLOG Segunda Guerra Mundial SGM<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TSjT-WGVhfI/AAAAAAAABAc/qCcVy4EfQYQ/s1600/Mare-nostrum.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559926808026383858" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 276px; CURSOR: hand; HEIGHT: 205px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TSjT-WGVhfI/AAAAAAAABAc/qCcVy4EfQYQ/s320/Mare-nostrum.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TSjT4nSj9dI/AAAAAAAABAU/84r61ITQtTs/s1600/mare-mediterraneum.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559926709561849298" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 279px; CURSOR: hand; HEIGHT: 215px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TSjT4nSj9dI/AAAAAAAABAU/84r61ITQtTs/s320/mare-mediterraneum.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div><strong>SEGUNDA GUERRA MUNDIAL</strong></div><br /><div></div><br /><br /><div>as postagens sobre a guerra de 1939 a 1945 </div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>agora disponíveis em <span style="font-size:130%;">novo <em>blog</em></span></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div><a href="http://sgmsegundaguerramundialww2.blogspot.com/"><span style="font-size:180%;">http://sgmsegundaguerramundialww2.blogspot.com/</span></a></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>acompanhem o <em>teatro de guerra</em> no</div><br /><br /><div><strong>Mar Mediterrâneo</strong> no ano de <strong>1941</strong></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div><em>Malta - Grécia - Afrika Korps - Tobruk</em></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>nas próximas postagens...</div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>LdeM</div><div> </div><div>.</div><div>.</div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-55057360339585781402010-12-14T14:28:00.001-08:002010-12-14T14:33:59.546-08:00EUA 1940: entre a Neutralidade e a Guerra<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TQfvtdSW3QI/AAAAAAAAA_Y/9l2LXBi0jfk/s1600/2547.42america_first_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5550668629992201474" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 239px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TQfvtdSW3QI/AAAAAAAAA_Y/9l2LXBi0jfk/s320/2547.42america_first_1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TQfvmcvmLZI/AAAAAAAAA_Q/nXUkN1cstHY/s1600/americafirst1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5550668509587320210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 224px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TQfvmcvmLZI/AAAAAAAAA_Q/nXUkN1cstHY/s320/americafirst1940.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><br /><br /><strong>EUA 1940 : entre a Neutralidade e Guerra<br /></strong></div><div><br /><span style="font-size:85%;">fonte: PERKINS, Dexter. <em>A Época de Roosevelt. 1932 -1945. (The New Age od Franklin Roosevelt. 1932 -1945</em>. University of Chicago, 1957) trad. Edilson Alkimim Cunha. Rio de Janeiro, O Cruzeiro, 1967.<br /><br /></span></div><div align="justify"><br />Em 1940, os Estados Unidos estavam novamente em campanha eleitoral. E Roosevelt resolvera disputar um terceiro mandato – o quer seria uma novidade na democracia norte-americana. O candidato opositor era o republicano Wendell Willkie.<br /></div><div align="justify"><br />As plataformas eleitorais procuravam agregar as esperanças dos eleitores quando a recuperação econômica (enfrentada pelas medidas de controle instituídas pelo <strong><em>New Deal</em></strong>, em 1933, pelo próprio Roosevelt) e aos mesmo tempo assegurar que as forças armadas dos Estados Unidos não se envolveriam na guerra europeia entre Grã-Bretanha e França contra Alemanha e Itália, desde o fim de 1939.<br /></div><div align="justify"><br />Ainda não era uma <em>'guerra mundial'</em> – seria a partir de 1941 com os avanços alemães no norte da África, nas estepes ucranianas e russas, e depois o avanço japonês na Indochina e Filipinas. Assim o governo norte-americano se mantinha na 'defensiva'. Aprovava venda de antigas belonaves aos ingleses, mas se negava a qualquer envolvimento direto que pudesse quebrar a neutralidade.<br /></div><div align="justify"><br />Assim cinquenta belonaves foram repassadas ao ingleses, em troca os EUA receberam bases militares navais ao longo do Atlântico – para assegurar a defesa das navegações (incluisve para garantir a entrega de produtos bélicos aos ingleses). Segundo o autor Dexter Perkins, “<em>A negociação desse acordo de bases por destróieres foi um golpe magistral. Era aceitável para os isolacionistas porque as bases cedidas pela Grã-Bretanha reforçariam a defesa do hemisfério. Era igualmente aceitável para aqueles que queriam que os Estados Unidos interviessem mais ativamente ao lado das democracias</em>.” (p. 115)<br /></div><div align="justify"><br />No mais, internamente, o presidente Roosevelt (em campanha para o terceiro mandato) precisava lidar com os pacificistas e os adeptos da neutralidade. Estes contrários a guerra se reuniam em vários grupos. Um destes grupos tinha como associado o famoso aviador Charles Lindebergh, talvez explique a fama do “<em>América Primeiro” (America First</em>). O que pensavam os partidários do “<em>América Primeiro</em>”. Segundo Perkins,<br /></div><div align="justify"><br /><em>“Os partidários da “</em>América Primeiro<em>” raciocinavam da seguinte forma: o efeito da guerra iria minar o próprio processo democrático e a preservação das liberdades tradicionais seria ameaçada pelo envolvimento na luta. Falavam da possibilidade de uma paz negociada. Argumentavam que havia pouco perigo físico para os Estados Unidos decorrente das atividades de Hitler. Em dois desses três pontos estavam certamente enganados. O tempo demonstrou que o processo democrático nos Estados Unidos não foi de modo algum minado pela guerra. Uma apreciação mais demorada torna evidente que uma paz negociada era inteiramente impossível em 1940. sobre o terceiro ponto, tinham razão perspectiva de curto, mas não de longo alcance. Sabemos hoje que Hitler não tinha o menor desejo de entrar em guerra com os Estados Unidos e que fez, segundo ele, o que estava em seu alcance para evitar a beligerância. Mas a coisa seria inteiramente diferente se o ditador alemão, uma vez estabelecido seu domínio em toda a Europa com as armas da guerra moderna em suas mãos, teria sido um vizinho cômodo – e mesmo possível para os Estados Unidos</em>.” (pp. 115-16)<br /></div><div align="justify">.<br />De todo modo, o movimento “<em>América Primeiro</em>” não conseguiu mobilizar a opinião pública que vivia um dilema de desejar uma vitória aliada, mas sem envolvimento norte-americano. A prioridade dos eleitores era garantir as reformas para manter o reaquecimento econômico – que, na verdade, sabemos depois, só foi pleno com a entrada dos EUA na guerra. A <strong>Segunda Guerra Mundial</strong> foi realmente o que 'reaqueceu' a economia dos EUA e possibilitou o soerguimento da grande potência (que teria como rival os estatistas da URSS, durante a <em>'guerra fria', cold war</em>)<br /></div><div align="justify"><br /><em>“Em parte, como consequência do movimento “</em>América Primeiro<em>”, a eleição de 1940 transcorreu numa atmosfera em que a apreensão de uma vitória alemã e de um envolvimento americano na crise estava curiosamente misturada. Embora tivesse se operado uma profunda mudança no ambiente desde o verão de 1939, havia ainda um forte desejo de alheamento à guerra. [...]<br /></em></div><div align="justify"><em><br />A eleição foi uma vitória para Roosevelt que se tornou assim o primeiro Presidente dos Estados Unidos a governar o país por três períodos seguidos. Diante de uma situação crítica, a maioria do povo americano evidentemente acreditou que uma continuidade de liderança era mais importante do que um apego doutrinário a um princípio tradicional. Embora a vitória de Roosevelt não tivesse constituído um triunfo tão colossal como em 1936, foi entretanto decisiva e estava entre os endossos mais enfáticos de candidatos presidenciais. E abriu o caminho para a ajuda às democracias, especificamente, para a aprovação do 'lend-lease' (nota) no inverno de 1941.<br /></div></em><div align="justify"><br /><em>Durante a eleição presidencial era evidente que a Inglaterra estava passando por uma grande pressão e medidas drásticas se faziam necessárias a seu favor se a guerra devia ser ganha. A opinião pública estava rapidamente se cristalizando a favor de uma ação mais vigorosa. O Presidente, aliviado das pressões eleitorais, estava pronto para gerir os negócios de modo mais decisivo. Lá para o fim de dezembro pronunciou seu discurso</em> “arsenal da democracia<em>” que previa rápidas medidas de auxílio aos ingleses. Poucos dias depois, apresentou ao Congresso um projeto que mais tarde veio a ser conhecido como o</em> 'lend-lease'<em>, um projeto que visava a fornecer à Inglaterra material bélico da ordem de 7 bilhões de dólares, e insinuava, mas quase não estabelecia, um pagamento no futuro. O Presidente apresentou seu projeto como algo que manteria a guerra longe de nossas costas e que promoveria a segurança dos Estados Unidos.</em>” (pp. 117-18)<br /><br />.<br /><span style="font-size:85%;"><em>nota: Pela lei do</em> 'lend-lease'<em>, o Congresso autorizava o governo americano a fornecer material e prestar serviços a seus aliados na</em> II Guerra Mundial<em>, sob a condição de ser esta ajuda retribuída em espécie depois da guerra.</em></span><br /></div><div align="justify">.<br />Assim, o Presidente Roosevelt flexibilizava a neutralidade ao dar apoio aos ingleses – antes de em 1941 aprovar a lei <em>lend-lease</em> (empréstimo e arrendamento) e antes de se encontrar com o Primeiro-Ministro britânico Winston Churchill na costa da Terra Nova (em agosto), quando seria proclamada a “<em>Carta do Atlântico</em>”. Os navios norte-americanos passariam a se proteger – o que significa 'atirar primeiro' – quando ameaçados por submarinos alemães, durante as navegações até a Europa. Deste modo, já havia uma guerra não-declarada entre EUA e o <em>III Reich</em> antes de dezembro de 1941.<br /><br /></div><div align="justify"><br />Depois veremos os eventos de 1941 em detalhes.<br /><br /></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Fonte pesquisada: PERKINS, Dexter. <em>A Época de Roosevelt. 1932 -1945. (The New Age od Franklin Roosevelt</em>. 1932 -1945. University of Chicago, 1957) trad. Edilson Alkimim Cunha. Rio de Janeiro, O Cruzeiro, 1967.<br /><br /></span></div><div align="justify">.<br />Por <em>Leonardo de Magalhaens</em><br />.</div><div align="justify">.<br /><br /></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-54621943966047063762010-12-02T14:51:00.001-08:002010-12-02T14:58:08.952-08:00Estratégia Britânica no Mediterrâneo - 1940/41<a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TPgjIy5UmfI/AAAAAAAAA-g/FspcF2jchfk/s1600/hms_ark_royal_swordfish.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546221575114889714" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TPgjIy5UmfI/AAAAAAAAA-g/FspcF2jchfk/s320/hms_ark_royal_swordfish.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TPgjDZ_GRmI/AAAAAAAAA-Y/s9MlwWWjXQc/s1600/coventry1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546221482528884322" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 193px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TPgjDZ_GRmI/AAAAAAAAA-Y/s9MlwWWjXQc/s320/coventry1940.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><div><br /><strong>Estratégia Britânica<br />no Mediterrâneo </strong></div><strong></strong><br /><p><strong>1940/41</p><br /><br /></strong><strong><br /></strong><br /><span style="font-size:85%;">fonte: <em>Churchill – O Lord da Guerra</em> / 1979 – Ronald Lewin<br /><br />trad. Cel Álvaro Galvão<br /><br /></span><span style="font-size:85%;"></span><br /><br />cap. 3 – <em>O Ano do Gafanhoto</em> – 1941<br /><br /><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Com exceção da vitória final, o objetivo estratégico mais acalentado por Churchill durante a <strong>Segunda Guerra Mundial</strong> era transformar o Mediterrâneo em “<em>Mare Nostrum</em>”. Duas decisões, tomadas por ele sobre sua inteira responsabilidade e com enorme risco, lançaram as bases para a consecução do seu propósito, alcançado em 1943 e 1944; durante 1941, porém, o alicerce parecia estar se dissolvendo. Sua primeira iniciativa, e fundamental, seguiu-se à queda da França. Churchill recorda: “<em>No fim de junho a situação parecia tão horrível que o Almirantado chegou a pensar no abandono do Mediterrâneo Oriental, para concentrar-se em Gibraltar</em>.”<br /></div><div align="justify"><br />Era esta a ideia do <em>Primeiro Lorde do Mar</em>, Almirante Pound. Entretanto, fortalecido pela reação mais positiva do Almirante Cunningham, o comandante-chefe naquela região, Churchill vetou a proposta com firmeza e decisão e conseguiu o apoio dos Chefes de <em>Estado-Maior</em>; estes, em 3 de julho, informaram a todos os comandantes-chefes que a esquadra ia permanecer no Mediterrâneo Oriental. Daí em diante, apesar de inúmeros desastres, em sentido absoluto, os ingleses jamais foram expulsos das rotas marítimas vitais que passavam por aquela região. Mas quando Churchill tomou sua decisão, no verão de 1940, sem dúvida praticou um ato de fé impressionante, porque os italianos ainda não haviam demonstrado a forma inepta e covarde como iriam utilizar a sua superioridade aérea e naval.<br /></div><div align="justify"><br />Nas circunstâncias do momento, a sua segunda decisão foi mais corajosa ainda. Enquanto se achava em curso a <strong>Batalha da Inglaterra</strong>, Churchill concordou em enviar para o Oriente Médio praticamente a metade do efetivo dos melhores blindados existentes no país. “<em>O que é estranho”,</em> anotou ele<em>, “é que na época as pessoas envolvidas no problema permaneceram bastante calmas e joviais, mas escrever sobre o assunto agora chega a provocar arrepios.”</em><br /></div><div align="justify"><br />Na realidade, a proposta partiu do Ministério da Guerra. No dia 10 de agosto o General Dill, o CIGS [<em>Chief of the Imperial General Staff</em>] , informou a Churchill que se pretendia enviar imediatamente para o Egito um batalhão de carros de combate <em>Cruiser</em>, um regimento de carros de combate leves e um batalhão de carros de combate de Infantaria – ao todo 154 carros, juntamente com uma quantidade valiosa de canhões anticarro e de Artilharia de Campanha. Todavia, era Churchill, o Primeiro-Ministro, e somente Churchill, quem poderia validar a proposta; a aprovação imediata constituiu um daqueles golpes, no campo da alta estratégia, que raramente estão ao alcance de um comandante, e que ainda mais raramente são tentados. Deve-lhe ser atribuído o mesmo valor da ordem de Churchill, no dia 24 de julho de 1914, para que a esquadra saísse de suas bases no canal da Mancha e, navegando durante a noite, com as luzes apagadas, atravessasse o estreito de dover, avançasse pela rota perigosa do Mar do Norte e se abrigasse na segurança proprocionada por <em>Scapa Flow</em>.<br /></div><div align="justify"><br />Além disso, foi Churchill quem exigiu que os carros de combate fossem enviados diretamente para o Egito, através do Mediterrâneo, e não pela rota do <em>cabo da Boa Esperança</em> como queria o Almirantado. Ele aceitava o conselho dos profissionais, embora à luz dos fatos pareça que a sua ousadia fosse mais justificada do que a cautela deles. Assim, o comboio chegou ao destino com tempo suficiente para tornar possível a destruição do exército italiano na África do Norte, onde os <em>Matildas</em> do batalhão de carros de Infantaria desempenharam um papel crucial.”<br /></div><div align="justify"><br />/p. 73<br /></div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">mais sobre o <em>General John Dill</em> (1881-1944)<br /></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/John_Dill"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/John_Dill</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><em>A blitz de inverno<br /><br />London Coventry<br /></em></div><div align="justify"><br />“Enquanto isso [<em>durante as operações no Mediterrâneo e norte da África</em>], a <em>blitz</em> de inverno varria as cidades da Inglaterra; primeiro Londres, depois Coventry e os grandes centros industriais; enfim, após uma trua relativa em janeiro e fevereiro, a <em>Luftwaffe</em> iniciou “uma visita aos portos”. A partir do início de março, <em>Portsmouth, Merseyside </em>e<em> Clyde</em> foram pesadamente atacados. Todavia, depois de uma das piores incursões contra Londres (no dia 10 de maio, quando a <em>Câmara dos Comuns</em> foi atingida), os ataques aéreos diminuíram e não foram ostensivamente renovados até 1944.”<br /></div><div align="justify"><br />O motivo da 'pausa' no bombardeio: início da <em>Operação Barbarossa</em>: nazistas atacam a URSS (junho 1941)<br /></div><div align="justify"><br />A pacata cidade de <em>Coventry</em> se tornou o símbolo do fracasso da ofensiva aérea alemã. Desperdício de recursos, alvos sem importância militar ou industrial. Apenas para assustar a população civil – perda de vidas e propriedades – e não uma estratégia de destruição dos portos, aeroportos, ou rede de radares.<br /><br /><br />Enquanto a avião alemã se dedicava a 'atirar pedras' sobre o telhado britânico, nem poderia a 'chuva de granizo' que destelharia a Alemanha em 1943-45! “<em>Quem tem telhado de vidro, não deve atirar pedras no telhado do vizinho</em>”, diz o sábio provérbio.<br /><br /><br />sobre o <em>bombardeio de Coventry</em><br /></div><div align="justify"><br /><a href="http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/november/15/newsid_3522000/3522785.stm">http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/november/15/newsid_3522000/3522785.stm</a><br /><br /><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Coventry_Blitz">http://en.wikipedia.org/wiki/Coventry_Blitz</a><br /><a href="http://www.historiccoventry.co.uk/blitz/myths.php">http://www.historiccoventry.co.uk/blitz/myths.php</a><br /><br />.</div><div align="justify">.</div><div align="justify"><em>Leonardo de Magalhaens</em></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-61214792939448564112010-11-19T14:56:00.000-08:002010-11-19T15:00:52.024-08:00Molotov em Berlim 1940<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TOcA0hb7zTI/AAAAAAAAA9o/8N6fAjnVSWA/s1600/molotov_in_berlin1940.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5541398768831417650" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 274px; CURSOR: hand; HEIGHT: 226px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TOcA0hb7zTI/AAAAAAAAA9o/8N6fAjnVSWA/s320/molotov_in_berlin1940.bmp" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TOcArVrDK5I/AAAAAAAAA9g/Op5iA8p17E0/s1600/Molotovberlin40.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5541398611054766994" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 276px; CURSOR: hand; HEIGHT: 201px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TOcArVrDK5I/AAAAAAAAA9g/Op5iA8p17E0/s320/Molotovberlin40.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><div><br /><strong>O Representante russo Molotov em<br />conversações com os nazistas</strong> </div><div> </div><div><br />em Berlim - Novembro de 1940 </div><div> </div><div> </div><div><br /><em>Diário de Berlim<br /></em>W Shirer </div><div> </div><div><br /><em>BERLIM, 12 de novembro [1940] </em></div><div> </div><div> </div><div align="justify"><br />Um dia escuro e chuvoso. Molotov chegou hoje. A recepção que lhe fizeram foi extremamente seca e protocolar. Subindo de automóvel a Unter den Linden, em direção à Embaixada Soviética, o <em>Comissário do Exterior da URSS</em> deu-me a impressão de um mestre-escola atarrancado e provinciano. No entanto, para sobreviver através de todas as rivalidades e intrigas do Kremlin, é indiscutível que deve ter algum valor. Os alemães referem-se abertamente ao fato de permitirem a Moscou a realização do velho sonho da Rússia, a conquista do Bósforo e dos Dardanelos, ao mesmo tempo que reservarão para si o resto dos Balcãs, a Romênia, a Iugoslávia e a Bulgária. E se os italianos conseguirem conquistar a Grécia, o que começa a parecer duvidoso, poderão guardá-la para si. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>BERLIM, 14 de novembro</em> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Julgávamos que os ingleses viessem ontem à noite, quando Ribbentrop e Göring festejavam Molotov com um banquete oficial. A <em>Wilhemstrasse</em> mostrava-se extremamente nervosa ante a perspectiva, uma vez que não lhe agrada a ideia de os figurões nazistas serem forçados a procurar o abrigo antiaéreo em companhia de seus ilustres hóspedes russos. Em vez disso, os ingleses surgiram esta noite pouco antes das 21 horas, mais cedo que nunca, quando Molotov recusou-se a ir para o abrigo, preferindo ficar assistindo ao bombardeio de uma das janelas da sala, cujas luzes estavam convenientemente apagadas. E os ingleses tiveram o cuidado suficiente de não atirar coisa alguma nas vizinhanças. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />trad. Alfredo C Machado<br />RJ, Record </div><div align="justify"><br /><em>DIÁRIO DE BERLIM – W SHIRER </em></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">Molotov em Berlim<br />videos<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=LzanQARfV2Q"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=LzanQARfV2Q</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=1uKs1TzNDiI"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=1uKs1TzNDiI</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span>.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">Qual a posição de Molotov no regime estatista russo? O quanto o ditador Stalin confiava no 'diplomata' que negociava com os alemães? Temos um trecho no “<em>Os Homens do Cremlin</em>” sobre isso. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“No cargo de presidente do Conselho dos Comissários do Povo, Molotov dirigiu a execução dos primeiros 'planos quinquenais', foi o principal responsável pelo fortalecimento em sentido absoluto das estruturas do Estado, dirigiu a 'construção socialista' na sua primeira fase atormentada. Em maio de 1939, Stalin confiou-lhe outro encargo pesado: a direção do <em>Comissariado do Povo para os Negócios Externos</em> (mantinha, ao mesmo tempo, a Presidência do Conselho), com a tarefa de 'virar ao avesso' as atitudes filo-ocidentais, antes próprias da diplomacia soviética, preparando uma aliança com a Alemanha. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em virtude do <em>pacto Molotov-Ribbentrop</em> (agosto de 1939), a URSS estendeu consideravelmente seu próprio território: foi o primeiro, se bem que efêmero, sucesso do 'diplomata' Molotov: dois anos depois os nazistas agrediam os soviéticos [ em 22 de junho de 1941].” </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />fonte: <em>Os Homens do Cremlin</em>. SP: Ed. Três, 1974 </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-64688006573209483982010-11-13T12:20:00.000-08:002010-11-13T12:29:57.464-08:00Ataque britânico à base italiana de Taranto<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TN7zQPEapuI/AAAAAAAAA9I/n_N5EBbhvGc/s1600/Operazione_Judgement_Taranto.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539132051960800994" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 238px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TN7zQPEapuI/AAAAAAAAA9I/n_N5EBbhvGc/s320/Operazione_Judgement_Taranto.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TN7zLOzPOeI/AAAAAAAAA9A/Eaftc5Oc1zk/s1600/Tarantoharb1921.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539131965989403106" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 246px; CURSOR: hand; HEIGHT: 187px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TN7zLOzPOeI/AAAAAAAAA9A/Eaftc5Oc1zk/s320/Tarantoharb1921.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><br /><div><br /><strong>Ataque britânico à base italiana de Taranto<br /></strong></div><div>11 / 12 novembro 1940 </div><div> </div><div align="justify"><br />A <strong>Batalha de Taranto</strong> (ou <strong>Tarento</strong>), em 11 e 12 de novembro de 1940, foi a primeira a empregar forças navais e aéreas, no cenário europeu, em ataque conjugado a uma base terrestre (portuária) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A base marinha de Taranto situa-se na Apulia, sul da Itália, no fundo do <em>Golfo de Taranto</em>, limitado pela Apulia, Basilicata, Calabria e o <em>Mar Jônico</em>). O comando da frota italiana estava nas mãos do Almirante Angelo Iachino (1889-1976), responsável por 4 couraçados, 19 cruzadores, 50 contra-torpedeiros e 109 submarinos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />As forças britânicas (que contavam com apoio de belonaves australianas) eram comandadas pelo Almirante Andrew B. Cunningham (1883-1963), responsável pelas ações de 4 couraçados, 6 cruzadores, 20 contra-torpedeiros, 4 submarinos e 1 porta-aviões. </div><div align="justify">.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>A linha de comando das forças aéreo-navais no Mediterrâneo</em> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“O conflito encontrou Cunningham como comandante-chefe da base de Malta, um ponto nevrálgico, importantíssimo. Mas uma série de falecimentos inesperados, nas altas esferas do Almirantado, acaba por levá-lo ao comando supremo da frota do Mediterrâneo. Para o irlandês, que parecia destinado à carreira de agricultor ou de professor, produz-se o evento que o introduz na história da Marinha. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A situação é esta: com a derrota da França, tornou-se crítica a posição dos ingleses no Mediterrâneo. A frota francesa não pode mais conservar o setor ocidental e seus navios devem ser desmilitarizados. E quando, além disso, a Itália entra na guerra, Cunnigham fica seriamente preocupado. Em suas memórias, ele escreverá que, se a frota italiana tivesse agido com maior decisão nos primeiros meses da guera, e tivesse atacado as embarcações inglesas (menos numerosas e desprovidas de 'cobertura' aérea), certamnte a Itália teria assegurado para si o domínio do Mediterrâneo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>'Bastaria',</em> escreveu o almirante<em>, 'que se tivessem afundado no canal de Suez, ou diante do porto de Alexandria, alguns de seus navios mercantes, carregados de cimento ou de explosivos, para paralisarem, pelo menos por um mês, todas as operações naviais britânicas.'</em> E ainda<em>: 'Se, depois da derrota francesa, os italianos houvessem atacado com seus couraçados e cruzadores, os ingleses seriam obrigados a retirar-se</em>.' </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />Nada disso ocorre. Ao contrário, Cunningham pode agir tranquilamente ou quase. Ataca Tobruk e, na <em>batalha de Punta Stilo</em>, força uma esquadra naval italiana a retirar-se para o porto. Depois há um combate, em que fica avariado o couraçado italiano <em>'Giulio Cesare'</em>, mas também a capitânea de Cunningham, o '<em>Warspite</em>', sofre danos consideráveis. Gradualmente, a frota inglesa se fortalece, chegam os porta-aviões <em>'Illustrious'</em> e<em> 'Eagle'</em>, e entra em cena o radar, que os italianos não possuem, nem imaginam o revolucionário aparelho instalado nos navios adversários. Quando perceberem, será tarde demais. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Ciente se sua superioridade, Cunningham explora arriscadamente os recursos de sua frota, chega a empregá-la em até vinte operações simultâneas. Esse modo de agir, se lhe confere o respeito quase fanático de seus comandados, atrai para ele também ressentimento e antipatia, da parte dos colegas. Alguém o define mesmo como desumano, alguns falam de métodos inadmissíveis num almirante de Sua Majestade. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Cunningham responde com relatórios ao Almirantado, em que defende seus atos numa linguagem muito livre. Mas não tem muito trabalho em justificar-se. No plano tático e militar, são os fatos que lhe dão razão: os reabastecimentos no <em>Oriente Médio</em> são constantemente assegurados, Malta resiste, as forças terrestres são sempre apoiadas pela intervenção naval, o mar é mantido desembaraçado de minas. E mais: em 11 de novembro de 1940, 21 aviões-torpedeiros '<em>Swordfish'</em> da Marinha britânica atacam a <em>base de Taranto</em> e danificam três couraçados italiano. Embora sendo homem do mar há quase meio século, Cunningham acredita na aviação. E também na aviação adversária. A respeito dos italianos, escreve em seu diário: <em>'Não é exagerado afirmar que, na primeira fase da guerra, os bombardeios a grande altura dos italianos foram os mais aprimorados que já observei; melhores que os dos alemães. Recordarei sempre com grande respeito esses homens</em>, [...] ” </div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">fonte: <em>Os Generais Aliados</em>. SP: Ed. Três, 1974. </span></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">[nota minha:] </span></div><div align="justify"><br />sobre a <strong>batalha de Punta Stilo</strong>, um parágrafo, </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A <strong>batalha de Punta Stilo </strong>ou<strong> da Calabria</strong> (em 9 de julho de 1940) foi travada entre as forças britânicas (<em>Royal Navy</em>) e as forças italianas (<em>Regina Marina</em>) nas águas do Mar Jônico, na região entre a península itálica e a península helênica (a Grécia), lugar onde se notava uma das maiores concentrações de belonaves, navios de guerra, em todo o <em>Mar Mediterrâneo</em>. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">Mais <em>info</em> em<br /></span><a href="http://it.wikipedia.org/wiki/Battaglia_di_Punta_Stilo"><span style="font-size:85%;">http://it.wikipedia.org/wiki/Battaglia_di_Punta_Stilo</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Calabria"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Calabria</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em>Operações Navais no Mediterrâneo<br /></em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">“De importância vital, a pequena ilha de Malta estava no meio das rotas de abastecimento do Eixo para o norte da África e representava a única base aérea inglesa no Mediterrâneo central. Com uma força naval e contigente aéreo reduzidos, a guarnição inglesa em Malta periodicamente atacava os navios de abastecimentos do <em>Eixo</em>, mas estava em constante ameaça de bombardeios e invasões. Na verdade, a pequena Malta se tornou um dos pontos principais do conflito no norte da África. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Temeroso que os remanescentes da esquadra francesa caísssem em mãos alemães, em julho de 1940, [o almirante] Cunningham destruiu as forças francesas que restavam em <em>Mers el Kebir</em> e <em>Oran</em>. Em seguida, em novembro de 1940, a Esquadra do Mediterrâneo lançou um ataque ousado e preventivo na principal base da esquadra italiana em <em>Taranto</em>. O porta-aviões inglês Illustrious navegou até uma distância que deixasse a supostamente segura base dentro de seu alcance e orquestrou um ataque com 21 <em>Swordfish</em> biplanos obsoletos. Voando durante a noite, os pilotos lançaram 11 torpedos na esquadra italiana ancorada, afundando um couraçado e danificando outros dois, incluindo o poderoso <em>Littorio</em>, além de sois cruzadores. O bem-sucedido ataque ajudou a equilibrar a balança de poder no Mediterraneo e forçou a marinha italiana a se deslocar para bases distantes na costa oeste – e deixou os italianos reticentes sobre testar o poder inglês.” </div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">fonte: JORDAN, David & WIEST, Andrew. <em>Atlas da Segunda Guerra Mundial</em> Vol 1 . SP: Ed. Escala, 2008 </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br /><strong>Batalha de Taranto (</strong>ou<strong> Notte di Taranto</strong>) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Os italianos passaram a chamar o ataque inglês de “<em>Noite de Taranto” (Notte di Taranto</em>) enquanto as 'fontes oficiais' dizem “<em>Batalha de Taranto</em>”, e reconhecem o quanto o ataque desmobilizou a hegemonia italiana no Mediterrâneo. Aceitam que a derrota foi uma espécie de “<em>Pearl Harbour</em>” - enquanto o ataque aos norte-americanos seria ousado pelos japoneses em dezembro de 1941 – pois a Marinha italiana foi seguramente afetada (e seria ainda pior na <strong>Batalha do Cabo Matapan</strong>, como veremos) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Na <strong>'Noite de Taranto'</strong>, em três ondas de ataque - onde 10 aviões iniciaram incêndios, e outros 11 lançaram torpedos - foram danificados os caça-torpedeiros <em>Libeccio </em>e<em> Pessagno</em>, os encouraçados <em>Caio Duilio </em>e<em> Littorio</em>, além do cruzador <em>Trento</em>. Além das belonaves, também depósitos, reservatórios de combustível foram atingidos. Quanto ao número de baixas, registram-se 85 mortos, sendo 55 civis, e 581 feridos.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />Por<em> Leonardo de Magalhaens </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">Quadro completo da <strong>Batalha do Mediterrâneo</strong><br /></span>.</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">em inglês<br /></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_the_Mediterranean"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_the_Mediterranean</span></a><span style="font-size:85%;"><br />.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Ataque britânico à<em> base de Taranto</em> (Itália)</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">.<br />videos<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=mzpLUZ2G4DU&feature=related"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=mzpLUZ2G4DU&feature=related</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=7ZzueAyKPW0&feature=related"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=7ZzueAyKPW0&feature=related</span></a><span style="font-size:85%;"><br />(depoimento em italiano)<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=c6Xz8qdroBc"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=c6Xz8qdroBc</span></a><span style="font-size:85%;"> </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-90612327300748597172010-11-06T10:16:00.000-07:002010-11-06T10:23:33.078-07:00Roosevelt Reeleito em 1940<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TNWN3sQiQHI/AAAAAAAAA8g/yir92cJ3iVg/s1600/Roosevelt_1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5536487304834728050" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 228px; CURSOR: hand; HEIGHT: 269px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TNWN3sQiQHI/AAAAAAAAA8g/yir92cJ3iVg/s320/Roosevelt_1940.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TNWNxO8xrsI/AAAAAAAAA8Y/R2aByu9aZiY/s1600/RooseveltVote.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5536487193888009922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; CURSOR: hand; HEIGHT: 254px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TNWNxO8xrsI/AAAAAAAAA8Y/R2aByu9aZiY/s320/RooseveltVote.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><div><br /><strong>Roosevelt Reeleito em 1940 </strong></div><div> </div><div> </div><div><br /><strong>Diário de Berlim<br />W Shirer </strong></div><div> </div><div><br /><em>BERLIM, 6 de novembro</em> [1940] </div><div> </div><div align="justify"><br />Roosevelt foi reeleito para um terceiro período de governo! O fato constitui uma verdadeira bofetada para Hitler, Ribbentrop e todo o regime nazista. Isso porque, apesar de Willkie ter chegado quase a ultrapassar o Presidente nas suas promessas de trabalhar pela vitória da Grã-Bretanha, os nazistas desejavam ardentemente a vitória do candidato republicano. Na intimidade, os figurões nazistas não faziam nenhum segredo sobre isso, embora Goebbels obrigasse a imprensa a ignorar praticamente as eleições, de forma a não dar aos democratas a vantagem de poder afirmar que os nazistas apoiavam a eleição de Willkie. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Pelo fato de Roosevelt ser um dos poucos líderes em toda a acepção do vocábulo produzidos pelas democracias desde a última guerra (olhem para a França, vejam a Inglaterra até o advento de Churchill !) e porque ele também sabe ser enérgico, Hitler sempre alimentou um grande respeito pela sua pessoa e até mesmo um certo receio (enquanto admira Stalin pela sua dureza). Uma parte do sucesso de Hitler foi devida ao fato de existirem apenas homens medíocres, como Chamberlain e Daladier, à frente dos destinos das democracias. Fui informado de que desde que abriu mão, durante este outono, do seu plano de invasão da Inglaterra, Hitler passou a encarar Roosevelt cada vez mais como o maior inimigo que encontrou pelo caminho para a conquista do domínio mundial e, mesmo, para a sua vitória na Europa. E não resta a menor dúvida de que tanto ele como seus assassinos depositaram grandes esperanças na derrota do Presidente. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />trad. Alfredo C Machado<br />RJ, Record </div><div align="justify">.<br /><em>DIÁRIO DE BERLIM – W SHIRER </em></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">em videos<br /></span><a href="http://videos.howstuffworks.com/hsw/15029-1940-roosevelt-reelected-video.htm"><span style="font-size:85%;">http://videos.howstuffworks.com/hsw/15029-1940-roosevelt-reelected-video.htm</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><a href="http://www.flickr.com/photos/32912172@N00/2842057865/"><span style="font-size:85%;">http://www.flickr.com/photos/32912172@N00/2842057865/</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">.</span></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><strong>Discurso de Thomas Mann<br /></strong></div><div align="justify">“<em>Deutsche Hörer!” / BBC London </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>Novembro de 1940 </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Ouvintes alemães! </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A reeleição de Franklin D. Roosevelt para a presidência dos Estados Unidos é um acontecimento de primeira grandeza, talvez decisivo para o futuro do mundo, e assim também foi sentido pelos europeus que consideravam a eleição e seu resultado como uma questão puramente interna dos americanos. Com razão, os destruidores da Europa e os violadores de todos sos direitos dos povos veem em Roosevelt seu mais poderoso adversário. Ele é o representante da <em>democracia combativa</em>, o verdadeiro defensor de uma nova ideia de liberdade ligada ao social e um estadista que sempre distinguiu claramente paz de conciliação. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />[...] Em um discurso particularmente mentiroso e doentio que Hitler proferiu recentemente em sua adega em Munique, ele assegurou a vocês que as mais altas autoridades militares alemãs estão convencidas da vitória. Antes de tudo, é estranho que ele recorra a qualquer alta autoridade que não a dele. Não é ele uma espécie de César, Fredrico, Napoleão e mesmo Carlos Magno em uma só pessoa? Foi isso que os historiadores de rua do <em>nacional-socialismo</em> lhe deram para ler, a ele, o deplorável embusteiro da história. Como pôde abandonar seu papel e recorrer ao julgamento dos generais que seguem suas inspirações? Mas esses generais não são todos cadetes envelhecidos e técnicos imbecis do momento militar. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />[...] Por que um punhado de criminosos estúpidos se aproveita do processo de transformação econômica e social que o mundo atravessa para empreender uma campanha de conquista do mundo à maneira de Alexandre, anacrônica e sem sentido? Sim, só por essa razão. E o que deve ser e será o desfecho dessa guerra é algo claro. [...]” </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />fonte: “<em>Ouvinte alemães! ; discursos contra Hitler (1940-1945)”</em><br />trad. Antonio Carlos dos Santos e Renato Zwick<br />RJ: Jorge Zahar Ed., 2009 </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />(nota minha)<br />O escritor Thomas Mann, ao final deste discurso lido na <em>BBC London</em>, imagina um mundo mais unido – as Nações Unidas – enquanto anima o povo alemão a não ser passivo diante dos criminosos nazistas. Mann esperava que o povo alemão <em>se livrasse</em> do nazismo antes que os Aliados precisassem atacar diretamente a Alemanha. </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />Por <em>Leonardo de Magalhaens</em> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-53328735577489141832010-10-27T04:56:00.000-07:002010-10-27T05:05:30.410-07:00Itália na guerra - norte da África & Grécia<a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TMgTyXgyKtI/AAAAAAAAA8A/U-qofKR9S0E/s1600/Grecia_1940_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532693898250562258" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 264px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TMgTyXgyKtI/AAAAAAAAA8A/U-qofKR9S0E/s320/Grecia_1940_1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TMgTs06IOyI/AAAAAAAAA74/-ifJAhtHFwI/s1600/Gre-CapturedItalianCV33.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532693803062278946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 269px; CURSOR: hand; HEIGHT: 191px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TMgTs06IOyI/AAAAAAAAA74/-ifJAhtHFwI/s320/Gre-CapturedItalianCV33.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><br /><div><br /><strong>Itália na guerra </strong></div><div> </div><div><br /><em>(norte da África)<br />(invasão da Grécia) </em></div><div> </div><div align="justify"><br />O ditador fascista Mussolini resolveu entrar na guerra, em 10 de junho de 1940, ao julgar que a vitória nazista sobre a França e a Grã-Bretanha seria certa e definitiva. Assim as colônias das potências imperialistas poderiam ser mais facilmente conquistadas. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Assim, tropas italianas partiram da colônia da Etiópia (conquistada em 1936) e avançaram rumo a <em>Somália inglesa</em> (situada entre a <em>Somália italiana</em> e o Golfo de Aden, no 'chifre da África') em agosto de 1940, onde o contigente inglês (de 1.500 homens) foi vencido pelas batalhas italianas (cerca de 200 mil soldados). Em 19 de agosto, os ingleses se retiram para Aden, do outro lado do Golfo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Churchill, o primeiro-ministro britânico, percebeu o perigo do avanço italiano e enviou reforços para o Sudão e o Kênia, que assim se prepararam para contra-atacar qualquer ofensiva italiana. (Tanto que em janeiro/fevereiro de 1941, os ingleses voltariam a recuperar as posições.) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Vejamos um detalhe sobre o início das operações, </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>“Mussolini tinha grandes esperanças para um ataque contra os ingleses no Egito, pois uma vitória lá desmantelaria a rota marítima vital do Canal de Suez e deixaria os campos de petróleo do Oriente Médio abertos para a conquista. As chances pareciam a seu favor, pois os 250.000 homens no 10º Exército italiano, sob o comando do Marechal Rodolfo Graziani, enfrentaram meros 36.000 soldados ingleses defendendo o Egito. Quando o ataque italiano começou em 13 de setembro, os defensores ingleses, sob o comando geral de Wavell e o comando em batalha do General Richard O'Connor, recuaram para a cidade de Sidi Barrani, onde Graziani interrompeu seu avanço. O comandante italiano tinha motivos para ser precavido – o deserto aberto era reino de operações militares armadas e móveis. Os tanques italianos eram obsoletos em relação aos seus rivais ingleses e estavam em desvantagem numérica de mais de dois para um</em>.” </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">(fonte: JORDAN, David & WIEST, Andrew. <em>Atlas da II Guerra Mundial</em>. Ed. Escala, 2008. p. 68) </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span> </div><div align="justify"><br />Tendo as forças italiano cessado a ofensiva, passaram a ser sujeitas a um contra-ataque britânico – o que aconteceu no início de 1941, como veremos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">Quem é </span><span style="font-size:85%;"><strong>Rodolfo Graziani<br /></strong>(em italiano)<br /></span><a href="http://it.wikipedia.org/wiki/Rodolfo_Graziani"><span style="font-size:85%;">http://it.wikipedia.org/wiki/Rodolfo_Graziani</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Quem é </span><span style="font-size:85%;"><strong>Archibald Wavell<br /></strong>(em inglês)<br /></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Archibald_Wavell,_1st_Earl_Wavell"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Archibald_Wavell,_1st_Earl_Wavell</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><em>videos<br /></em>Italia em ofensiva no norte da África<br /><span style="font-size:85%;">(em italiano)(versão oficial)<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=PIgceBcriCQ&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=PIgceBcriCQ&feature=related</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=DE5sJ38Bvek&p=B26C21710EE08641&playnext=1&index=1">http://www.youtube.com/watch?v=DE5sJ38Bvek&p=B26C21710EE08641&playnext=1&index=1</a><br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify">...<br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Itália fascista invade a Grécia </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em 20 de outubro de 1940, as autoridades gregas receberam um agressivo ultimato do governo fascista italiano, no qual o governo do Duce acusa os gregos de cooperação com os ingleses, o que não se encaixava na declaração de 'neutralidade' grega. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />As autoridades gregas interpretam o ultimato como uma intervenção italiana e sabem que uma ação armada será iminente. De fato, em 28 de outubro, tropas italianas começam uma ofensiva a partir do território da Albânia (ocupada em 1939) rumo as montanhas do norte e do noroeste da Grécia. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Trecho interessante, onde mostra que Mussolini quis 'surpreender' Hitler – em clara falta de 'articulação estratégica' entre os cabeças do <em>Eixo</em>. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>“No dia 22 de outubro, Mussolini enviou uma carta a Hitler, comunicando-lhe, sem especificar a data do ataque, sua decisão de invadir a Grécia. Dois dias mais tarde, Ribbentrop telefonou urgentemente a Ciano e marcou uma entrevista entre Hitler e o </em>Duce<em> na cidade de Florença. Hitler acabava de conferenciar com Franco e Pétain, com o propósito de obter o apoio espanhol e francês na luta contra a Grã-Bretanha. Não havia, no entanto, obtido nenhum resultado positivo para suas gestões.” </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">(Fonte: <em>A Segunda Guerra Mundial</em>. “<em>Ofensiva Italiana nos Balcãs”</em> in<em>: “9 – Mussolini: invadam</em> <em>a Grécia</em>” . Ed. Codex, 1965.) </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><strong>O fracasso da ofensiva italiana </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em 28 de outubro de 1940, partindo de posições na Albânia o avanço italiano (cerca de 220 mil soldados) rompeu a fronteira grega rumo a cordilheira do Pindo – a partir de onde as tropas invasoras passaram a receber violentos contra-ataques dos defensores gregos (parte de um exército de 400 mil homens) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Até 03 de novembro, os defensores conseguem conter a invasão e, em Atenas, é decretada a MOBILIZAÇÃO TOTAL. Os ingleses se posicionam em Creta e outras ilhas do mar Jônico e do mar Egeu. Esquadrilhas da <em>RAF</em> decolam do Egito rumo às bases gregas, de onde podem organizar ataques às bases italianas no Meditêrraneo, além de linhas de comunicação na Albânia. Enquanto isso, o ditador Mussolini convoca os reforços requiridos pelo comandante Badoglio. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />É justamente em novembro de 1940, que o ditador alemão Hitler resolve intervir no conflito dos Balcãs – visto a péssima atuação bélica italiana e a intervenção militar inglesa. Assim em abril de 1941 terá início a brutal <em>Operação Marita</em> (<em>Unternehmen Marita</em>) como veremos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">Quem é </span><strong><span style="font-size:85%;">Badoglio<br /></span></strong><a href="http://it.wikipedia.org/wiki/Badoglio"><span style="font-size:85%;">http://it.wikipedia.org/wiki/Badoglio</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">mais sobre a invasão italiana da Grécia 1940<br /></span><a href="http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=110"><span style="font-size:85%;">http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=110</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><em>videos<br />Italia invades Greece 1940</em><br /><span style="font-size:85%;">(em italiano)(versão oficial)<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ObxdNYvdOgw&NR=1">http://www.youtube.com/watch?v=ObxdNYvdOgw&NR=1</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Av6jAbPOh94&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=Av6jAbPOh94&feature=related</a><br /></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">(em grego)(imagens surpreendentes)<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=1N1CR1jQOwc&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=1N1CR1jQOwc&feature=related</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=L_pWS3AwG8U">http://www.youtube.com/watch?v=L_pWS3AwG8U</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=fE0tCYIAu0Y&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=fE0tCYIAu0Y&feature=related</a><br /></div><div align="justify">.</div><div align="justify">por <em>Leonardo de Magalhaens</em></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-16952719120063014462010-10-21T09:48:00.000-07:002010-10-21T09:56:22.455-07:00ERRATA (ao texto 'O Japão Militarizado') <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="OpenOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">
<br /></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Errata</p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">(ao texto "<span style="font-weight: bold;">O Japão Militarizado</span>")</p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family:DejaVu Serif,serif;">Seguiu-se a época da <b>Primeira Guerra Sino-Japonesa</b> (1894-95) quando os japoneses lutaram contra os chineses no propósito de controle sobre os territórios da atual Coreia. Os japoneses assim se vingavam de agressões anteriores dos <u>chineses</u> (sic) que chegaram a invadir Tokyo em 1853 (o que fez com que os japoneses abrissem os portos para as potências ocidentais). Os nipônicos derrotaram os chineses e a Coreia se tornou autônoma – até a outra invasão japonesa na SGM, após a qual, com a derrota dos nipônicos, foi dividida em Norte e Sul.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family:DejaVu Serif,serif;"><b>Errata</b>: em 1853 não foram os chineses que agrediram o Japão – mas a frota das índias orientais dos EUA, <i>United States Navy's East Indies fleet</i>, com quatro belonaves, comandada pelo Comodoro Mattew C . Perry, em julho (ano 6 da <i>Era Kaei</i> japonesa). Esta agressão ocidental – pois os norte-americanos contavam com a aprovação e o apoio de ingleses e holandeses – foi responsável pela 'abertura' do Japão ao comércio exterior, o que obrigou os japoneses a se 'modernizarem' (até para futuramente lutarem contra os dominadores ocidentais)</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family:DejaVu Serif,serif;"><span style="font-size:85%;">fonte: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Kaei">http://en.wikipedia.org/wiki/Kaei</a></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family:DejaVu Serif,serif;"><span style="font-size:85%;">mais sobre o Comodoro Matthew C. Perry</span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family:DejaVu Serif,serif;"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Matthew_Perry_%28naval_officer%29#The_Perry_Expedition:_Opening_of_Japan.2C_1852-1854"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Matthew_Perry_(naval_officer)#The_Perry_Expedition:_Opening_of_Japan.2C_1852-1854</span></a></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">.
<br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">.
<br /></p> Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-83582811663436551822010-10-13T07:15:00.000-07:002010-10-13T07:25:19.889-07:00Japão X China & Pacto Tripartite (do Eixo)<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TLW_scrbkEI/AAAAAAAAA7Y/kBkFMv-QuSo/s1600/Japanese_Occupation_-_Map.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527534888000655426" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 286px; CURSOR: hand; HEIGHT: 209px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TLW_scrbkEI/AAAAAAAAA7Y/kBkFMv-QuSo/s320/Japanese_Occupation_-_Map.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TLW_djw3ljI/AAAAAAAAA7Q/wDMG1lX0-2U/s1600/E-tripartite-pact.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527534632204473906" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 280px; CURSOR: hand; HEIGHT: 194px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TLW_djw3ljI/AAAAAAAAA7Q/wDMG1lX0-2U/s320/E-tripartite-pact.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><div><br /><strong>Japão X China<br />Pacto Tripartite (</strong>ou<strong> do Eixo</strong>) </div><div> </div><div align="justify"><br />As indisciplinadas tropas japonesas na China acabaram por prolongar o conflito sino-japonês que os Oficiais nipônicos pretendiam ser rápida a ponto de não despertar as resistências dos nacionalistas chineses. Pois então os japoneses precisariam lutar contra nacionalistas e contra comunistas, enquanto temiam um avanço russo-soviético a partir da Sibéria até a Mandchúria. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A rivalidade com os russos era contrabalanceada pela rivalidade com as potências anglo-saxãs, além de imperialistas franceses e holandeses. O Japão pretendia dominar a China e também a Indochina, além das ilhas que hoje constituem a Indonésia - na época: <em>Índias orientais holandesas. </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Os militaristas japoneses pretendiam uma nova ordem no sudeste da Ásia, com um nome pomposo de ESFERA DE COPROSPERIDADE e para isso precisariam neutralizar os russos ao norte e enfrentar os 'ocidentais' ao sul. Até porque os nipônicos não poderiam vencer uma 'guerra em duas frentes' – ainda mais quando os conflitos na China se arrastavam e derrubavam 'gabinetes'. </div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><em>A crueldade das tropas japonesas na China </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />O <strong>Massacre de Nanking</strong> mostrou o quanto os japoneses se mostrariam hostis – e seriam hostilizados – na longa guerra que duraria quase nove anos. Não respeitando a população civil das aldeias e cidades – tal como os alemães fariam depois na Rússia (1941-1944) – os exércitos japoneses não conseguiriam criar os esperados 'governos fantoche' para exercer hegemonia sobre os chineses. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">video<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=6nTo_NtoNes&feature=related"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=6nTo_NtoNes&feature=related</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">videos sobre a <em><strong>Segunda Guerra Sino-Japonesa</strong></em><br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=bMveZwlTp9k"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=bMveZwlTp9k</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ppF_a1TOoqw&feature=related"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=ppF_a1TOoqw&feature=related</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=RJdZatceDYs&feature=related"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=RJdZatceDYs&feature=related</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify">.</div><div align="justify">A <strong>Batalha de Xuzhou</strong> – março 1938 </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Após a vitória japonesa em Nanking, as forças republicanas chinesas retraíram para o sudoeste até a que seria a nova capital Chongqing.<br />.</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">mais info em<br /></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Xuzhou"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Xuzhou</span></a><span style="font-size:85%;"><br />.</span></div><div align="justify">.</div><div align="justify">A <strong>Batalha de Guangxi do Sul</strong><br />(ou <em>Battle of South Guangxi</em>) - novembro 1939<br />.</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">mais info em<br /></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_South_Guangxi"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_South_Guangxi</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">.</span></div><div align="justify">A <strong>Batalha do Passo de Kunlun</strong><br />(ou <em>Battle of Kunlun Pass</em>)<br />dezembro 1939 – janeiro 1940<br />.</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">video<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=G3PHXb_90vc&feature=related"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=G3PHXb_90vc&feature=related</span></a><span style="font-size:85%;"><br />.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">mais sobre a <strong><em>II Guerra Sino-Japonesa</em></strong><br /></span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Sino-Japonesa"><span style="font-size:85%;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Sino-Japonesa</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div><div align="justify"><strong>PACTO TRIPARTITE </strong></div><div align="justify"><strong><br /><em>27 setembro 1940 </em></strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Sabemos que as nações do Eixo foram aquelas que se atrasaram na 'corrida imperialista', sendo que o Japão começou a se 'modernizar' tecnologicamente na <em>Era Meiji</em>, no final do século 19, enquanto Alemanha e Itália se unificavam enquanto 'Estados-Nação' em torno de 1870-71. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Quando os imperialistas japoneses, alemães e italianos se perceberam atrasados, perceberam que certamente enfrentariam – mais cedo ou mais tarde – os imperialistas britânicos, franceses, holandeses, e norte-americanos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A importância do PACTO TRIPARTITE ou DO EIXO foi assinalada por alguns historiadores, como demonstram os textos abaixo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />No <strong>Diário de Berlim<br /></strong>de William Shirer </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>BERLIM, 27 de setembro [1940]</em> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Hitler e Mussolini forneceram outra surpresa. Às 13 horas de hoje na Chancelaria, o Japão, a Alemanha e a Itália assinaram uma aliança militar dirigida contra os Estados Unidos. Fui apanhado pelo acontecimento certo de que Ciano viera a Berlim a fim de conseguir a entrada da Espanha na guerra. Entretanto, Serrano Suñer nem sequer esteve presente à teatral encenação preparada hoje pelos fascistas da Europa e da Ásia. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A alma desse novo pacto é ao artigo III, que reza o seguinte: “<em>A Alemanha, a Itália e o Japão comprometem-se a prestar auxílio mútuo, com todo o seu poderio político, econômico e militar, quando uma das três partes contratantes for atacada por qualquer potência que, neste momento, não esteja envolvida na guerra europeia ou no conflito sino-japonês</em>.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Existem apenas duas grandes potências que ainda não se encontram envolvidas em nenhuma das duas guerras: a Rússia e os Estados Unidos. Mas o artigo III não se refere à Rússia, e sim o artigo V, que diz: “<em>A Alemanha, a Itália e o Japão afirmam que os termos acima mencionados não afetam de forma alguma, o status quo político atualmente existente entre cada uma das três partes contratantes e a Rússia Soviética</em>.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Portanto, a União Soviética está fora do jogo. Restam os Estados Unidos. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Devo acrescentar o seguinte: o artigo I do <em>Pacto Tripartite</em> declara que o Japão reconhece a supremacia da Alemanha e da Itália na criação de uma nova ordem na Europa. O artigo II diz isto: “<em>A Alemanha e a Itália reconhecem a supremacia do Japão para a criação de uma nova ordem no vasto território oriental da Ásia</em>.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />trad. Alfredo C. Machado / Record, RJ. </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />No estudo sobre as atuações do General Tojo nas preliminares da SGM, Alvin D. Coox, destaca o quanto o Ministro da Guerra Tojo se afastava do pacifismo do Primeiro-Ministro Príncipe Konoye – que se demitirá pouco antes do ataque aos EUA, em fins de 1941. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Os quinze meses de [Hideki] Tojo como Ministro da Guerra foram repletos de tensão. Se o <em>Pacto Tríplice</em> tinha por objetivo estabilizar a situação internacional, claro que se frustrou, pois as relações nipo-americanas se deterioraram perigosamente.” (p. 71) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />e tendo percebido antes que </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“[O <em>Pacto Tripartido</em>] tornou-se um dos maiores obstáculos para as boas relações entre Estados Unidos e Japão, porque, como até mesmo o Vice-Ministro do Exterior, Ohashi, admitiu a diplomatas americanos, o acordo visava diretamente aos EUA. [...] (p. 63) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />trad. Edmond Jorge </div><div align="justify"><br />COOX, Alvin D. '<em>Tojo</em>”. Renes, RJ, 1976. </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />notícia sobre o <strong>Pacto do Eixo<br /></strong>Japão se alia ao Eixo Roma – Berlim<br /><a href="http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=4919">http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=4919</a><br />.</div><div align="justify">video<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=p0dL7SiosIE">http://www.youtube.com/watch?v=p0dL7SiosIE</a><br /></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">por Leonardo de Magalhaens </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-21637395377385284872010-10-06T06:28:00.000-07:002010-10-06T06:35:48.836-07:00O Japão militarizado<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TKx57JOuM1I/AAAAAAAAA6w/aiPUE9-lx7c/s1600/800px-War_flag_of_the_Imperial_Japanese_Army_svg.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524924899873665874" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 260px; CURSOR: hand; HEIGHT: 173px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TKx57JOuM1I/AAAAAAAAA6w/aiPUE9-lx7c/s320/800px-War_flag_of_the_Imperial_Japanese_Army_svg.png" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TKx50tAkTYI/AAAAAAAAA6o/a3WZdXTSu2A/s1600/japanese-army.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524924789218889090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 252px; CURSOR: hand; HEIGHT: 252px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TKx50tAkTYI/AAAAAAAAA6o/a3WZdXTSu2A/s320/japanese-army.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><br /><div></div><div><br /><strong>O Japão militarizado</strong> </div><div> </div><div> </div><div align="justify"><br />Após a industrialização japonesa no fim do século 19 – <strong>Era Meiji</strong> – para se opor ao imperialismo ocidental (e também a expansão chinesa) os líderes japoneses centralizaram as forças armadas – afastaram o poderio dos <em>Samurais</em> e dos senhores feudais – e criaram um <em>Exército Imperial Japonês</em>, o que levou a um movimento de militarização. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Os militares – antes chamados <em>Xoguns</em> – passaram a exercer um grande poder – não apenas estratégico – quando o assunto era 'economia de guerra' – de modo que o Imperador não era exatamente um poder absoluto. Os militares assumiram o poder em várias áreas da cultura japonesa com o propósito de criar uma 'potência' primeiramente defensiva, e depois ofensiva. O Japão temia e invejava o Ocidente. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Primeiramente com treinamento francês – depois alemão (após a vitória dos germânicos em 1871 ) - o novo exército japonês ainda contava com vários <em>Samurais</em>, que agora eram ali os oficiais – assim como o <em>Exército Vermelho</em> em 1920 aceitaria muitos oficiais do Exército Czarista (derrotado em 1918-20) durante a guerra civil russa entre Comunistas e Reacionários (os '<em>Brancos</em>') – é o novo obrigado a conviver com o antigo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Seguiu-se a época da <strong>Primeira Guerra Sino-Japonesa</strong> (1894-95) quando os japoneses lutaram contra os chineses no propósito de controle sobre os territórios da atual Coreia. Os japoneses assim se vingavam de agressões anteriores dos chineses que chegaram a invadir Tokyo em 1853 (o que fez com que os japoneses abrissem os portos para as potências ocidentais). Os nipônicos derrotaram os chineses e a Coreia se tornou autônoma – até a outra invasão japonesa na <strong>SGM</strong>, após a qual, com a derrota dos nipônicos, foi dividida em Norte e Sul. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Depois foi a vez de enfrentar os russos na guerra <strong>Russo-Japonesa</strong> de 1904-05, quando os russos se viram derrotados num conflito que se estendeu além do programado. Tal desgraça das forças russas – que sofreram 70 mil baixas - causou revoltas na Rússia e ocasiou a primeira etapa da <strong>Revolução Russa</strong> em 1905, quando vários <em>Soviets</em> (comitês de operários) foram organizados, enquanto algumas forças ainda procuravam convencer o Czar, mas foram massacradas – ver o <em>Domingo Sangrento</em> (9 ou 22 de janeiro de 1905, de acordo com o calendário). O Japão mostrou força – e voltou a incomodar os russos em 1938-39, na Manchúria, onde foram os japoneses foram derrotados pelas forças soviéticas comandadas pelo talentoso general Zhukov (Jukov), na <em><strong>Batalha de Kalkin-Gol</strong></em> . </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><strong>Segunda Guerra Sino-Japonesa - 1937-1945</strong></div><div align="justify"><strong></strong> </div><div align="justify"><br />Como vimos em ensaio anterior, o interesse japonês em ocupar territórios e recursos minerais do extenso país – a China – com tropas apoiando regimes 'fantoches', uma vez que seria praticamente impossível dominar toda a extensão – e ao mesmo tempo que 'colonizá-la'. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Mas já vimos como o exército japonês de ocupação se mostrou extremamente cruel e homicida, totalmente indisciplinado a ponto de incomodar os próprios planos dos militares japoneses. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Meu artigo anterior sobre o assunto<br /></span><a href="http://segundaguerramundialww2.blogspot.com/2009/05/o-pacto-de-aco-antecedentes-do-conflito.html"><span style="font-size:85%;">http://segundaguerramundialww2.blogspot.com/2009/05/o-pacto-de-aco-antecedentes-do-conflito.html</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify">.</div><div align="justify">Ao contrário dos oficiais, que eram extremamente disciplinados e severos, os recrutas japoneses eram em maioria de classe baixa urbana ou humildes camponeses, que se individualmente eram apagados, modestos, sem personalidade - como vemos na cultura oriental onde o indivíduo não é o importante, mas a tradição e/ou o coletivo – mas em grupo (num batalha, numa invasão, por exemplo) os soldados japoneses eram desregrados em violência. O anonimato da turba – ou horda – fazia com que nem os oficiais tivessem controle sobre as ações facínoras das tropas. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Assim aconteceu o terrível e sanguinário MASSACRE DE NANKING – durante a batalha em dezembro/1937 a janeiro/1938, após a primeira grande batalha – <strong>Batalha de Xangai</strong> – de agosto a novembro de 1937. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">sobre a <strong>Batalha de Xangai</strong><br /></span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Shanghai"><span style="font-size:85%;">http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Shanghai</span></a><span style="font-size:85%;"><br />videos<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=PObxULJSOVg&feature=related"><span style="font-size:85%;">http://www.youtube.com/watch?v=PObxULJSOVg&feature=related</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div align="justify">.</div><div align="justify">Na mesma Xangai onde os comunistas foram traídos e massacrados pelas forças nacionalistas do poderoso Chiang Kai-Chek em abril de 1927, após o que os comunistas se tornaram inimigos irreconciliáveis e se retiram para as áreas rurais, onde reorganizaram a resistência – na <em>Longa Marcha</em> de Mao Zedong (que somente chegaria ao poder em 1949, após derrotar japoneses e nacionalistas chineses) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A portuária Xangai é o cenário do clássico do escritor francês André Maulraux, “<em>A Condição Humana</em>”, de 1933 (o ano no qual Hitler subiu ao poder na Alemanha) onde mostra os antagonismos entre nacionalistas e comunistas chineses – às vésperas das agressões japonesas (que por algum momento seriam o 'inimigo comum')</div><br /><br /><div></div><br /><br /><div><span style="font-size:85%;">continua...</span></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div><em>Leonardo de Magalhaens</em></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>.</div><br /><br /><div>. </div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-87992731947056054802010-09-22T06:35:00.000-07:002010-09-22T06:42:46.709-07:00política durante a Battle of Britain (sept 1940)<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TJoGonedz9I/AAAAAAAAA5w/C9sthKaCAJ8/s1600/Heinkel-III-over-London.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519731588157263826" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 276px; CURSOR: hand; HEIGHT: 222px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TJoGonedz9I/AAAAAAAAA5w/C9sthKaCAJ8/s320/Heinkel-III-over-London.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TJoGfqZu19I/AAAAAAAAA5o/Je-fx0U0qME/s1600/Leave-Hitler-to-me-poster.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519731434323892178" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 197px; CURSOR: hand; HEIGHT: 232px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TJoGfqZu19I/AAAAAAAAA5o/Je-fx0U0qME/s320/Leave-Hitler-to-me-poster.jpg" border="0" /></a><br /><br /></div><div></div><div><br /><br /></div><div></div><div><br /><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div></div><div><br /></div><div><em>setembro 1940 </em></div><div> </div><div><br />Vejamos alguns trechos de obras abordando a política (e os bastidores) </div><div>durante a <em>Battle of Britain</em> / <strong>Batalha da Grã-Bretanha</strong> </div><div> </div><div><br />fonte: FEST, Joachim. “<em>Hitler</em>” Livro VII – cap. I (pp. 757-59) </div><div> </div><div align="justify"><br />“As tergiversações de Hitler não se deviam unicamente ao fato de que suas relações com a Inglaterra se encontravam mais ou menos influenciadas por seus complexos; na verdade, outra ideia fundamental desempenhava papel importante: a da resistência organizada por Churchill. Que uma potência dotada de numerosos e vastos pontos de retirada possíveis, no além-mar, dispunha assim de múltiplas possibilidades de consolidar sua situação, de sorte que a conquista eventual da mãe-pátria não significaria obrigatoriamente sua derrota: que a Inglaterra podia, do Canadá,por exemplo, arrastar a Alemanha, de maneira cada vez mais irreversível, a um conflito de condições desfavoráveis, e, afinal de contas, enredá-la numa guerra, tão temida, contra os Estados Unidos – esses pensamentos não deixavam de inquietá-lo. E ainda admitia que, se conseguisse destruir o <em>Império Britânico</em>, não seria a Alemanha a verdadeira beneficiaria disso, explicou ele numa conversa, a 13 de julho de 1940, mas sim “<em>o Japão, a América e outros</em>”. [fonte de FEST: “<em>Diário de Guerra</em>” do General Halder] Em outros termos, todo agravamento de sua discórida com a Inglaterra minava sua própria posição. Desse modo, não só razões sentimentais, mas também motivos politicos, em lugar de impedi-lo a provocar a derrota da Inglaterra, levaram-no antes a procurar sua colaboração. (...) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Era a edificação desse sonho [<em>colaboração britânica para a grande marcha alemã para o leste</em>] que devia servir, no plano militar, o 'cerco' das ilhas britânicas pela frota submarina alemã, assim como – e principalmente – a guerra aérea contra a Inglaterra. O paradoxo dessa concepção se traduziu na curiosa falta de entusiasmo com que Hitler presidiu à montagem dos diversos elementos necessários a esse combate: surdo às sugestões apresentadas insistentemente pelas autoridades militares, não estava disposto a considerar uma 'guerra total' aérea ou marítima. A legendária <em>Battle of Britain</em> começou a 13 de agosto de 1940 (<em>Adlertag </em>– Dias das águias), com uma primeira ofensiva maciça contra os aeroportos e as estações de radar britânicas da costa sul; foi necesssário interrompê-la a 16 de setembro, em razão das más condições atmosféricas e depois de pesadas perdas, sem que a <em>Luftwaffe</em> tivesse atingido os objetivos fixados: nem o potencial industrial inglês tinha sido perturbado, nem o moral da população fora minado, nem também os alemães tinham conseguido a superioridade aérea. E, embora alguns dias antes, o Almirante Raeder tivesse anunciado que a Marinha estava preparada para a operação de desembarque, Hitler adiou esse empreendimento 'para mais tarde'. Instruções do <em>OKW</em>, datadas de 12 de outubro, especificavam que “de agora em diante, até a próxima primavera, os preparativos de desembarque na Inglaterra deviam ser explorados unicamente como um meio de pressão política e militar contra a Inglaterra”. Renunciava-se à <em>operação Seelöwe</em>.”<br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“A grande coalização continental devia englobar a Europa inteira e compreender a União Soviética, a Espanha, Portugal e a França de Vichy. Ao mesmo tempo, elaboravam-se planos para atacar a Grã-Bretanha pelos flancos, retornar o combate no Mediterrâneo, apoderar-se desses dois bastiões britânicos, Gibraltar e o <em>Canal de Suez</em>, desfechando assim um golpe fatal na situação imperial da Inglaterra na África do Norte e na Ásia Menor. Outros projetos, desenvolvidos paralelamente, tinha, como objetivo a ocupação das Canárias, das ilhas portuguesas de Cabo Verde, bem como dos Açores e da Madeira; houve contatos com o Governo de Dublin, com vistas a uma aliança com a Irlanda, o que teria proporcionado ao Reich novas bases aéreas contra a Inglaterra.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />trad. A. L. Teixeira Ribeiro, <em>et alli</em>. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />.... </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Fonte: LUKACS, John. “<em>O Duelo Churchill X Hitler</em>” (cap. VII, pp. 198-201)<br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify">(<em>VII - cinquenta anos depois</em>) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Em 17 de setembro de 1940 Hitler, após vários adiamentos, ordenou a suspensão indefinida da <em>Operação Leão-Marinho</em>. Churchill não soube disso, mas tinha muitos motivos para suspeitá-lo. Naquele dia, ele e a esposa se haviam mudado para o Anexo, em <em>Storey's Gate</em>. Protegidos pelas portas corrediças de aço durante os ataques aéreos, pasariam ali as noites da semana durante a maior parte da guerra, embora ele preferisse ficar o máximo possível em <em>Downing Street</em>, 10. (Nessa época, o Gabinete de Guerra também se reunia na Sala de Guerra subterrânea.) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Tanto Churchill quanto Hitler se instalavam para uma guerra longa. Essa guerra Hitler poderia não vencer no fim. Mas esse fim estava distante. Um homem aparecera no caminho de Hitler para vencer o tipo de guerra que ele projetara e esse homem não estava sozinho. De certo modo o duelo entre ambos prosseguiu, mas as condições e circunstâncias não eram mais as mesmas. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Em uma escala mais ampla e mais prolongada, o duelo entre Hitler e Churchill prosseguiu no ar. Ambos superestimaram a eficácia do bombardeio. Hitler verificara isso em setembro de 1940. já em julho de 1940 Churchill achava que, com o tempo, o bombardeio maciço de fábricas e cidades alemãs teria de causar a derrota de Hitler, que era “<em>o único caminho seguro</em>” para a vitória. “<em>Não temos nenhum exército continental que possa derrotar a potência militar alemã</em>”, disse ele a Beaverbrook em 8 de julho. À medida que a guerra prosseguia, o respeito de Churchill pela capacidade combativa do exército alemão crescia cada vez mais. Ele também verificou que o bombardeio de saturação das cidades alemãs era, na melhor das hipóteses, um meio secundário para vencer a guerra, não o meio decisivo. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“O principal e mais minucioso relato do planejamento da <em>Operação Leão-Marinho</em> é o do alemão Karl Klee, que escreveu na introdução dos dois maciços volumes [nota: a obra “<em>A Tragédia</em>”] : “<em>A tragédia que estava por vir é que os britânicos, que se concentravam somente no adversário imediato, estavam prontos a aceitar qualquer parceiro – o que significa também a União Soviética – naquela guerra. [</em>Os britânicos<em>] não previram que essa orientação levaria somente à substituição de uma Alemanha forte pelo poder esmagador da Rússia.</em>” Esse raciocínio – que equivale, em essência, a uma espécie de indignação seletiva – atrai algumas pessoas ainda hoje e não só na Alemanha. Sou obrigado a corrigi-lo aqui. Não era só que sem aquele “parceiro” os britânicos não poderiam esperar vencer. Aquele “parceiro” foi forçado a uma aliança com a Grã-Bretanha pelo próprio Hitler. [<em>nota minha: quando as tropas alemãs invadiram a URSS em 22 de junho de 1941</em>] É também que Churchill viu a opção com clareza: ou toda a Europa dominada pela Alemanha, ou – na pior das hipóteses – a metade leste da Europa dominada pela Rússia; e metade da Europa era melhor do que nada.” </div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />(pp. 198-201) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />trad. Cláudia Martinelli Gama </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />videos<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=uIh6j80mFqM&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=uIh6j80mFqM&feature=related</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=BGXcbrGROKQ&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=BGXcbrGROKQ&feature=related</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=f8Sz8-A_88g&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=f8Sz8-A_88g&feature=related</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=3X5zq_ar43w&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=3X5zq_ar43w&feature=related</a><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=9BCl8RuME-M&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=9BCl8RuME-M&feature=related</a> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">LdeM</div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-79977725089849775502010-09-14T06:23:00.001-07:002010-09-14T06:28:50.575-07:00Setembro 1940 no Diário de Shirer<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TI93mIpxhzI/AAAAAAAAA5Q/TK9uQLTJCqw/s1600/september1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516759565593577266" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 294px; CURSOR: hand; HEIGHT: 210px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TI93mIpxhzI/AAAAAAAAA5Q/TK9uQLTJCqw/s320/september1940.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TI93eahGLFI/AAAAAAAAA5I/0wizU-YpcdI/s1600/LondonLibrary1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516759432950066258" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 298px; CURSOR: hand; HEIGHT: 220px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TI93eahGLFI/AAAAAAAAA5I/0wizU-YpcdI/s320/LondonLibrary1940.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Do<br /><strong>Diário de Berlim</strong><br />William Shirer<br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>BERLIM, 7 de setembro [1940]<br /></div></em><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />No decorrer da noite passada tivemos o maior e o mais eficaz de todos os bombardeios aéreos da guerra. Nestes últimos dias os alemães trouxeram numerosas baterias de <em>flaks</em> para Berlim, e assim ontem à noite abriram um fogo de barragem formidável contra os ingleses, embora não conseguissem abater um só aparelho da <em>RAF</em>.<br /></div><div align="justify"><br />Desta vez os ingleses estavam com pontaria muito melhor. Quando regressei da <em>Rundfunk</em> pouco depois das 3 da madrugada, o céu, sobre a zona norte-central da cidade, estava avermelhado pelo clarão de dois grandes incêndios. O maior deles foi o que se registrou nos armazéns de cargas da estação ferroviária de <em>Lehrter</em>. Outra gare ferroviária, a de <em>Schussendorfstrasse</em>, também foi atingida. E, segundo me infirmaram, uma fábrica de borracha sintética foi destruída pelas chamas.<br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Apesar disso, o <em>Alto Comando</em> diz o seguinte no seu comunicado de hoje: “<em>No decorrer da noite passada os aviões inimigos voltaram a atacar a capital alemã, ocasionando alguns danos a pessoas e propriedades, em conseqüência do bombardeio indiscriminado de objetivos não-militares, situados em pleno coração da cidade. Como represália, a Luftwaffe começou a atacar Londres em grandes formações</em>”.<br /><br /><br />Nem o menor indício, em Berlim – e o povo alemão nada sabe sobre o assunto – de que no decorrer destas duas últimas semanas os pilotos alemães vem atirando as suas bombas sobre o centro de Londres. Ainda hoje, os meus censores avisaram-se que não tocasse nesse assunto. Aparentemente devem existir alguns alemães que ouvem as minhas irradiações, captando-as da própria emissora alemã que as retransmite em ondas curtas para Nova York, pois, uma vez que se trata se uma estação nazista, não há nenhuma punição para que a sintoniza.<br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />O comunicado do <em>Alto Comando</em>, inegavelmente imposto pelo próprio Hitler – que várias vezes toma parte na redação dos comunicados oficiais do Exército – sustenta deliberadamente a mentira de que a Alemanha somente se resolveu a bombardear Londres em conseqüência dos ataques que os ingleses desfecharam primeiro contra Berlim. E o povo alemão acreditará em mais essa mentira, da mesma forma que acredita em quase tudo o que lhe dizem atualmente. É inegável que nos tempos modernos – desde que a imprensa, e mais tarde o rádio, tornaram teoricamente possível para a grande massa da humanidade conhecer o que se passava no mundo – nunca um povo foi tão mal informado, tão inescrupulosamente enganado, como os alemães o são sob o atual regime.<br /></div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"><br /><br /><br />O povo alemão não tem a menor noção – porque a imprensa e a rádio nazistas têm suprimido cuidadosamente todas as notícias sobre isso – de que somente em agosto mais de mil civis ingleses foram mortos pelos ataques da <em>Luftwaffe</em> sobre os seus “<em>objetivos militares</em>”.<br /></div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><br /><em>BERLIM, 18 de setembro<br /></em><br />[...]<br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Hoje à noite, Ribbentrop partiu inesperadamente para Roma. São muitas as explicações dadas ao caso. A minha é esta: foi levar a Mussolini a notícia de que não se fará nenhuma tentativa de invasão da Inglaterra durante este outono. Esta revelação é de molde a colocar o <em>Duce</em> em maus lençóis, uma vez que as suas tropas já lançaram uma ofensiva no Egito e avançaram cerca de 160 quilômetros no deserto, convergindo sobre <em>Sidi-el-Barrani</em>. Mas, segundo parece, esse esforço italiano foi primitivamente planejado com o fito único de distrair a atenção inglesa da invasão alemã contra as suas ilhas. Agora começa a parecer (embora eu ainda acredite que Hitler possa vir a tentar a invasão) que a guerra neste inverno vai ser transportada para o Mediterrâneo, onde as potências do Eixo tentarão desfechar um golpe mortal no Império Britânico, com a conquista do Egito, do <em>Canal de Suez</em> e da Palestina. Napoleão conseguiu realizar essa campanha no passado, e o golpe não destruiu o <em>Império Britânico </em>(Napoleão tentou também a invasão, concentrando as suas barcaças e navios exatamente no mesmo local em que Hitler reuniu os seus, apesar de nunca ter ousado desfechar o golpe). No entanto, agora a conquista do Canal de Suez pode destruir o Império. O motivo da presença em Berlim do braço-direito do Generalíssimo Franco, Serrano Suñer, é que Hitler deseja que o caudilho ataque Gibraltar com as suas próprias forças ou consinta na passagem das tropas alemãs através de território espanhol, vindas da França, para realizar essa tarefa. Ouço muitos comentários sobre a divisão da África entre a Alemanha e a Itália, dando à Espanha uma grande área de território desde que Franco concorde com o que lhe exigem.<br /><br />[...]<br /><br /><br />BERLIM, 22 de setembro<br /><br />[...]<br /></div><div align="justify"><br />Ribbentrop está de volta de sua viagem a Roma e a imprensa dá a entender que agora está definitivamente resolvida a ‘fase final’ da guerra. Rudolf Kircher, redator-chefe do <em>Frankfurter Zeitung</em>, escrevendo de Roma, diz que a situação militar é de tal forma favorável ao Eixo que, na realidade, Ribbentrop e o Duce passaram a maior parte do tempo estabelecendo os planos para a ‘<em>nova ordem</em>’ na Europa e na África. Essa declaração pode ser de molde a fazer com que o povo alemão se sinta um pouco melhor, mas a maior parte dos alemães com quem converso já está começando, pela primeira vez, a perguntar por que motivo ainda não foi realizada a invasão da Inglaterra. Mostram-se ainda confiantes de que a guerra acabe antes do Natal. No entanto, apenas há quinze dias esperavam o fim da guerra para antes do inverno, que já terá chegado dentro de um mês. Ganhei todas as apostas que fiz com os funcionários e jornalistas nazistas sobre a data em que a suástica devia drapejar aos ventos de <em>Trafalgar Square</em>: agora devo receber deles – ou devia – quantidade suficiente de champanha para passar todo o inverno. Ainda hoje, quando sugeri a alguns deles outra pequena aposta, proporcionando-lhes a oportunidade de reaver o que perderam, não acharam nenhuma graça no caso. Nem quiseram apostar coisa alguma.<br /><br />Os correspondentes alemães em Roma anunciaram hoje que a Itália está descontente com a Grécia e que os ingleses estão violando a neutralidade das águas gregas, tal como já o fizeram anteriormente na Noruega. Isso está-me cheirando mal. Desconfio de que a Grécia será a próxima vítima.<br /><br />.<br />Do<br /><strong>Diário de Berlim</strong><br />William Shirer<br />Trad. Alfredo C Machado<br />Ed. Record<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />LdeM</div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>.</div><br /><br /><div>.</div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-9828445417808334622010-09-04T16:42:00.000-07:002010-09-04T16:48:57.548-07:00Batalha da Grã-Bretanha - setembro 1940<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TILZuUWTSmI/AAAAAAAAA4o/nlKI82Cc3Wk/s1600/800px-Goering_giving_a_speech_to_his_fighter_pilots_near_Calais_September_1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5513208283614366306" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 298px; CURSOR: hand; HEIGHT: 140px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TILZuUWTSmI/AAAAAAAAA4o/nlKI82Cc3Wk/s320/800px-Goering_giving_a_speech_to_his_fighter_pilots_near_Calais_September_1940.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TILZn7kN8QI/AAAAAAAAA4g/uSVf6ik1pUM/s1600/778px-Battle_of_britain_firefighting.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5513208173882634498" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 281px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TILZn7kN8QI/AAAAAAAAA4g/uSVf6ik1pUM/s320/778px-Battle_of_britain_firefighting.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify"><strong>Batalha da Grã-Bretanha<br /></strong></div><strong><div align="justify"><br />Setembro 1940<br /></strong><br /></div><div align="justify">.<br />Na tentativa de convencer o governo britânico a negociar, após o final das hostilidades no continente europeu, após a derrota do exército francês, em junho de 1940, o <em>Führer</em> Adolf Hitler ameaçava ainda a Grã-Bretanha com um pesado ataque aéreo em preparativo para uma possível invasão por tropas.<br /></div><div align="justify">.<br />Após o bombardeio – dito acidental – de áreas de <em>London</em> / Londres, a <em>RA</em>F passou a atacar igualmente alvos civis na grande Berlim, o que levou a uma escalada de ataques e contra-ataques que não paralisava a produção militar, mas vitimava a população civil desarmada e desprotegida.<br /></div><div align="justify">.<br />Em 4 de setembro, Hitler ordenou ataques maciços sobre a capital britânica – ‘para arrasar o moral do inimigo’ – pois o ditador ainda tinha esperanças de ‘negociar’ com os britânicos e assim evitar a guerra em duas frentes (afinal de contas, o interesse dos nazistas era ‘colonizar’ a Europa do Leste, as riquezas da Ucrânia e Rússia). </div><div align="justify">.<br /><br />Enquanto isso a propaganda oficial continua enganando os cidadãos alemães – principalmente de Berlim – ao alegar que a capital seria protegida contra os ataques da <em>RAF</em>. A imprensa oficial nazista não hesita em denominar dos ingleses de ‘os piratas’ que matavam crianças alemãs. Enquanto silenciava sobre os ataques contra as crianças de Londres.<br /></div><div align="justify">.<br />Justamente por causa destes ataques, houve um incentivo para que as crianças londrinas fossem enviadas para pequenas cidades, aldeias e fazendas nas áreas rurais, no interior do país, e até nas regiões do norte (Escócia). Assim ao menos as crianças poderiam ser afastadas do inferno da guerra aérea. Os adultos – e as equipes de segurança, incluindo combate ao fogo, e reconstrução, bem como preparação de abrigos – se mantinham na capital, e - diferente do que esperava o ditador alemão - o moral dos londrinos não caiu.<br /></div><div align="justify">.<br />Abrigados em estações de metrô, em subterrâneos, em adegas, os londrinos souberam confiar na força aérea que, mesmo reduzida, conseguia defender a atacar. Ataques não tão ‘grandiosos’ como aqueles da <em>Luftwaffe</em> – que podia decolar da costa francesa, com caças em apoio a bombardeios – pois a distância até Berlim não permitia aos bombardeios da <em>RAF</em> o apoio de caças.<br /></div><div align="justify">.<br />Lembrar que nessa luta aérea não apenas pilotos ingleses se destacaram mas também pilotos de outros países da Comunidade britânica (<em>Commonwealth</em>), tais como canadenses, sul-africanos, australianos, neozelandeses, além de aliados, os franceses, poloneses, tchecos, etc. Não apenas de aeronaves precisava a <em>RAF</em>, mas também de pilotos. Os que não morriam, eram aprisionados pelos alemães.<br /></div><br /><div align="justify">.<br />A superioridade aérea alemã ainda era notável – até meados de 1942, como veremos – mas não eram tão bem coordenada como poderíamos pensar. A vaidade do comandante da <em>Luftwaffe</em> , Goering, como todo autocrata que se preze, não permitia ouvir sugestões de subalternos, de comandantes de outras armas (a coordenação com a Marinha , por exemplo, era péssima. Como fazer então um desembarque anfíbio?)<br /></div><br /><div align="justify">.<br />A invasão, aliás, para alguns historiadores, é vista apenas como uma ameaça permanente. Outros – como William Shirer – alegam que até 15 de setembro haveria a tentativa de uma invasão – com desembarque de tropas – mas as defesas britânicas impediram. Não descreve a dimensão desta ‘força de invasão’, apenas relata que vários soldados foram internados com queimaduras terríveis. Se soldados – e não pilotos – sofreram ferimentos, rumo ao <em>Canal da Mancha</em>, onde aconteciam os confrontos, é porque o Exército já embarcara tropas. O problema seria chegar ao outro lado. Sem ‘abafar’ a força aérea britânica, não seria possível o deslocamento das embarcações – a Marinha alemã não ousaria tanto.<br /></div><br /><br /><div align="justify">.<br />Aos ataques contra as cidades – de ambos os lados – estão fartamente documentadas e disponíveis na <em>internet</em>. Mas ainda não deixavam imaginar o que seria uma ‘guerra total’ – o ataque às cidades e aldeias russas, e o ‘bombardeio estratégico’ dos aliados, após 1942. É assim que se assegura a validade do ditado, “quem tem teto de vidro, que não atire pedras.” Na guerra entre os governos imperialistas, quem sofre as consequências é a população civil, o povo, o refém de sempre.<br /><br /><br /><br />Por <em>Leonardo de Magalhaens<br /></em><br /><br /><br /><br />Mais <em>info</em> em:<br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_da_Gr%C3%A3-Bretanha">http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_da_Gr%C3%A3-Bretanha</a><br /><br /><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Britain">http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Britain</a> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-22827501482789556142010-08-25T06:15:00.000-07:002010-08-25T06:22:39.810-07:00Berlim é bombardeada! (diário de Shirer)<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/THUYBth3v1I/AAAAAAAAA4A/5cE8QGto-2c/s1600/AirplaneBombing.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509336136838266706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 207px; CURSOR: hand; HEIGHT: 205px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/THUYBth3v1I/AAAAAAAAA4A/5cE8QGto-2c/s320/AirplaneBombing.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div><br />Do<br /><strong>Diário de Berlim<br /></strong>de William Shirer<br />trad. Alfredo C Machado </div><div> </div><div>.<br /><em>BERLIM, 26 de agosto [1940] </em></div><div> </div><div align="justify"><br />No decorrer da noite passada tivemos o primeiro ataque aéreo de grande envergadura, desde o início da guerra. As sirenas começaram a soar aos 20 minutos de hoje e somente deram o sinal de “tudo limpo” às 3:23 da madrugada. Pela primeira vez os aparelhos da <em>RAF </em>voaram diretamente sobre a cidade e deixaram cair algumas bombas. A concentração do fogo antiaéreo foi a maior que já vi em Berlim, proporcionando um espetáculo surpreendente, embora terrível. E, por mais estranho qeu pareça, todo esse canhoneio foi ineficaz. Nenhum aparelho inglês foi abatido, nenhum foi sequer apanhado pelos feixes de luz dos refletores que riscavam os céus em todas as direções e durante todo o tempo que durou o ataque. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Os berlinenses estão assombrados. Não acreditavam que isso pudesse acontecer. Logo depois do início da guerra, Göring afirmou-lhes que tal fato não seria possível. O marechal blasonou que nenhum aparelho inimigo poderia atravessar as defesas antiaéreas externas e internas da capital. Os berlinenses são criaturas ingênuas e simples. Por isso, acreditaram no que Göring lhes disse. Assim, a desilusão que experimentaram hoje é a maior possível. É preciso ver as caras que fazem para ter uma ideia do fato. Além disso, Göring ainda piorou mais as coisas informando à população, há três dias, que não havia necessidade de se recolherem aos abrigos quando as sirenas começassem a tocar, mas apenas ao ouvir o troar dos flaks mais próximos. A conclusão lógica a tirar daí era a de que não haveria grande perigo durante os bombardeios. Esse aviso fez com que o povo acreditasse que os bombardeios ingleses,e mbora chegassem até os subúrbios, nunca atingiram a cidade propriamente dita. Foi então que, ontem à noite, todas as baterias espalhadas pela cidade começaram a fazer fogo incessantemente, ao mesmo tempo que se podia ouvir o ronco dos aparelhos ingleses bem em cima das ruas. Todas as informações colhidas adiantam que se registrou uma verdadeira barafunda, uma corrida alucinante dos 5 milhões de berlinenses que se precipitavam para os abrigos antiaéreos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Eu estava na <em>Rundfunk</em>, redigindo a minha crônica, quando as sirenas começaram a soar e quase imediatamente os <em>flaks</em> deram início ao canhoneio. Por um curioso acaso, minutos antes eu estivera discutindo com o censor do Ministério da propaganda sobre as possibilidades existentes de um bombardeio de Berlim. Londres acabava de ser também bombardeada. Era natural, dizia eu, que os ingleses tentassem a represália. Ele riu. Era impossível, afirmou. Havia um número muito grande de baterias antiaéreas em torno de Berlim. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Foi bastante difícil para mim prestar atenção à crônica que escrevia. O canhoneio era particularmente violento nas proximidades da <em>Rundfunk</em> e a janela da sala onde me achava tremia cada vez que uma bateria abria fogo ou que explodia uma bomba. Para aumentar ainda mais a confusão, os guardas encarregados de dar o alarme, metidos nos seus uniformes especiais para combater as chamas, corriam por todo o edifício ordenando aos que ali se achavam que procurassem refúgio nos abrigos. Na <em>Rundfunk</em>, a maioria desses guardas é constituída por porteiros e mensageiros, e desde logo se tornou evidente que procuravam aproveitar-se da autoridade temporária que lhes dava a ocasião. Entretanto, a maior parte dos alemães que trabalhavam naquele momento parecia pouco disposta a apressar-se muito para chegar ao abrigo.<br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Hoje o bombardeio constitui o principal assunto das conversas dos berlinenses. Torna-se portanto especialmente divertido observar que Goebbels permitiu que os jornais publicassem somente um comunicado de seis linhas sobre o caso, dizendo que os aparelhos inimigos tinham voado sobre a cidade atirando algumas bombas incendiárias sobre os subúrbios e danificando uma cabana de madeira existente num jardim. Nem uma linha sequer sobre as bombas explosivas que todos nós ouvimos cair. Nem uma palavra sobre as três ruas de Berlim que foram isoladas durante todo o dia de hoje, a fim de impedir que os curiosos pudessem ver os estragos que uma bomba pode fazer. Será bastante interessante observar a reação dos berlinenses ante esses esforços das autoridades em esconder a extensão do ataque. Foi esta a primeira vez que tiveram a oportunidade de estabelecer a comparação entre o que realmente se deu e o que o Dr. Goebbels noticiou. Durante o ataque da noite passada, os pilotos da <em>RAF</em> atiraram também alguns folhetos sobre Berlim, dizendo aos habitantes que “<em>a guerra que Hitler iniciou continuará e durará enquanto Hitler existir</em>”. É uma boa propaganda, mas infelizmente poucas pessoas conseguiram apanhar esse folhetos, que foram atirados em pequena quantidade. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br /><em>BERLIM, 29 de agosto </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Os aviões ingleses voltaram em grande número durante a noite passada, e pela primeira vez mataram alemães em plena capital do <em>Reich</em>. A relação oficial diz que foram mortas 10 pessoas e feridos outras 29. No <em>Kottbuserstrasse</em>, perto de <em>Tempelhof </em>(que os ingleses provavelmente queriam alvejar) e não muito longe da estação de 50 quilos explodiram sobre a rua, arrancaram a perna de uma guarda contra os ataques aéreos que estava parada à porta de sua residência e mataram quatro homens e duas mulheres que, imprudentemente, apreciavam o bombardeio da entrada de uma casa próxima. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Acho que a população de Berlim está muito mais afetada pelo fato de os aparelhos ingleses terem conseguido penetrar até o centro da cidade sem serem incomodados do que mesmo pelas primeiras vítimas que causaram. Pela primeira vez a guerra veio bater-lhes à porta. Se os ingleses continuaram a proceder dessa forma, o fato terá um efeito tremendo sobre a moral do povo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Hoje Goebbels modificou inesperadamente a sua tática. Depois do primeiro grande bombardeio de Berlim, a ordem que deu aos jornais foi a de não comentar o caso. Agora ordenou aos mesmos jornais que façam barulho e gritem contra a “brutalidade” dos pilotos ingleses ao atacarem as indefesas mulheres e crianças de Berlim. Todavia, é preciso lembrar que os berlinenses ainda não foram informados dos sanguinários bombardeios de Londres efetuados pela <em>Luftwaffe</em>. A manchete invariável dos jornais de hoje sobre o ataque aéreo da noite passada é uma só: INGLESES ATACAM COVARDEMENTE. E o pequenino <em>Doktor</em> faz ainda com que os jornais martelem nos ouvidos do povo que os aparelhos alemães atacam somente os objetivos militares na Inglaterra, enquanto os “<em>piratas ingleses</em>” procuram atacar, “<em>segundo as ordens pessoais de Churchill</em>”, somente os objetivos não-militares. Não há dúvida de que o povo alemão se deixará embair também por essa mentira. Um dos jornais de hoje chega a um grau extremo de histeria: afirma que a RAF recebeu ordens para “<em>massacrar a população de Berlim</em>”. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Pelo que tenho podido observar no decorrer das última noites – e Göring devia sabê-lo – torna-se perfeitamente claro que não existe defesa contra os bombardeios noturnos. Nem durante a noite de domingo, nem durante a de ontem as defesas antiaéreas de Berlim, provavelmente as melhores do mundo, conseguiram colher um único aparelho inglês na luz de um holofote, muito menos derrubá-lo. O comunicado oficial, sem poder afirmar à população que os canhões antiaéreos conseguiram abater alguns dos aviões quando milhares de berlinenses puderam observar que tal não se deu, anunciou apenas que um dos bombardeiros da <em>RAF </em>foi posto abaixo ao se dirigir para Berlim, além de outro abatido quando regressava de Berlim.<br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />do<br /><em>Diário de Berlim<br /></em><strong>William Shirer </strong></div><div align="justify"><strong></strong> </div><div align="justify"><strong>.</strong></div><div align="justify"><strong>.</strong></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-43409709674919199292010-08-14T14:10:00.000-07:002010-08-14T14:22:52.084-07:00A RAF defende a Grã-Bretanha<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TGcHafc2zmI/AAAAAAAAA3g/l6COT_S4Xrg/s1600/theFewRAF.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505377221184245346" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 182px; CURSOR: hand; HEIGHT: 259px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TGcHafc2zmI/AAAAAAAAA3g/l6COT_S4Xrg/s320/theFewRAF.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TGcHN9GGQdI/AAAAAAAAA3Y/St9x0SS-lus/s1600/UKPilotsScrambleBattleOfBritain.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505377005803553234" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 258px; CURSOR: hand; HEIGHT: 227px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TGcHN9GGQdI/AAAAAAAAA3Y/St9x0SS-lus/s320/UKPilotsScrambleBattleOfBritain.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><div><br />Agosto 1940 </div><div><br /><strong><em>Battle of Britain </em></strong></div><div><strong>Batalha da Grã-Bretanha</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><strong>A RAF defende a Grã-Bretanha</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Em 13 de agosto desencadeou-se o “<em>Ataque das Águias</em>” que foi contido por forte sistema defensivo britânico, com o uso de radares de baixo e longo alcance, em bases instaladas ao longo do litoral sul e sudeste das Ilhas Britânicas. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Os pouco mais de 700 aviões da <em>RAF </em>puderam causar incômodo aos mais de 2 mil aparelhos alemães – numa luta desigual, mas que porovu a superioridade de manobras dos caças ingleses contra a complexidade paquidérmica dos bombardeiros da <em>Luftwaffe</em>. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em 15 de agosto, três frotas aéreas alemães decolaram em ataque conjunto contra as forças inglesas, com alvos marcados – torres, pontes, bases, hangares – enquanto se 'defendiam' das defesas inglesas, quando os pilotos da <em>RAF</em> conseguiam separar nos ares as formações de caças e bombardeiros alemães. (Os bombardeiros - sem cobertura de caças – são mais vulneráveis...)<br /></div><div align="justify">.</div><div align="justify">trechos do</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Diário de Berlim<br /></strong>William Shirer<br />trad. Alfredo C. Machado </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>CALAIS, 15 de agosto (meio-dia) </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />MAIS TARDE -Enquanto almoçamos, aqui em Calais, ouvimos o roncar dos motores dos aviões que constituem a primeira vaga de assalto da <em>Luftwaffe</em> dirigindo-se para a ionglaterra. Voam a uma altura tão grande que dificilmente se consegue avistá-los – pelo menos a 4.000 metros. Consigo contar ao todo 23 aparelhos de bombardeio, sobre os quais voa um verdadeiro enxame de caças <em>Messerschmidt</em>; a atmosfera está inteiramente clara. Vai ser ótimo dia para os pilotos. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Por volta das 18 horas divisamos 60 aviões de bombardeio – <em>Heikel </em>e<em> Junkers-82</em> – protegidos por uma formação de uns cem Messerschmitts, voando a grande altura, rumo a Dover. Dentro de minutos podemos ouvir distintamente o troar da artilharia inglesa em torno da cidade, fazendo fogo contra os alemães. A julgar pelo troar do canhoneio,os ingleses devem possuir grande número de flaks de grosso calibre. Ouvimos também outro rumor, este mais profundo, que um dos oficiais supôs ser o da explosão de bombas aéreas. Dentro de uma hora, aquilo que nos dá impressão de ser a mesma formação de bombardeios vem regressando à sua base. Podemos contar apenas 18 aparelhos, dos 60 que passaram pouco antes. Teriam os ingleses abatido os demais? É difícil dizê-lo, pois sabemos que, em geral, os pilotos alemães têm ordem de regressar a bases diferentes daquelas de onde partiram. Parece que o motivo principal que levou o Comando a adotar essa prática é o de impedir que os próprios pilotos venham a conhecer as perdas sofridas.<br />(...) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>BRUXELAS, 16 de agosto </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />MAIS TARDE -(duas da madrugada) – Só agora é que vou para a cama e os canhões antiaéreos alemães continuam a troar, visando os bombardeios da RAF. O canhoneio começou pouco depois da meia-noite. Não consigo sentir nem ouvir a explosão de bombas aéreas. Desconfio de que os ingleses estão procurando bombardear o aeroporto. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>William Shirer </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />Em 20 de agosto, Churchill faz outro discurso que ficou célebre, ao elogiar a atuação da RAF nos teatros de operações, sobre os campos de batalha, na cobertura da retirada nas praias de Dunkirk, ou seja, a exaltação dos 'poucos' que salvaram uma Nação inteira. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Pois se a <em>RAF</em> fosse facilmente derrotada, não haveria impedimentos para a real invasão das tropas alemãs aos litorais da Grã-Bretanha em fins de agosto até meado de setembro. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />Churchill <em>Speech The Few</em> (os poucos)<br />“Nunca no âmbito do conflito humano tanto foi devido por muitos a tão poucos. Todos os corações vão para os pilotos combatentes, cujas brilhantes ações nós vemos (...) </div><div align="justify"><br /><em>Never in the field of human conflict was so much owed by so many to so few. All hearts go out to the fighter pilots, whose brilliant actions we see</em> (...)<br /></div><div align="justify">.</div><div align="justify">original em<br /><a href="http://www.fiftiesweb.com/usa/winston-churchill-so-few.htm">http://www.fiftiesweb.com/usa/winston-churchill-so-few.htm</a><br /></div><div align="justify">.</div><div align="justify">Então, de <strong>24 para 25 de agosto</strong> algo novo aconteceu. Os alemães sempre disseram ter sido um 'erro', um acidente, o bombardeio de áreas civis em Londres. Além do bombardeio de áreas portuárias na metrópole inglesa, outras áreas de habitação civil foram atingidas. O alegado 'acidente' foi proclamado, pois o Comando alemão não havia decido por atacar alvos civis. Mas os ingleses nunca acreditaram nisso. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Assim, em 25 para 26, aconteceu a represália inglesa. Os aviões da <em>RAF</em> bombardearam a capital alemã, Berlim. Que finalmente sentiu a guerra – a mesma guerra que levava as forças armadas nazistas aos outros países europeus! Com tais ataques se desviando para as capitais, e o povo, os alvos militares ficaram para segundo plano...! Portos, depósito, antenas, hangares, foram deixados de lado, o que deu tempo para a <em>RAF</em> providenciar uma reação após pronta reconstrução, rearmamento de grupos de combate. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Uma 'escalada' de ataques e retaliação que vitimam as populações civis – é o horror de Londres, Coverty, Berlim, Hamburg, Cologne (Köln), Dresde, Hiroxima, Nagasaki, ... Sempre sem escrúpulos e visando abalar o 'moral' do inimigo... </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />27 de agosto é a data marcada para a invasão da Grã-Bretanha, Operation Sealion, Operação Leão-Marinho, mas o Führer esperava desmoralizar o governo inglês, e assim começar as negociações, o que adiaria a 'invasão' – afinal, a invasão era somente ameaça? </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“<em>Um fato inesperado, entretanto, salvou as [bases] inglesas da derrota iminente. Na noite de 24 de agosto 170 bombardeiros alemães cruzaram o canal, afim de completar a destruição causada pelos ataques diurnos. Um grupo de aviões se desviou de seu rumo por causa de um erro de navegação e lançou suas bombas em pleno coração de Londres. Os ingleses consideraram que o ataque havia sido intencional e resolveram devolver o golpe. Na noite seguinte, 81 bombardeiros da RAF se internaram na Alemanha e, de surpresa, bombardearam Berlim. O ataque inglês provocou em Hitler uma reação colérica. A 2 de setembro, depois que a RAF tinha realizado novas incursões sobre Berlim, o ditador ordenou a Goering que desfechasse sobre Londres uma ofensiva de represália. Dois dias mais tarde, pronunciou um violento discurso e anunciou que varreria as cidades inglesas da superfície da Terra.</em><br />.</div><div align="justify">(fonte: <strong>Segunda Guerra Mundial</strong>, Ed. Codex, 1965.) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />A atacar Londres, os líderes alemães acabaram 'salvando' as bases da <em>RAF</em> – o que possibilitou uma pausa para reconstrução e contra-ataque. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>“O dia 10 de julho, quando se iniciaram os ataques contra a navegação no Canal da Mancha é aceito convencionalmente como início da</em> Batalha da Inglaterra<em>; seu auge ocorreu em 15 de agosto, quando a</em> Luftwaffe<em> realizou o esforço máximo da campanha – 1.786 surtidas – tentando aniquilar o Comando de Caças. O dia 15 de setembro assinada, de forma decisiva, o fim da Batalha da Inglaterra. Convém lembrar que Churchill, naquela data, passou o dia inteiro no quartel-general do Grupo de Caças; o alívio que sentiu está gravado em sua lembrança: </em></div><em></em><br /><em><div align="justify"><br />“Já eram 16h30 min quando regressei a Chequers: fui imediatamente para a cama, tirar a soneca da tarde. Eu devia estar muito fatigado pelo drama vivido no II Grupo, pois só acordei às 20 horas. Quando toquei a campainha, John Martin, meu principal secretário particular, entrou, trazendo o boletim vespertino com notícias do mundo inteiro. Aqui algo não correra bem; lá houvera algum retardamento; fulano respondera de forma insatisfatória; registraram-se inúmeros afundamentos no Atlântico. “Entretanto”, disse Martin, para finalizar a exposição, “tudo isto foi compensado pela atividade aérea. Derrubamos 183 aviões e perdemos menos de 40”. </em></div><em></em><br /><div align="justify"><br /><em>Na realidade não haviam sido destruídos 183 aviões alemães (conforme foi divulgado imediatamente) mas apenas 60, com a perda de 26 aviões ingleses e 13 pilotos do Comando de Caças. Mas era o suficiente; o alívio instintivo de Churchill era plenamente justificável pois, no dia 17 de setembro, Hitler adiou a</em> operação Leão Marinho <em>por prazo indeterminado – e as fontes de Informações revelaram este fato a Churchill e aos Chefes de Estado-Maior. Na prática, tratava-se do cancelamento da operação pois o próximo período favorável de lua e maré só ocorreria na segunda semana de outubro. No dia 12 de outubro Hitler cancelou a invasão. </em></div><div align="justify"><em>.<br /></em>(fonte: LEWIN, Ronald. <strong>Churchill – o Lorde da Guerra</strong>. Trad. Cel Álvaro Galvão. RJ, Biblioteca do Exército, 1979) </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">por <em>Leonardo de Magalhaens</em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-60956536404008558352010-08-05T11:12:00.000-07:002010-08-05T11:20:18.947-07:00Agosto 1940 - começa a Batalha da Grã-Bretanha<a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TFr_gb7kO6I/AAAAAAAAA3A/EwfilN9cX3I/s1600/battleofbritainMap.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5501990827504974754" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 209px; CURSOR: hand; HEIGHT: 223px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TFr_gb7kO6I/AAAAAAAAA3A/EwfilN9cX3I/s320/battleofbritainMap.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TFr_Tdnb8FI/AAAAAAAAA2w/-KtTgxRn5ws/s1600/800px-Battle_of_britain_air_observer.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5501990604619116626" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 254px; CURSOR: hand; HEIGHT: 204px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TFr_Tdnb8FI/AAAAAAAAA2w/-KtTgxRn5ws/s320/800px-Battle_of_britain_air_observer.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify"><strong>A Batalha da Grã-Bretanha<br /><em>Battle of Britain<br /></em></strong><br />Várias fontes que abordam os ataques aéreos da Força Aérea alemã contra alvos militares e civis nas Ilhas Britânicas, em agosto de 1940. Vejamos.<br /><br />“A 30 de julho [de 1940], Hitler instruiu pessoalmente a Göring para que colocasse a <em>Luftwaffe</em> em estado de prontidão para o grande ataque, o ‘ataque das águias’, como os planejadores do estado-maior alemão o denominavam. Hitler ordenou que a <em>Luftwaffe</em> se preparasse ‘para destruir as unidades aéreas, as organizações de terra e instalações de suprimento da <em>RAF</em> e a indústria de armamentos aéreos britânica.”<br /><br />(BISHOP, Edward. <em>A Batalha da Inglaterra</em>. Renes, 1975)<br /><br /><br /><br /><strong>O Sistema Defensivo Britânico<br /></strong></div><div align="justify"><br />“Em julho de 1940, o comando de caça da <em>RAF</em> contava com uma força de 700 modernos aviões de caça monomotores (<em>Hurricane</em> e <em>Spitfire</em>). O Comando, cujo quartel-general, instalado na antiga mansão de Bentley Priory, poucos quilômetros ao norte de Londres, estava integrado por quatro grupos de caça que tinham a seu cargo a defesa das diversas zonas do país.<br /><br />O Grupo 10 defendia o sudoeste, o 11 o sudeste, o 12 o centro e o 13 os territórios do Norte e a Escócia. Os Grupos, por sua vez, se dividiam em setores. Cada setor tinha uma base principal, ou estação de setor, que constituía a célula básica de todo o sistema defensivo.”<br /><br />(“<em>Londres em Chamas</em>”, <em>Segunda Guerra Mundial</em>. Ed. Codex, 1965)<br /><br /></div><div align="justify"><br />“A 31 de julho de 1940, os chefes da <em>Wehrmacht</em> reuniram-se em Berchtesgarden, a fim de receber do Führer a ordem de ataque à Grã-Bretanha. Estavam presentes o almirante Raeder, os marechais Keitel, Jodl e Brauchitsch, e o general Halder, chefe do estado- maior do Exército.<br /><br />Raeder tomou a palavra e voltou a expor a Hitler as dificuldades que a Marinha enfrentava para levar a cabo o desembarque, previsto no plano ‘<em>Leão Marinho’</em>. Expôs também as condições climáticas desfavoráveis em que estaria o Canal da Mancha durante o mês de setembro, data prevista para o ataque.”<br /><br />“Se a <em>Luftwaffe</em> conseguisse, tal como assegurava Goering, aniquilar a <em>RAF</em> dentro daquele prazo, a invasão teria lugar em setembro; caso contrário, seria adiada para maio do ano seguinte.”<br /><br />“A 1º de agosto, Hitler ordenou a Goering que iniciasse a ofensiva aérea contra a Grã-Bretanha. Sem demora, Goering ordenou aos marechais Kessekring, Sperrle e Stumpff, chefes das <em>Luftflotte</em> (frotas aéreas) II, III e IV, que completassem os planos para levar a cabo o ataque. (...)<br /><br />Hitler opôs-se ao bombardeio da Capital [London] e Goering ordenou então que a ofensiva se limitasse a destruir a <em>RAF</em> e às suas instalações terrestres, no sul da Inglaterra. Em uma segunda etapa, seriam bombardeados os centros de abastecimento, portos e indústrias, a fim de paralisar a vida econômica do país.<br /><br />Ficou, assim, determinado o plano de ataque. Nos aeródromos localizados sobre as costas do Canal, na Holanda, Bélgica e França, as esquadrilhas da <em>Luftwaffe</em> receberam as diretivas finais e completaram os seus preparativos. Na ofensiva, batizada com o nome chave de ‘<em>Adlerangriff’</em> (Ataque das Águias), interviriam três frotas aéreas, em um total de 2.550 aviões.”<br /><br />(idem, ibidem)<br /><br /><br /><br /><br /><strong>Diário de Berlim<br /></strong>William Shirer<br /><br />Trad. Alfredo C Machado </div><div align="justify">.<br /><br /><em>BERLIM, 5 de agosto</em> [1940]<br /></div><div align="justify"><br />Apesar de todos os comentários sobre a invasão da Inglaterra que se diz que vai ser lançada nos próximos dias, os militares me explicam que a <em>Luftwaffe</em> precisa realizar uma grande tarefa antes de qualquer possibilidade de desembarque de tropas. Aliás, foi exatamente isso que Göring sustentou ainda ontem, num artigo que fez publicar no <em>Voelkische Beobachter</em>, sob o pseudônimo de Arminius, equivalente em latim ao seu primeiro nome Hermann. Nesse artigo, o marechal explicou que a primeira tarefa de uma força aérea é a de conseguir uma completa superioridade no ar com a destruição dos aviões inimigos, dos seus aeródromos, hangares, depósitos de combustível e postos de baterias antiaéreas. Uma vez realizado esse trabalho, diz ele, a segunda parte tem início, com a aviação capaz de devotar a maior parte das suas energias ao apoio das forças de terra. Foi essa a estratégia adotada pelos alemães na Polônia e no ocidente.<br /></div><div align="justify"><br />Pergunto eu: por que motivo, então, a <em>Luftwaffe</em> ainda não desfechou um ataque em larga escala contra a Grã-Bretanha? Pelo fato de Hitler julgar-se em condições de poder obrigar Churchill a aceitar a paz? Ou será porque os generais ainda não se mostram dispostos a tentar a invasão? Ou porque a <em>RAF</em> é demasiadamente forte para arriscar a <em>Luftwaffe</em> num grande golpe?<br /><br />[...]<br /></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><em>BERLIM, 13 de agosto<br /></em></div><div align="justify"><br />Hoje foi o terceiro dia do grande ataque aéreo em massa contra a Inglaterra. O resultado de ontem, tal como anunciado pela <em>Luftwaffe</em>, foi de 71 aviões ingleses abatidos contra 17 alemães. Esta noite, as perdas do terceiro dia sobem a 69 a 13. cada dia os números apresentados pelos ingleses, segundo a <em>BBC</em>, são exatamente o contrário. Desconfio de que as cifras de Londres são mais verdadeiras. Amanhã devo sobrevoar a zona do Canal, juntamente com outra meia dúzia de correspondentes. Não sabemos se nos levarão até lá para assistir à invasão da Inglaterra, lançada por Hitler, ou se apenas para apreciar os ataques aéreos.<br /><br /><br /></div><div align="justify"><br />O “<em>Ataque das Águias</em>” foi marcado para 13 de agosto, tendo um ataque preliminar – localização de torres sinalizadoras, antenas transmissoras, hangares – no dia 12. Em ambas as datas houve violenta reação da defesa britânica – mesmo em inferioridade numérica – numa amostra que a derrota da <em>RAF</em> – a <em>Royal Air Force</em> – não seria tão fácil e rápida.<br /></div><div align="justify"><br />A <em>RAF</em> atuava com aviões <em>Defiants, Spitfires </em>e<em> Hurricanes</em>, num total de cerca de 700, enquanto a <em>Luftwaffe</em> atacava com <em>Stukas, Heikel, Dornier, Junkers, Messerschmitt</em>, num total de 2550 aeronaves. Mas a <em>RAF</em> provou que ‘número’ não define batalhas, nem em terra nem nos céus!<br />.<br /><br /><br />Por <em>Leonardo de Magalhaens<br /></em><br /><br />.<br /><em>Battle of Britain<br /></em>Videos<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=cNVVoH9-QH0">http://www.youtube.com/watch?v=cNVVoH9-QH0</a><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=uIh6j80mFqM&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=uIh6j80mFqM&feature=related</a><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=79f8DSNeE3k&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=79f8DSNeE3k&feature=related</a><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=yXf1bhEEXd0&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=yXf1bhEEXd0&feature=related</a><br /><br /><br />.<br />.</div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-15954169416415654932010-07-21T08:04:00.000-07:002010-07-21T08:12:08.666-07:00Adolf Hitler fala no Reichstag - 19 julho 1940<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TEcM-Ecu_1I/AAAAAAAAA2Y/GD_9dyIrXrc/s1600/Hitler_Rede_19_Juli_1940_Berlin,_Reichstagssitzung.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496376130714664786" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 331px; CURSOR: hand; HEIGHT: 272px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TEcM-Ecu_1I/AAAAAAAAA2Y/GD_9dyIrXrc/s320/Hitler_Rede_19_Juli_1940_Berlin,_Reichstagssitzung.jpg" border="0" /></a><br /><div><br />... </div><div><br /><em><strong>Diário de Berlim<br /></strong>W Shirer<br />trad. Alfredo C Machado </em></div><em></em><br /><div> </div><div> </div><div><br /><em>BERLIM, 19 de julho</em> [1940] </div><div> </div><div align="justify"><br />Não vai haver uma <em>Blitzkrieg</em> contra a Inglaterra. Pelo menos por enquanto. Hoje à noite, falando perante o <em>Reichstag</em>, Hitler 'ofereceu' a paz. Disse não ver motivo algum pelo qual a guerra devesse continuar. Mas é claro que se trata de uma paz em que ficará com as rédeas do continente nas mãos, como vencedor. Saindo do espetáculo fantástico do <em>Reichstag </em>– que foi o mais brilhante de todos a que assisti – fiquei pensando no que fariam os ingleses. No que diz respeito aos alemães, não existe a menor dúvida. Como manobra calculada com fim de congregá-los para o ataque contra a Grã-Bretanha, foi uma obra-prima. Isso porque, agora, o povo alemão dirá: “<em>Hitler oferece a paz à Inglaterra e não lhe dão nenhuma importância. Ele afirma que não vê motivo pelo qual a presente guerra deva continuar. Portanto, se continuar, a culpa é da Inglaterra</em>”. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Estava pensando em qual seria a resposta dos ingleses, minutos depois de ter chegado à <em>Rundfunk</em> para redigir a minha crônica, quando ouvi a irradiação da <em>BBC</em>, em alemão. E já estava ali a resposta! Era um grande NÃO! Quanto mais pensava no caso, menos motivos encontrava para me surpreender. Para a Inglaterra, uma paz assinada com uma Alemanha colocada na situação de senhora absoluta do continente é impossível. Mais ainda: os ingleses devem possuir os seus motivos para acreditar que podem defender vitoriosamente as suas ilhas, acabando por impor uma derrota a Hitler. Isto porque o próprio Hitler lhes deu um meio fácil de salvar pelo menos alguma coisa. Apenas há um ano e meio em Munich, pude vê-los apegando-se a essa tábua de salvação. Agora o Não da <em>BBC</em> foi perfeitamente enérgico. O locutor ridicularizou todas as atitudes de Hitler. Vários oficiais do Alto comando e funcionários do Ministério que se achavam na sala não podiam acreditar no que ouviam. Um deles não se conteve e gritou-me: -Está entendendo alguma coisa? Por acaso, pode compreender esses ingleses malucos? Rejeitar agora uma proposta de paz? - Limitei-me a resmungar qualquer coisa. -eles estão loucos? - gritou o oficial. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Hitler apresentou a sua 'oferta' de paz de maneira muito eloquente, pelo menos para os alemães. Disse ele: - Neste momento, sinto que é meu dever perante a minha própria consciência apelar uma vez mais para a razão e o bom senso. Não posso descobrir um motivo pelo qual esta guerra deva prosseguir. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Não houve nenhum aplauso, nenhuma ovação, nenhum bater das pesadas botas. Apenas um grande silêncio. E um ambiente carregado. Porque, no íntimo, os alemães hoje anseiam pela paz. No meio desse silêncio, Hitler continuou: -Sinto-me entristecido ao pensar nos sacrifícios que a guerra vai exigir. E gostaria de evitá-los para o bem do meu povo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />O Hitler que vimos esta noite no <em>Reichstag</em> era um Hitler vencedor, cônscio da sua posição, que mesmo assim soube ser um ator tão maravilhoso, tão magnificamente senhor da alma alemã, que conseguiu misturar soberbamente a confiança do vencedor com a humildade que sempre causa bom efeito junto às massas, quando estas sabem que existe um homem ao leme. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Mais uma vez notei também de que forma Hitler é capaz de mentir com uma impassibilidade que nenhum outro homem possui. Provavelmente algumas dessas mentiras não são propriamente mentiras para ele, que acredita fanaticamente nas próprias palavras, como por exemplo, a sua falsa recapitulação dos últimos vinte e dois anos e a sua constante reafirmação de que a Alemanha nunca foi realmente derrotada na <em>Grande Guerra</em>, e sim apenas traída. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>Nota minha: </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Interessante. No discurso de Hitler há três menções nominais ao primeiro-ministro britânico Churchill, e nenhuma menção, citação ou referência aos Estados Unidos da América. Justamente o país no qual o governo da Grã-Bretanha depositava toda a confiança – a GBR não poderia continuar a guerra sem apoio dos EUA – isto era óbvio. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Resumo: basicamente o ditador alemão faz um 'apelo a razão' ao Governo britânico, pois não pretende intensificar a guerra ao atacar a Grã-Bretanha e seu Império mundial. A obstinação da GBR se deve às esperanças de envolvimento de intervenções dos EUA e/ou da URSS – o que tornaria a 'guerra europeia' GBR X <em>III Reich</em> numa 'guerra mundial' Eixo X Aliados. (O que aconteceria em 1941/42) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />No mais, Hitler aproveitou para demonstrar poderio militar, ao elevar Göring à <em>Reichsmarschall</em> e outros 12 generais a <em>GeneralFeldmarschall</em> (von Brauchitsch, Kesselring, Keitel, von Kluge, von Leeb, von Bock, List, von Witzleben, von Reichenau, Milch, Speerle, von Rundstedt), como diz, sarcasticamente, W Shirer, em seu diário, “<em>a certa altura, parando em meio ao discurso que estava pronunciando, Hitler transformou-se num outro Napoleão, criando com um simples movimento de sua mão (neste caso, a saudação nazista) doze marechais-de-campo. Como Göring já era um deles, o Führer criou-lhe um posto especial – o de Marechal do Reich</em>.” (19 de julho) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>BERLIM, 20 de julho </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Até agora não se registrou nenhuma reação oficial inglesa à “<em>oferta de paz</em>” de Hitler. No entanto, Goebbels obrigou a imprensa local a fornecer amavalmente ao povo alemão a notícia de que, aparentemente, os ingleses ainda nãotiveram tempo para isso. Os alemães com quem falei não podem compreender essa atitude. Eles desejam a paz. Não querem passar um novo inverno da mesma forma que o último. Não têm nada contra a Grã-Bretanha, a despeito de toda a campanha provocadora. (É que, da mesma forma que um remédio aplicado com muita frequencia, ela também está perdendo a pouca força que possuía.) Acreditam que alcançaram o ponto máximo e acreditam também que podem derrotar a Inglaterra se chegarem a um encontro. Mas prefeririam a paz. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em Chicago, Roosevelt foi novamente escolhido para candidato democrático, para tentar um terceiro período presidencial. O fato representa um golpe para Hitler, que a <em>Wilhelmstrasse</em> mal pôde ocultar. Goebbels deu ordem aos jornais para que não comentassem o fato, permitindo entretanto que a <em>DNB </em>publicasse um breve despacho do seu correspondente em Washington, dizendo que os métodos pelos quais foi feita a escolha de Roosevelt foram severamente condenados por todas as testemunhas”. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Agora Hitler terá que esperar que Roosevelt seja derrotado por Willkie nas próximas eleições. A verdade é que Hitler receia Roosevelt. Está começando a compreender que o apoio do Presidente à Grã-Bretanha constitui um dos motivos principais que levaram os ingleses a declinar a espécie de paz que ofereceu. Tal como o redator-chefe do <em>Frankfurter Zeitung</em>, Rudolf Kircher, teve licença para publicar amanhã: “Roosevelt é o pai das ilusões inglesas na guerra atual. Talvez os vergonhosos expedientes de Roosevelt sejam demais para os americanos, talvez ele não seja eleito, talvez, depois de reeleito, seja levado a cingir-se estritamente ao programa de não-intervenção do seu partido. Mas é também perfeitamente claro que, ao mesmo tempo em que não intervém na luta com a sua Esquadra ou o seu Exército, intervirá com os seus discursos, as suas intrigas e a poderosa propaganda que porá à disposição dos ingleses.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br /><em>Diário de Berlim<br />W Shirer<br />trad. Alfredo C Machado</em></div><br /><div><em></em></div><br /><div>.</div><br /><div>.<br />por <em>Leonardo de Magalhaens</em></div><br /><div>.</div><br /><div>. </div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-61294883216982446242010-07-14T13:36:00.000-07:002010-07-14T13:47:14.659-07:00Churchill's Speech - 14 July 1940<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TD4gYwsLJxI/AAAAAAAAA2I/sh2735G9eR0/s1600/707px-OperationSealion.svg.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493864205197715218" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 241px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TD4gYwsLJxI/AAAAAAAAA2I/sh2735G9eR0/s320/707px-OperationSealion.svg.png" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TD4gM2tcZSI/AAAAAAAAA2A/COlSmNlHhJ0/s1600/winston_churchill_gun.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493864000655222050" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 236px; CURSOR: hand; HEIGHT: 254px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TD4gM2tcZSI/AAAAAAAAA2A/COlSmNlHhJ0/s320/winston_churchill_gun.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><div><br /><em>Em 14 de julho de 1940...</em></div><div> </div><div><br /><strong>Discurso de Churchill em prol da unidade britânica</strong> </div><div> </div><div align="justify"><br />“Cinco dias antes, em 14 de julho, às nove horas da noite de domingo, Churchill fizera ao rádio um discurso para o povo da Inglaterra, quase um mês depois de seu discurso da “hora mais gloriosa”. Sob muitos aspectos, esse discurso foi mais revelador de Churchill do que o anterior, mais famoso. Ele pronunciou palavras tocantes a respeito dos franceses, no dia de seu feriado nacional. (“<em>Proclamo minha crença de que alguns de nós viveremos para ver um 14 de julho em que uma França libertada mais uma vez se rejubilará em sua grandeza e sua glória.</em>”) Havia um toque de magnanimidade em suas frases sobre o que acontecera em Oran. (“<em>Quando se tem um amigo e camarada ... atingido por um golpe estonteante, é preciso assegurar que a arma que caiu da mão dele não seja acrescentada aos recursos do inimigo comum. É preciso, porém, não guardar rancor por causa dos gritos de delírio e gestos de agonia do amigo.</em>”)(1) Ele exortou o povo inglês. (Se o invasor viesse, “<em>o povo não se dobraria submisso a ele, como vimos, com tristeza, em outros países.</em>” )</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />(1) no original, “ <em>When you have a friend and comrade at whose side you have faced tremendous struggles, and your friend is smitten down by a stunning blow, it may be necessary to make sure that the weapon that has fallen from his hands shall not be added to the resources of your common enemy. But you need not bear malice because of your friend's cries of delirium and gestures of agony.”</em><br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify">discurso no original<br /><a href="http://www.winston-churchill-leadership.com/speech-unknown-warriors.html">http://www.winston-churchill-leadership.com/speech-unknown-warriors.html</a><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Isso foi no mesmo dia, talvez na mesma hora, em que Hitler assinou a Diretriz n 16 para a invasão da Inglaterra. Eis aqui outro daqueles “<em>trocadilhos espirituais</em>”, uma coincidência indicativa que talvez haja constituído o ponto culminante do duelo: Hitler aprontando-se para partir da europa e invadir a Inglaterra; Churchill fazendo, na Inglaterra, seus primeiros planos para libertar a Europa.” (pp. 161-63)<br /></div><div align="justify"><br />(LUKACS, John. <strong>O Duelo Churchill X Hitler</strong>. Trad. Claudia Martinelli Gama. 2002)</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br />Em 16 de julho : Hitler decide aprovar a <em>Operação Leão-Marino</em> [<em>Unternehmen Seelöwe</em>] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“A sorte estava lançada. Estava mesmo? O fraseado da Diretriz nº 16 refletia bem a mente de Hitler. (Talvez se deva a isso a mudança do título de “<em>Operação Leão</em>” para “<em>Operação Leão Marinho</em>” - “<em>Seelöwe</em>” em alemão – fera não feroz.) A diretriz começava: “como a Inglaterra, apesar de sua deplorável situação militar, não mostra sinais de estar pronta para chegar a um acordo, decidi preparar uma operação de desembarque contra a Inglaterra e, se necessário, executá-la.” se necessário: ele ainda esperava não ter de fazê-lo. “<em>O objetivo dessa operação é impedir que a ilha-mãe inglesa continue a fazer guerra contra a Alemanha e, se necessário ocupá-la completamente.</em>” seguiam-se as diretrizes de toda a operação (a principal delas era “<em>uma travessia de surpresa numa frente ampla de aproximadamente Ramsgate a oeste da ilha de Wright</em>”). Os preparativos da operação têm de estar prontos em meados de agosto.” A Diretriz nº 16 não continha quase nenhuma retórica. O texto de quatro páginas estava repleto de detalhes técnicos militares. Sete cópias foram feitas e distribuídas entre os mais altos comandantes do exército, marinha e <em>Luftwaffe</em>”( p. 161) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>Nota minha: </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em “<em>Hitler</em>” de J Fest encontramos um trecho revelador, “<em>Não está de todo excluído que Hitler jamais tenha levado seriamente em consideração o desembarque em solo inglês e que se aproveitou disso apenas como uma arma na guerra de nervos</em>.” (p. 757) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em “<em>Churchill – O Lorde da Guerra</em>”(1973), de R. Lewin, encontramos algo sobre a mesma 'indecisão', </div><div align="justify"><br />“De início, Churchill não poderia saber que Hitler, surpreendido pela velocidade com que atingiria o Canal da Mancha, não dispunha de plano para a invasão, ou nem mesmo tencionava realizá-la; pelo contrário, ideia original do <em>Fuehrer</em> era preservar a Grã-Bretanha e o império dentro de uma forma conveniente de neutralidade. A ordem preliminar do <em>OKW</em>, intitulada “<em>A guerra contra a Inglaterra</em>” só foi expedida por Keitel no dia 2 de julho. Principiava assim: “<em>O Führer e Comandante supremo decidiu... que é possível desembarcar na Inglaterra, desde que possa ser alcançada a superioridade aérea e que sejam satisfeitas outras condições indispensáveis</em>.” Além disto, decorreram quinze dias até a data em que Hitler endossou e ampliou esta ordem, através da Diretriz nº 16, ainda experimental e que principiava assim: “<em>Decidi começar a preparar uma invasão da Inglaterra e executá-la, se necessário.</em>” Não há dúvida que a diretriz primava pela indecisão.” (p. 63) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />mais em<br /><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Sea_Lion">http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Sea_Lion</a><br /><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Sealion_Order_of_Battle">http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Sealion_Order_of_Battle</a><br />.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">por <em>Leonardo de Magalhaens </em></div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-41345542931616146362010-07-03T16:02:00.000-07:002010-07-03T16:08:29.393-07:00Ataque britânico à frota francesa em Oran<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TC_B1mD5KuI/AAAAAAAAA1w/lE37ZY54FaI/s1600/oran1940.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489819597282028258" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 275px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TC_B1mD5KuI/AAAAAAAAA1w/lE37ZY54FaI/s320/oran1940.gif" border="0" /></a><br /><div> </div><div><br /><strong>Churchill ordena o afundamento da frota francesa em Oran </strong></div><div> </div><div><br /><em>3 de julho de 1940 </em></div><div> </div><div>.<br /><span style="font-size:85%;">trechos de algumas fontes: </span></div><div>.</div><div align="justify">.<br />“A 3 de julho, enquanto Hitler ainda esperava um sinal de conciliação, ele [Churchill] manifestou mais uma vez sua inflexibilidade, dando ordem à frota inglesa para abrir fogo contra os aliados da véspera, isto é, contra as embarcações franceses refugidas no porto de Orã. Estupefato, decepcionado, Hitler protelou sine die seu discurso ante o <em>Reichstag</em>, previsto para 8 de julho. Na exaltação da vitória, achara antecipadamente que os ingleses renunciaram a um combate que ele [Hitler] imaginava sem saída, ainda mais que continuava sem qualquer intenção de tocar no império deles [dos britânicos]. Mas Churchill provou claramente, multiplicando os gestos demonstrativos, que não haveria negociações.” (FEST, Joachim, “<em>Hitler</em>”, 1976, pp. 755/756) </div><div align="justify"> </div><div> </div><div>.</div><div align="justify">.<br />“O povo está discutindo a ação de ontem dos ingleses, afundando três couraçados franceses na baía de Oran para impedir que viessem a cair em mãos dos alemães. Os franceses, que desceram a um ponto abaixo de qualquer imaginação, declaram que vão cortar as suas relações com a Grã-Bretanha. Afirmam que têm confiança na palavra de Hitler, que prometeu não lançar mão da Esquadra Francesa contra a inglaterra. Coitados! No entanto, éprovável a eclosão de uma grande irritação por toda a França. Positivamente, a Entente Cordiale está morta.” (SHIRER, W. “<em>Diário de Berlim</em>”, 1941, p. 136) </div><div align="justify"> </div><div>.</div><div>.</div><div align="justify"><br />“Os navios de guerra franceses mais modernos, o <strong><em>Dunkerque</em></strong>, o <strong><em>Strasbourg</em></strong>, o <strong><em>Richelieu</em></strong> e o <strong><em>Jean Bart</em></strong>, estavam fora do alcance de Hitler. Os dois primeiros, os mais modernos cruzadores de batalha, juntamente com um conjunto de outros navios, encontravam-se na base naval de Mers-el-Kebir, na Argélia francesa, quase cinco quilômetros a oeste de oran. A <strong>Operação Catapulta</strong> de Churchill tinha-os como alvo. Ele também tinha outro plano, a Operação Susan, um desembarque britânico no Marrocos francês. Seus conselheiros navais e militares persuadiram-no a abandonar o plano, pois exigiria uma desnecessária dispersão de forças britânicas no momento em que a ilha natal mais precisava delas. Como de costume, Churchill se irritava com os conselhos acauteladores, mas depois cedia. (Foi melhor assim: um desembarque britânico no Marrocos, mesmo se bem-sucedido – e isso era questionável – poderia ter instigado Hitler – e Franco – a persegui-los, tendo como provável resultado a conquista de Gibraltar e o fechamento do Mediterrâneo para os britânicos.) A própria <strong>Operação Catapulta</strong> constituía de certo modo uma reminiscência da destruição cruel e inesperada, por Nelson, da frota neutra dinamarquesa em Copenhague em 1801. havia, porém, uma diferença. Nelson atacou um inimigo potencial da Grã-Bretanha. Churchill atacaria os navios de um alaido recente da Grã-Bretanha, navios e marinheiros que não tinham nenhuma propensão para se alinharem com a Alemanha.<br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Antes do primeiro esmaecer do sol na quente tarde mediterrânea, os britânicos abriram fogo. Durou nove minutos. O <strong><em>Dunkerque</em></strong> e outro velho navio de guerra francês encalharam na praia. Outro navio explodiu. O <strong><em>Strasbourg</em></strong> saiu do porto. Mil duzentos e cinquenta marinheiros franceses morreram. No mesmo dia, a marinha britânica usou a força para tomar alguns dos barcos franceses menores ainda em portos britânicos. Em Alexandria, no Egito, fez-se um acordo pelo qual os vasos de guerra franceses seriam imobilizados, em condições não muito diferentes das obtidas por Hitler para supervisionar e imobilizar os navios franceses nos portos europeus. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Oran não foi um completo êxito naval. O <em><strong>Strasbourg</strong></em> escapou; o <em><strong>Richelieu</strong></em>, atacado pelos britânicos alguns dias depois em Dakar, só sofreu danos parciais. Mas foi um sucesso político para Churchill em mais de uma maneira. Chegaremos a suas repercussões na Grã-Bretanha em breve. Mais importantes foram suas repercussões em todo o mundo. Era um símbolo da disposição dos britânicos para a luta, da resolução de Churchill de atacar e se defender em seu duelo com Hitler. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Oran foi uma espécie de virada psicológica dos destinos. No entanto – isso tem de ser dito em seu favor -, Churchill não estava se vangloriando. “Nada é mais bem-sucedido do que o sucesso” - isso era típico da mente de Hitler, não da de Churchill. Naquela noite, ele disse a Colville que o ocorrido em Oran “para mim foi de cortar o coração”. Não foi uma reação pesarosa depois de um feito cruel. Cinco dias antes de Oran, Churchill dissera ao Gabinete de Guerra: temos de convencer o povo francês “de que estamos sendo cruéis para sermos bons”. [...]<br />(LUKACS, John. <em>O Duelo Churchill X Hitler</em>. Trad. Claudia Martinelli Gama. 2002) </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br /><strong>fontes interessantes: WW2 / 1940 </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><a href="http://www.euronet.nl/users/wilfried/ww2/1940.htm">http://www.euronet.nl/users/wilfried/ww2/1940.htm</a><br /><a href="http://www.historylearningsite.co.uk/operation_catapult.htm">http://www.historylearningsite.co.uk/operation_catapult.htm</a><br /><a href="http://www.digitalsurvivors.com/archives/churchillsinkingfrenchfleet.php">http://www.digitalsurvivors.com/archives/churchillsinkingfrenchfleet.php</a><br /><a href="http://www.globalsecurity.org/military/world/europe/fr-marine-nationale-vichy.htm">http://www.globalsecurity.org/military/world/europe/fr-marine-nationale-vichy.htm</a><br /><a href="http://www.militaryhistoryonline.com/wwii/articles/merselkebir.aspx">http://www.militaryhistoryonline.com/wwii/articles/merselkebir.aspx</a><br />.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">por <em>Leonardo de Magalhaens</em></div><div align="justify"><em>.</em></div><div align="justify">. </div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-46388200212122608742010-06-27T09:38:00.000-07:002010-06-27T09:44:01.224-07:00A Queda da França segundo W Shirer<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TCd-8P4NGGI/AAAAAAAAA1g/nKqFfqRlHSY/s1600/Bundesarchiv_Bild__Waffenstillstand_von_Compiegne_Berichterstatter.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487494244493760610" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 260px; CURSOR: hand; HEIGHT: 184px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TCd-8P4NGGI/AAAAAAAAA1g/nKqFfqRlHSY/s320/Bundesarchiv_Bild__Waffenstillstand_von_Compiegne_Berichterstatter.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TCd-0cmT2dI/AAAAAAAAA1Y/5twFRr-PwTQ/s1600/nazis-in-paris_w.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487494110469413330" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 203px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TCd-0cmT2dI/AAAAAAAAA1Y/5twFRr-PwTQ/s320/nazis-in-paris_w.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Diário de Berlim<br /></strong>W Shirer<br /><br />Trad. Alfredo C. Machado<br /><br />.<br /><em>BERLIM, 27 de junho [1940]<br /></em><br />.<br />“Um retrospecto dos acontecimentos.<br /><br />Devo fazer algumas reservas. Ainda é demasiadamente cedo para saber tudo que se passou. Ademais, não foi possível observar tudo. De forma alguma.<br /><br />Entretanto, pelo que vi na Bélgica e na França e pelo que depreendi das conversas cm franceses e alemães nos dois países, bem como com os prisioneiros franceses, belgas e ingleses que encontramos pelas estradas, parece-me inteiramente claro que:<br /><br />A França não lutou.<br /><br />Se o fez, existem poucas provas. Não somente eu, mas muitos de meus amigos foram e voltaram da fronteira alemã até Pari, percorrendo as principais estradas. Entretanto, nenhum de nós pôde observar qualquer sinal de uma luta séria.<br /><br />Os campo da França estão intactos. Não houve a menor luta ao longo de uma linha bem defendida. O Exército Alemão limitou-se a avançar pelas estradas. Mesmo nessas estradas, são poucas as provas de que os franceses tenham feito mais que aborrecer um pouco o inimigo. E mesmo isso só foi feito nas cidades e aldeias. De fato, o que fizeram foi realmente importunar, retardar um pouco a marcha alemã. Não se registrou nenhuma tentativa de fincar pé numa linha de defesa, para depois desfechar um contra-ataque bem organizado.<br /><br />...<br /><br />D. B., que encontrei em Paris e que assistiu à guerra do lado de lá, chegou à conclusão de que a traição grassou no Exército Francês de alto a baixo – os fascistas no alto, os comunistas embaixo. E tanto de fontes alemãs como francesas ouvi muitas informações sobre a ordem que o Partido Comunista enviou aos seus adeptos para que não lutassem, uma ordem que eles cumpriram à risca...<br /><br />Muitos prisioneiros franceses afirmam que nunca viram uma batalha. Quando parecia que uma delas estava para começar, vinha a ordem de retirada. Foi essa constante ordem de retirar antes do início da batalha, ou pelo menos antes que a batalha estivesse travada, que quebrou a resistência belga.<br /><br />...<br /><br />Outro mistério: os alemães afirmam que depois que atravessaram a fronteira franco-belga, de Mauberge a Sedan, continuaram avançando diretamente através da região do Norte da França até o Canal da Mancha, quase sem disparar um tiro. Quando alcançaram o litoral, Boulogne e Calais estavam sendo defendidas sobretudo por tropas britânicas. Todo o Exército Francês parecia paralisado, incapaz de levar adiante a menor ação, de desfechar o mais ligeiro contra-ataque.<br /><br />De fato, os alemães possuíam absoluta superioridade aérea. É verdade que os ingleses não forneceram a força aérea que podiam e deviam ter fornecido. Nem mesmo isso entretanto explica a <em>débâcle </em>francesa. (...)”<br /><br /><span style="font-size:85%;"><em>Diário de Berlim<br /></em>W Shirer<br /><br />Trad. Alfredo C. Machado</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em>Nota minha:</em></div><div align="justify"><em><br /></em>Aqui no <em>Diário de Berlim</em>, W Shirer abre uma problemática que será melhor elaborada na sua obra A Queda da França (<em>Collapse of the Third Republic – a Inquiry into the Fall of France in 1940</em>, publicado em 1969), onde polemiza sobre as 'quintas colunas' (fascistas e comunistas) contra a República democrática, além das novas táticas alemãs – ataque aéreo, paraquedistas, tanques concentrados – contras as velhas táticas doa aliados – preocupados com defesa e contando com uma infantaria sem apoio motorizado e aéreo.<br /><br />.<br />Por <em>Leonardo de Magalhaens<br /></em>.<br />.</div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-44524976485405946872010-06-18T16:09:00.000-07:002010-06-18T16:21:48.106-07:00junho de 1940 - A Queda da França<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBv9q5NPG4I/AAAAAAAAA04/eWPP0F1_u7k/s1600/Adolf_Hitler_in_Paris_1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5484255884606380930" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 191px; CURSOR: hand; HEIGHT: 232px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBv9q5NPG4I/AAAAAAAAA04/eWPP0F1_u7k/s320/Adolf_Hitler_in_Paris_1940.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBv9jZb_yII/AAAAAAAAA0w/tEY8clbfyco/s1600/reich01.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5484255755819272322" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 207px; CURSOR: hand; HEIGHT: 219px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBv9jZb_yII/AAAAAAAAA0w/tEY8clbfyco/s320/reich01.jpg" border="0" /></a><br /><div><br /><strong>1940 – A Queda da França </strong></div><div> </div><div> </div><div align="justify"><br />Em 11 de junho, o governo francês está na cidadezinha de Briare, e recebe uma visita do Primeiro-Ministro britânico Churchill, que percebe um pessimismo do General Weygand, ministro da Defesa, ao mesmo tempo em que percebe o rancor de um general, agora subsecretário da Defesa Nacional , membro recente do governo derradeiro, chamado Charles De Gaulle. Contrário ao armistício, De Gaulle (arauto das forças blindadas) defendia a resistência francesa numa retirada para as colônias africanas. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Mas enquanto os líderes discutem, as tropas e os <em>panzer</em> de Guderian contornam a Linha Maginot, numa manobra de cerco que resulta no aprisionamento de cerca de meio milhão de soldados franceses, num avanço em arco a se estender até a fronteira suiça. É a vitória do 'movimento' contra a 'linha defensiva'. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Quando a vanguarda do <em>XVIII Exército</em> de von Küchler adentra a desmilitarizada metrópole parisiense, em 14 de junho (um mês antes das comemorações da <em>Queda da Bastille</em>, em 14 de julho de 1789, início da <strong>Revolução Francesa</strong>), os líderes se reúnem no dia seguinte para votarem entre a rendição ou a resistência. Já vimos que Pétain estava entre os que preferiam o armistício, enquanto o primeiro-ministro francês Reynaud e De Gaulle preferiam a luta. Weygand, por outro lado, pretendia mostrar um realismo. Não havia 'reserva estratégica' para deter e derrotar os alemães (e mesmo que houve tropa, não havia aviação suficiente).</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Diante de tal cenário sem esperanças, os britânicos terminam por abandonar a França ao norte pelos portos do <em>Canal da Mancha</em>. E o resignado Pétain assume o Governo, e rejeita a última proposta de Churchill (de que GBR e França se unissem numa 'cidadania comum') Esta rejeição mostra a preferência do 'herói nacional' na condição francesa enquanto 'protetorado' da Alemanha do que 'satélite' da Grã-Bretanha. A queda da França foi também a queda da aliança entre ingleses e franceses. Tudo o que Hitler queria.<br /></div><br /><br /><div><em>cartoon alemão</em></div><br /><div align="justify"><br />Diz o leão britânico ferido ao galo apunhalado no cartoon alemão (publicado no Das Reich): “A tua morte me deixa muito desapontado! - Felizmente para mim ficaram ao menos as tuas colônias como uma lembrança (souvenir)!” (<em>Mit deinem Hinscheiden enttäuschst Du mich sehr! - Hoffentlich blieben mir wenigstens Deine Kolonien als Souvenir</em>!) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Enquanto isso, De Gaulle decide proclamar a reunião da “<em>França Livre</em>”, mesmo que sejam forças concentradas nas colônias africanas. Para a resistência a guerra não termina com a Queda da França, pois trata-se de uma <em>Guerra Mundial</em>, abrangente e prolongada. Mas ainda ninguém espera realmente que a França (e Pétain!) sejam <em>'libertado por De Gaulle e seus bravos'</em>, pois o que há além de uma multidão de refugiados? Cerca de 8 milhões de refugiados seguem pelas estradas do sul – expostas ao ataque dos caças da <em>Luftwaffe</em>, impiedosos e prontos para espalhar o terror. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em 18 de junho, Hitler recebe Mussolini em <em>Münich</em> (Munique) para comunicar o armísticio com os franceses, onde se estabelece uma divisão da França: norte e litoral atlântico sendo ocupado pelos alemães e o sul governado pelo velho Pétain, na cidade de Vichy (daí o termo '<em>França de Vichy'</em>). O armistício (ou 'capitulação') será assinado entre os militares alemães e os representantes franceses (General Huntziger), enquanto, no sul, os fascistas italianos combatem tropas francesas (compostas de três divisões alpinas), até o armistício França-Itália, em 24 de junho, com a presença do Gen. Huntziger em Roma. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Na cena da assinatura do armistício não poderia faltar o vagão onde antes o <em>Império Alemão</em> assinara a derrota na PGM. Arrancado da paz do museu, o vagão serviu como instrumento de 'revanche' para o orgulho ferido dos militares alemães. Ali, os abatidos e humilhados da vez seriam os líderes franceses, que não se prepararam para a 'guerra de movimento', chamada agora de “<em>Blitzkrieg</em>” (guerra-relâmpago).<br />.</div><div align="justify">.<br />Trechos de<br /><strong>O Duelo : Churchill X Hitler<br /></strong>John Lukacs<br />trad. Claudia M Gama<br />Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2002 </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“O dia <strong>18 de junho de 1940</strong> marcava o centésimo vigésimo quinto aniversário da <strong>batalha de Waterloo</strong>. Foi a última batalha das guerras do mundo travada por mais de um século entre França e Inglaterra. Depois de Waterloo, a Alemanha cresceu e a França declinou. Cem anos depois de Waterloo, França e Grã-Bretanha lutavam lado a lado contra os alemães. Agora, em 1940, a França caia nas mãos dos alemães e a Grã-Bretanha estava só, enfrentando perigos incomensuravelmente maiores do que os que enfrentara nos tempos de Waterloo. O ano de 1940 também marcava outra coincidência histórica. Tarde da noite do <em>Dia do Waterloo</em>, Hitler voltou de Munique para seu quartel-general, o <em>Reduto do Lobo</em>, a poucos quilômetros da cidade fronteiriça francesa de Rocroi, um vilarejo soturno e cinzento. (...) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Se o poder mundial da França diminuiu depois de Waterloo, o poder aumentou em Rocroi. Foi lá que, 297 anos de 1940, travou-se uma das batalhas mais decisivas da história da Europa. Foi em Rocroi, em 1643, que a França derrotou a formidável infantaria espanhola. Com essa vitória os franceses se tornaram a maior potência da Europa, na verdade, do mundo ocidental. Para os espanhóis, a derrota de seu exército em Rocroi foi tão decisivia quanto a derrota de sua Armada no canal da Mancha em 1588. (...)” pp. 126-127<br />.</div><br /><br /><div>.</div><div><br /><strong>Hitler em Paris </strong></div><div> </div><div align="justify"><br />“Dois dias depois [23 junho], [Hitler] voou para Paris no inabitual horário de três e meia da manhã. Levou consigo seu escultor favorito, Arno Brecker, e seu arquiteto preferido, Albert Speer. Eles fizeram uma rápida visita a uma Paris vazia nas primeiras horas da manhã. Hitler assombrou sua comitiva com a familiaridade que demonstrou com relação a alguns edifícios, sobretudo a Opéra, onde seu minucioso conhecimento surpreendeu o grave funcionário francês que fora apanhado para guiá-los pelos corredores. Foi um passio estranho, furtivo e insone. Às dez da manhã já estavam de volta ao <em>Reduto do Lobo</em>. Por vários dias Hitler falou sobre a beleza de Paris, que então vira pela primeira vez. Enquanto isso, aguardava novas notícias de Londres. Depois foi, com antigos camaradas, visitar os campos de batalha onde servira na Primeira Guerra Mundial. No dia seguinte, 27, trocou o <em>Reduto do Lobo</em> pelo novo quartel-general próximo a Knibis, na Floresta Negra alemã.” p. 130 </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br /><strong>Churchill e o discurso da 'finest hour' </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />"Na tarde do <em>Dia de Waterloo</em>, Churchill fez sei discurso mais famoso na Câmara dos Comuns. Foi o discurso da “hora mais gloriosa”, que tem uma história singular. Vimos que no dia anterior ele se dirigira ao povo britânico com um curto pronunciamento de dois minutos. Agora falava outra vez. O discurso no Parlamento durou menos de trinta minutos. Os parlamentares ficaram impressionados, embora ele parecesse um pouco fatigado. No entanto, pouco depois naquela tarde algumas pessoas disseram a Churchill que, em benefício do moral nacional, ele deveria falar à nação. Assim, quatro horas mais tarde Churchill leu novamente seu discurso na BBC. Não gostou de fazer isso; muitas pessoas acharam que não soou bem. [...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Nesse ponto, o historiador tem de dizer algo sobre o efeito dos discursos de Churchill naquele verão. Sua receptividade foi menos evidente do quenos habituameos a acreditar. (...) George Orwell, ao escrever em seu diário em 24 de junho, concordou com sua esposa que “as pessoas de pouco estudo são com frequencia tocadas por um discurso em linguagem solene, que na verdade não compreendem mas sentem que impressiona, p.ex. A sra. A impressionou-se com os discursos de Churchill, embora não os entenda palavra por palavra.” p. 132 </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><strong>O motivo do discurso: o derrotismo após a Queda da França </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Na reunião matinal de 16 de junho, [Anthony] Eden disse que vira um relatório do Ministério da Informação sobre a opinião pública que “não era muito encorajador”. Ainda assim, no dia seguinte Churchill disse ao Gabinete que “a masa da população continuava com notável animação sob adversidade”. <em>Lord</em> Normanbrook lembrou que, quando a França caiu, havia confusão e perplexidade e em alguns bairros o moral era frágil”. Em algum momento entre 16 e 26 de junho, “um sentimento de desânimo e apreensão foi registrado no país como um todo”. O Ministério da Informação observou no dia 17 que, “a menos que houvesse forte liderança do primeiro-ministro, o derrotismo certamente ganharia terreno e haveria uma séria divisão entre governo e povo”. (Foi por isso que Duff Cooper e seus amigos imploraram a Churchill no dia 18 para falar na BBC.) (...) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em 27 de junho, S<em>ir</em> Stafford Cripps, embaixador britânico recém-chegado a Moscou, escreveu a Halifax uma mensagem longa e bastante pessimista,na qual previa a necessidade de preparar a opinião pública britânica para uma eventual transferência do governo de Londres para o Canadá.<br />Podemos no entanto garantir que, em 26 de junho, a segunda maior crise de Churchill de modo geral se atenuara. Ele e seu povo haviam sobrevivido ao choque da rendição da França.” (pp. 134 e 135) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />trecho final: </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />"O que o General Weygand chamou de Batalha da França já terminou. Eu espero o começo da Batalha da Grã-Bretanha. Desta batalha depende a sobrevivência da civilização cristã. Dela depende nossa própria vida britânica, e a longa continuidade de nossas instituições e nosso Império. A completa fúria e poder do inimigo deve logo voltar-se para nós. Hitler sabe que ele precisa nos derrotar nesta ilha ou perderá a guerra. Se nós podermos resistir a ele, toda a Europa poderá ser liberta e a vida do mundo seguirá adiante para amplas e ensolaradas terras. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Mas se nós falharmos, então todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, incluindo tudo o que conhecemos e amamos, afundará num abismo de uma era sombria feita o que há de mais sinistro, e talvez mais prolongado, devido as luzes da ciência pervertida. Vamos então assumir nossos deveres, e apoiarmos uns aos outros, pois se o Império Britânica e o Commonwealth durar uns mil anos, os homens dirão ainda, “esta foi a hora mais gloriosa deles”.<br />(trad. LdeM) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>What General Weygand has called the Battle of France is over. I expect that the Battle of Britain is about to begin. Upon this battle depends the survival of Christian civilisation. Upon it depends our own British life, and the long continuity of our institutions and our Empire. The whole fury and might of the enemy must very soon be turned on us. Hitler knows that he will have to break us in this island or lose the war. If we can stand up to him, all Europe may be freed and the life of the world may move forward into broad, sunlit uplands. </em></div><div align="justify"><em></em> </div><div align="justify"><br /><em>But if we fail, then the whole world, including the United States, including all that we have known and cared for, will sink into the abyss of a new dark age made more sinister, and perhaps more protracted, by the lights of perverted science. Let us therefore brace ourselves to our duties, and so bear ourselves, that if the British Empire and its Commonwealth last for a thousand years, men will still say, <strong>This was their finest hour</strong>.<br /></em>.<br /></div><div>.</div><br /><div>por <strong><em>Leonardo de Magalhaens</em></strong></div><div>.</div><div>.<br /></div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-1551528374236382532010-06-12T16:20:00.000-07:002010-06-12T16:29:06.482-07:00A Itália de Mussolini decide entrar na Guerra<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBQWosy696I/AAAAAAAAA0Y/NDXQiuIZs_Y/s1600/il_telegrafo_11-06-1940_duce_palazzo_venezia_7218.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482031534892054434" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 228px; CURSOR: hand; HEIGHT: 267px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBQWosy696I/AAAAAAAAA0Y/NDXQiuIZs_Y/s320/il_telegrafo_11-06-1940_duce_palazzo_venezia_7218.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBQWhxpKMxI/AAAAAAAAA0Q/Ssuhvgwboz4/s1600/hitlermussolini.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482031415934202642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 204px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TBQWhxpKMxI/AAAAAAAAA0Q/Ssuhvgwboz4/s320/hitlermussolini.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><div><br /><strong>A Itália de Mussolini decide entrar na Guerra</strong> </div><div> </div><div align="justify"><br />O ditador Mussolini ainda mantinha um papel ambíguo de 'mediador' entre potências e ao mesmo tempo alinhado com a Alemanha militarmente em ascensão. Não rompia a neutralidade por ter reconhecido a pouca eficiência bélica italiana (vejam bem as campanhas na Etiópia e na Albânia, mais plenas de crueldade do que eficiência), mas percebia que a Alemanha nazista poderia exigir a 'decisão' dos fascistas – assim que se percebesse vitoriosa. E a Itália fascista precisava mesmo assumir seu discurso anti-democrático. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Lembrando sempre que as potências da época eram Grã-Bretanha e França (e os EUA), os vencedores da <strong>Primeira Guerra Mundial</strong>, a mesmas que não haviam cumprido as promessas à Itália. Ainda que preferissem Mussolini no poder – do que os 'comunistas'. E nada teriam feito contra Mussolini (assim como nada fizeram contra Franco) caso do <em>Duce</em> tivesse mantido sua não-beligerância. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Mas a situação foi outra. Ao perceber a rápida retirada das forças aliadas nos Flandres e no norte da França, o <em>Duce </em>começou a temer que a Guerra acabasse antes dos fascistas italianos entrarem no 'jogo'. Os britânicos – ao contrário – diziam que o <em>Duce</em> receberia certamente sua 'cota' de guerra. (Churchill era até irônico, sabendo da ineficiência bélica italiana) A Itália então entenderia o que significa 'desafiar uma potência'. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br /><strong>10 de junho de 1940 </strong></div><strong></strong></div><div><strong><div align="justify"><br /></strong>Discurso do ditador Mussolini na <em>Piazza Venezia<br /></em>Declaração de Guerra em junho de 1940 </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Combatentes de terra, de mar e do ar! Camisas negras da revolução e das legiões! Homens e mulheres da Itália, do Império e do reino da Albânia! Escutem! Uma hora assinalada do destino ressoa no céu de nossa pátria. (<em>vivas aclamações</em>) A hora da decisão irrevogável. A declaração de guerra já foi consignada (<em>aclamações, gritaria alta de “Guerra, Guerra</em>!”) aos embaixadores da Grã-Bretanha e da França. Saímos em campo contra as democracias plutocráticas e os reacionários do Ocidente, que, em todo tempo, criaram obstáculo a marcha, e mesmo minado a existência mesma do povo italiano. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Alguns anos da história mais recente se podem resumir nestas frases: promessas, ameaças, chantagens e, ao fim, como um coroamento do edifício, o ignóbil assédio societário de cinquenta e duas nações. A nossa consciência está absolutamente tranquila. (<em>Aplausos</em>.) Com vocês o mundo inteiro é testemunha que a Itália do Littorio fez o que era humanamente possível para evitar a tormenta que convulsiona a Europa; mas foi tudo em vão. </div><div align="justify"><br />[...]<br />Nós empunhamos as armas para resolver, depois o problema resolvido da nossa fronteira continental, o problema das nossas fronteiras marítimas; nós queremos despedaçar as cadeias das ordens territoriais e militares que nos sufocam em nossos mares, pois um povo de quarenta e cinco milhões de pessoas não é realmente livre se não tem livre o acesso ao oceano. Esta luta gigantesca não é mais que uma fase do desenvolvimento lógico da nossa revolução; é a luta do povo pobre e de braços numerosos contra os ávidos que detêm ferozmente o monopólio de toda a riqueza e de todo o ouro da terra; é a luta do povo fecundo e jovem contra os povos estéreis e decadentes; é a luta entre dois séculos e duas ideias. Momento em que os dados são jogados e a nossa vontade tem queimado em nossas veias, eu declaro solenemente que a Itália não pretende arrastar outros povos ao conflito com fronteiras comuns por mar ou terra. Suiça, Iugoslávia, Grécia, Turquia, Egito, tomem nota dessas minhas palavras e depende deles, apenas deles, se tal será confirmado ou não.<br />[...] </div><div align="justify">.<br /><span style="font-size:85%;">trad. Leonaro de Magalhaens</span> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />Aqui, o Duce Mussolini julga falar em nome da 'revolução': considera o 'fascismo' uma revolução contra os 'reacionários', aqueles das 'grandes potências' diatas 'democráticas', mas o regime fascista era claramente tutelado por uma 'monarquia'. Tanto que alguns fascistas eram abertamente 'republicanos' (e somente subiram ao poder na <strong>República de Salò</strong>, então sob tutela nazista, em 1943.) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Também afirma retoricamente o ditador fascista que não pretende entrar em conflito com alguns países próximos, mas acabou atacando a Grécia em 1940/41, e sofreu resistência, a ponto dos alemães entrarem no conflito nos Balcãs, o que atrasou a invasão da URSS em um mês. (A <em>Operação Barbarossa</em> não foi iniciada em maio, mas em junho de 1941) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />ver Youtube: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=resyF2Jfm1o&feature=fvsr">http://www.youtube.com/watch?v=resyF2Jfm1o&feature=fvsr</a><br />.</div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Discurso do Mussolini na Declaração de Guerra </span></div><div align="justify">.<br /><em><span style="font-size:85%;">Combattenti di terra, di mare e dell'aria! Camicie nere della rivoluzione e delle legioni! Uomini e donne d'Italia, dell'Impero e del regno d'Albania! Ascoltate! Un'ora segnata dal destino batte nel cielo della nostra patria. (Acclamazioni vivissime). L'ora delle decisioni irrevocabili. La dichiarazione di guerra è già stata consegnata (acclamazioni, grida altissime di "Guerra! Guerra! ") agli ambasciatori di Gran Bretagna e di Francia. Scendiamo in campo contro le democrazie plutocratiche e reazionarie dell'Occidente, che, in ogni tempo, hanno ostacolato la marcia, e spesso insidiato l'esistenza medesima del popolo italiano . </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;"></span></em> </div><div align="justify"><br /><em><span style="font-size:85%;">Alcuni lustri della storia più recente si possono riassumere in queste frasi: promesse, minacce, ricatti e, alla fine, quale coronamento dell'edificio, l'ignobile assedio societario di cinquantadue stati. La nostra coscienza è assolutamente tranquilla. (Applausi). Con voi il mondo intero è testimone che l'Italia del Littorio ha fatto quanto era umanamente possibile per evitare la tormenta che sconvolge l'Europa; ma tutto fu vano.<br />[...] </span></em></div><div align="justify"><br /><em><span style="font-size:85%;">Noi impugniamo le armi per risolvere, dopo il problema risolto delle nostre frontiere continentali, il problema delle nostre frontiere marittime; noi vogliamo spezzare le catene di ordine territoriale e militare che ci soffocano nel nostro mare, poiché un popolo di quarantacinque milioni di anime non è veramente libero se non ha libero l'accesso all'Oceano. Questa lotta gigantesca non è che una fase dello sviluppo logico della nostra rivoluzione; è la lotta dei popoli poveri e numerosi di braccia contro gli affamatori che detengono ferocemente il monopolio di tutele ricchezze e di tutto l'oro della terra; è la lotta dei popoli fecondi e giovani contro i popoli isteriliti e volgenti al tramonto, è la lotta tra due secoli e due idee. Ora che i dadi sono gettati e la nostra volontà ha bruciato alle nostre spalle i vascelli, io dichiaro solennemente che l'Italia non intende trascinare altri popoli nel conflitto con essa confinanti per mare o per terra. Svizzera, Jugoslavia, Grecia, Turchia, Egitto prendano atto di queste mie parole e dipende da loro, soltanto da loro, se esse saranno o no rigorosamente confermate.<br />[...] </span></em></div><div align="justify"><br />discurso na íntegra<br />em <a href="http://cronologia.leonardo.it/storia/a1940e.htm">http://cronologia.leonardo.it/storia/a1940e.htm</a><br />.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">“A declaração de guerra da Itália à França e Inglaterra foi entregue por Galeazzo Ciano aos embaixadores respectivos, François-Poncet e <em>Sir</em> Percy Loraine. As reações de ambos foram diferentes. O embaixador francês, emocionado, afirmou a Ciano que a declaração era '... uma punhalada num homem caído...' e assegurou ao ministro italiano da Relações Exteriores que 'os alemães são senhores duros. Vocês também se darão conta disto...' Por último, ao sair da Chancelaria, disse-lhe, assinalando o uniforme de aviador que Ciano trajava: 'Não se deixe matar...' Por seu turno, o embaixador inglês, <em>Sir</em> Percy Loraine, flegmático recebeu a notícia sem demonstrar qualquer perturbação. Ao se despedirem, fizeram-no com 'um largo e cordial aperto de mãos'.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Às 16 horas do dia 10 de junho, o embaixador francês em Roma, André François Poncet, telefonou a Reynaud, informando que acabara de receber das mãos do Conde Ciano a comunicação da declaração de guerra do Governo italiano.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Pouco depois de receber a comunicação de François-Poncet, o governo francês resolveu abandonar Paris. À meia-noite, Reynaud,a companhado pelo genral De Gaulle, partiu de automóvel à cidade de Orléans. Tão logo difundiu-se a notícia, milhares de parisienses lançaram-se em fuga, provocando uma espantosa confusão nas estradas para o sul.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Fonte: <strong><em>Segunda Guerra Mundial</em></strong>. Ed. Codex, 1965</div><div> </div><br /><br /><div>.<br />por <em>Leonardo de Magalhaens</em></div><br /><br /><div>.</div><div> </div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-15874363696532903312010-06-09T06:37:00.000-07:002010-06-09T06:46:27.260-07:002ª etapa da Batalha da França - Fall Rot<a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TA-Z6Sc3ShI/AAAAAAAAA0I/pvLLfA3ZrMg/s1600/France1940sul.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480768498197547538" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 221px; CURSOR: hand; HEIGHT: 222px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TA-Z6Sc3ShI/AAAAAAAAA0I/pvLLfA3ZrMg/s320/France1940sul.jpg" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TA-ZzOW-Y9I/AAAAAAAAA0A/K0PHqUaGEmw/s1600/HitlerinParis.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480768376840020946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 193px; CURSOR: hand; HEIGHT: 237px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TA-ZzOW-Y9I/AAAAAAAAA0A/K0PHqUaGEmw/s320/HitlerinParis.bmp" border="0" /></a><br /><div><br /><em>Fall Rot / Case Red<br /></em><strong>Caso Vermelho<br /></strong>2ª etapa da <em><strong>Batalha da França </strong></em></div><div> </div><div align="justify">.<br />Após o sucesso da <em>Fall Gelb</em> (<em>Caso Amarelo</em>), a ofensiva contra os Países Baixos, através de Flandres e Ardennes, com a expulsão da BEF (<em>Força Expedicionária Britânica</em>) nas praias de Dunkirk, em 4 de junho de 1940, as operações bélicas das tropas alemãs foram reiniciadas em 5 de junho rumo a costa da Canal e a metrópole parisiense. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Atuando em toda a <em>Linha Weygand</em> – os pontos principais da defesa francesa – as vanguardas panzer atacaram na região do rio Somme, numa linha Abbeville – Amiens – Peronne, onde 95 divisões alemães golpeavam cerca de 50 divisões francesas. A supremacia germânica nos ares era evidente. Se os franceses pouco podiam contar com a aviação – ainda mais depois que a RAF se recolheu aos limites do <em>Canal da Mancha</em> (1) – a <em>Luftwaffe</em> contavam com cerca de 3 mil aviões, em apoio às manobras de artilharia e infantaria. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />As forças blindadas (1,2 mil <em>panzer</em>) comandadas pelos generais Kleist e Hoth, do Grupo de Exército B, do General von Bock, pressionaram ao nordeste de Paris, enquanto os panzers comandados por Guderiam (do Grupo de Exércitos A, do General Rundstedt) contornavam a <em>Linha Maginot</em>, o supostamente invencível sistema defensivo dos franceses. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />O teatro de operações do <strong>Caso Vermelho</strong> englobavam justamente as regiões onde os alemães foram 'barrado' nas defensivas aliadas da <strong>Primeira Guerra Mundial</strong>. Ali as tropas de assalto germânicas enfrentram a artilharia dos franceses e britânicos – e depois dos norte-americanos, em 1918 – em <em>'batalhas de atrito'</em> tais como as de <strong>Marne</strong>,<strong> Verdun</strong>,<strong> Somme</strong>,<strong> Arras</strong>,<strong> Ypres</strong> e <strong>Amiens</strong>. Então, em 1940, a 'guerra de movimento' impedia a 'guerra estacionária', pois as defesas francesas não tinham tempo para estabelecer um 'sistema de trincheiras', uma vez que eram atacadas por cima! </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Foi justamente para evitar as batalhas de desgaste – tão sangrentas na <strong>Grande Guerra</strong> – que positivamente pouco conquistavam além de alguns quilômetros quadrados de terra arrasada, que os comandantes alemães tudo fizeram para manter a 'guerra em movimento' sem dar tempo aos inimigos para montarem sistemas defensivos. Parar a ofensiva era submeter-se ao contra-ataque. Atacar sempre – era a ordem na <em>Blitzkrieg</em>. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Assim, os panzer avançam para o sul, deixando a tarefa para a infantaria alemã de enfrentar as resistências da infantaria francesa. Enquanto a artilharia não 'dava cobertura', este esforço era mantido pela Luftwaffe, sempre a bombardear os 'focos de resistência'. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />O movimento constante leva os blindados da 7ª <em>Panzerdivision</em>, do General Rommel, a cruzar o rio Somme à altura de Le Havre, enquanto o rompimento da <em>Linha Weygand</em> é competado em 7 de junho, quando as tropas invasoras seguem rumo a Rouen, no rio Sena, ao norte de Paris, de onde o <em>Alto Comando francês</em> ordena uma retirada geral em 8 de junho. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Em 10 de junho, os blindados de Rommel situam-se na linha de Fécamp (costa do Canal da Mancha) onde envolvem o X Exército francês, na linha defensiva derradeira. Nisso, a <em>Linha Maginot</em> é contornada e atacada pelos flancos e retaguarda. Enquanto isso, ao sul, na região dos Alpes, e na <em>Côte de Azur</em>, ou <em>Riviera francesa</em>, nas costas do Mar Mediterrâneo, nota-se um movimento de tropas italianas, enquanto ainda se ouvem os ecos do discurso do ditador fascista Mussolini, em sua declaração de guerra. [Em próxima postagem, falaremos da Itália na Guerra.] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Empurrados para a Capital, os franceses descobrem que os dirigentes preparam-se para abandonar a 'cidade luz', rumo a Bordeaux, enquanto novas lideranças se destacam. É neste momento que se iniciam as conversações entre Churchill e o militar Subsecretário da Defesa, o General De Gaulle. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />No gabinete francês de 15 de junho, no momento de uma importante votação a decidir o futuro da <em>República francesa</em>, 6 votos são dados a favor da resistência, enquanto 13 votos – inclusive do Marechal Pétain! (2) - são favoráveis à capitulação. Como poderiam os soldados prosseguir na luta se os próprios líderes não acreditavam mais na vitória? Eis a desmoralização, a Queda da França. </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />Notas: </div><div align="justify"><br />(1)Em 15 de maio, o Marechal do Ar, H. Dowding convenceu o primeiro-ministro W Churchill a não enviar mais aviões para a França. </div><div align="justify"><br />(2)O Marechal Pétain foi um dos líderes da resistência francesa e aliada na Grande Guerra e um dos símbolos da vitória de 1918. Era surpreendente o seu voto a uma capitulação. Mas, segundo os historiadores, o Marechal preferia um 'governo forte' pró-nazista do que uma resistência que poderia levar à um caos e assim abrir brechas para uma 'subversão' comunista. Em Vichy, o Marechal assumiria o governo colaboracionista. </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />por <em><strong>Leonardo de Magalhaens </strong></em></div><div align="justify"><strong><em>.</em></strong></div><div align="justify"><strong><em>.</em></strong></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-88241046671295662042010-06-04T15:58:00.000-07:002010-06-04T16:06:46.201-07:00Avanço alemão no Oeste - maio/junho 1940<a href="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TAmFz2qLMzI/AAAAAAAAAzo/a0ZFIhtAkXM/s1600/4June-12June_Battle_of_France.PNG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479057547565151026" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 262px; CURSOR: hand; HEIGHT: 186px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TAmFz2qLMzI/AAAAAAAAAzo/a0ZFIhtAkXM/s320/4June-12June_Battle_of_France.PNG" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TAmFj4sRMOI/AAAAAAAAAzY/IJv2NW9BTpo/s1600/francebattle.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479057273232896226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 262px; CURSOR: hand; HEIGHT: 167px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/TAmFj4sRMOI/AAAAAAAAAzY/IJv2NW9BTpo/s320/francebattle.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><div><br />trechos do <em>DIÁRIO DE BERLIM</em><br />de W. Shirer<br />trad. Alfredo C. Machado </div><div> </div><div>.<br />[1940] </div><div><br /><em>BERLIM, 31 de maio</em> </div><div align="justify"><br />Parece que a Itália está-se aproximando cada vez mais do dia da decisão – a de entrar na guerra ao lado da Alemanha. Hoje, Dino Alfieri, o Embaixador Italiano, entrevistou-se com Hitler no Quartel-General deste último. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Fazem hoje três semanas que Hitler lançou seus exércitos contra a Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França, num desesperado esforço destinado a abater os Aliados de um só golpe. Até aqui, decorridas estas três semanas, somente conseguiu sucesso para as suas Armas. O que lhe custaram esses sucessos em homens e materiais, não o sabemos ainda. Mas, o que se segue é a lista das vantagens obtidas nestes vinte e um dias; </div><div> </div><div><br />1)Dominou a Holanda e obrigou o Exército Holandês a capitular.<br />2)Dominou a Bélgica e obrigou o Exército Belga a fazer o mesmo.<br />3)Avançou pelo extremo sul da Linha Maginot, ao longo de uma frente que se estende por mais de trezentos e vinte quilômetros, de Montmédy a Dunquerque [Dunkirk].<br />4)Desbaratou os 1º, 7º e 9º Exércitos Franceses, que ficaram inteiramente isolados quando um exército alemão conseguiu abrir caminho entre eles e avançar até o mar.<br />5)Desbaratou a BEF [<em>Força Expecidionária Britânica</em>], que está também cercada. Uma parte das tropas inglesas, pelo menos, está evacuando de Dunquerque [Dunkirk], a bordo dos seus transportes. Mas como exército a BEF está aniquilada, pois não pode levar na retirada os seus tanques-canhões e suprimentos.<br />6)Conseguiu conquistar os litorais da Holanda, Bélgica e França, sobre o Canal da Mancha, que lhe servirão de trampolim para uma invasão da Inglaterra.<br />7)Ocupou as importantes minas de carvão e centros industriais da Bélgica e do norte da França.<br /></div><div>.</div><div>Em minha irradiação [transmissão radiofônica] desta noite, disse o seguinte: “<em>Não resta a menor dúvida de que os alemães venceram um primeiro round feroz. Mas, até agora, ainda não se registrou o nocaute fatal. E a luta continua.</em>” </div><div><br />[...] </div><div> </div><div><br /><em>BERLIM, 4 de junho</em> </div><div> </div><div align="justify"><br />Acabou-se a grande batalha da Flandres [região entre França e Bélgica] e de Artois. O Exército Alemão entrou hoje em Dunquerque [Dunkirk], entregando-se o remanescente das tropas aliadas – cerca de quarenta mil homens. O Alto Comando Alemão, num comunicado oficial, diz que essa batalha passará à História como “<em>a maior batalha de destruição de todos os tempos</em>”. As perdas alemãs durante a ofensiva na frente ocidental, tal como foram hoje publicadas, são as seguintes: mortos – 10.252; desaparecidos – 8.467; feridos – 45.523; aviões perdidos – 432. Esses números são realmente espantosos. Apenas há três dias, os militares deram-nos a entender que a lista das perdas alemãs seria publicada dentro em pouco e que dela constariam aproximadamente de 35 a 40 mil mortos e de 150 a 160 mil feridos. Mas a maioria dos alemães acreditará piamente em qualquer cifras que lhes forneçam. </div><div> </div><div align="justify"><br />O mesmo comunicado refere-se também às perdas aliadas: 1.200.000 prisioneiros, inclusive belgas e holandeses. E toda uma esquadra destruída, inclusive cinco cruzadores e sete <em>destroyers</em> afundados, além de dez cruzadores e vinte e quatro <em>destroyers</em> avariados. O Alto Comando afirma ainda que a Marinha Alemã não perdeu uma única unidade. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Paris anuncia que se registraram 50 mortos e 150 feridos em consequência dos ataque aéreo alemão de ontem. A BBC afirma que os parisienses estão clamando por vingança. Mas nenhum avião aliado apareceu ontem sobre Berlim; nenhum ainda esta noite... </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />[...] </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><em>BERLIM, 6 de junho </em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Hoje, repicaram todos os sinos das igrejas de Berlim, que amanheceu embandeirada por ordem de Hitler para comemorar a vitória da Flandres. Entretanto, era impossível notar qualquer contentamento especial do povo. Nenhuma emoção, qualquer que fosse. Na grandiosa proclamação dirigida ao Exército e ao povo, Hitler anunciou que hoje estava sendo lançada uma nova grande ofensiva no ocidente. Até aqui não se sabe de nenhum detalhe dessa operação, mas a <em>BBC</em> anuncia que essa ofensiva está sendo lançada ao longo de uma frente de 200 quilômetros, que se estende de Abbeville a Soissons, concentrando os alemães a sua maior pressão sobre a área do canal Somme-Aisne. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Ouvir dizer que os Aliados têm bombardeado Munich e Frankfurt estas últimas noites. Mas em Berlim nunca se diz coisa alguma desses ataques inimigos. E até agora ninguém aqui sentiu a guerra. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">.<br />Trechos do <em>DIÁRIO DE BERLIM</em><br />do jornalista norte-americano William Shirer<br />(depois seria autor de <em>A Ascensão e a Queda do III Reich</em>)</div><div align="justify">.</div><div align="justify">.</div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4807849091252175884.post-69277214210209964992010-05-26T06:26:00.000-07:002010-05-26T06:34:11.146-07:00Retirada Aliada - Operação Dínamo (Dunkirk)<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/S_0h2rMSRKI/AAAAAAAAAyo/CEb8UMR1f_Q/s1600/pamflet_Dunkirk.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475569945143297186" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 185px; CURSOR: hand; HEIGHT: 227px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/S_0h2rMSRKI/AAAAAAAAAyo/CEb8UMR1f_Q/s320/pamflet_Dunkirk.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/S_0hvOgUxKI/AAAAAAAAAyg/y2uQF0d8fAk/s1600/dunkirk1940.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475569817183634594" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 256px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G2znYCsh8ew/S_0hvOgUxKI/AAAAAAAAAyg/y2uQF0d8fAk/s320/dunkirk1940.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><br /><strong>Retirada aliada </strong></div><div align="justify"><br />Com o fracasso do contra-ataque em Arras, os britânicos logo perceberam que não haveria outra escapatória senão a costa do Canal, e passaram a recuar para Calais, Ostende e Dunkirk. </div><div align="justify"><br />Enquanto as tropas alemães contornavam o litoral, em avanço por Montreuil e Bologne, até o Estreito de Dover. Completava-se o cerco aos Aliados, prensados contra o litoral. Esse cerco foi inicialmente explorado para efeitos de abater o 'moral' das tropas na defensiva,<br />.</div><div><em>Camarades!<br />Telle est la situation!</em></div><div><em>En tout cas, la guerre est finie pour vous!</em></div><div><em>Vos chefs vont s'enfuir par avion.</em></div><div><em>A bas les armes! </em></div><div>.</div><div>.<br /><em>British Soldiers!<br />Look at this map: it gives your true situation!</em></div><div><em>Your troops are entirely surrounded - </em></div><div><em>stop fighting!</em></div><div><em>Put down your arms! </em></div><div>.<br /><span style="font-size:85%;">A leaflet dropped by the German Luftwaffe into the 1st Battalion's area during their retreat from Dunkirk. </span></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><br />Eis o panfleto alemão jogado nas linhas aliadas, junto a costa do Canal da Mancha (ou Pas de Calais) a dizer aos franceses: “<em>Camaradas! Tal é a situação! De todo modo, a guerra acabou para vocês! Vossos chefes fogem de avião. Abaixem as armas</em>!” e aos britânicos: “<em>Soldados Britânicos! Olhem o mapa: aqui a verdadeira situação! Vossas tropas estão inteiramente cercadas – parem de lutar! Abaixem suas armas!” </em></div><div> </div><div align="justify"><br />O tom dos enunciados é visivelmente diferente: os franceses são os “camaradas”, os franceses são traídos pelos “chefes”, enquanto os “soldados britânicos” recebem um comunicado formal, olhem para o mapa, um dado objetivo e frio. Desde o início os alemães fizeram de udo para dividir o esforço conjunto de franceses e ingleses, velhos inimigos de outras guerras. Os alemães diziam, mordazes, que “<em>os ingleses lutariam até o último francês</em>!” Porque todos sabiam que as forças francesas eram superiores às forças britânicas – e alemães. Maior que o exército francês somente havia o russo, do outro lado do continente. </div><div align="justify"> </div><div><br /><span style="font-size:85%;">Fonte: </span><a href="http://www.brandonatwar.co.uk/suffolks.htm"><span style="font-size:85%;">http://www.brandonatwar.co.uk/suffolks.htm</span></a><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div> </div><div><strong>22-24 de maio – Hitler detem o avanço das vanguardas Panzer<br /></strong></div><div> </div><div align="justify">As <em>Panzerdivisionen</em> sob comando de Guderian foram detidas no avanço para Dunkirk. Porque exatamente? Existem várias explicações para esta 'hesitação' ou até mesmo 'erro estratégico'. </div><div align="justify"><br />O <em>Führer </em>alegava dois motivos: 1/terreno instável, impróprio para o avanço de blindados, que poderiam se atrasar, mais lentos, e sofrerem ataques de flanco. 2/a excessiva vantagem dos Panzer em relação ao resto das tropas – infantaria e artilharia. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Mas alguns historiadores alegam que a decisão do ditador nazista foi mais uma 'tática política', pois ao evitar o total esmagamento das tropas aliadas (principalmente das britânicas), ao deixar que fugissem através do Canal da Mancha, via porto de Dunkirk, o <em>Führer</em> manteria uma possibilidade de negociação com os líderes ingleses. Se era mesmo essa a motivação, então Hitler ainda não estava em 'guerra total'. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“<em>No dia 24 de maio, Hitler frustrou, através da ordem de alto, às divisões blindadas a possibilidade de que a </em>Wehrmacht<em> completasse o aniquilamento das forças britânicas. Seu grave erro traria influência decisiva no desenvolvimento posterior da guerra.”<br /></em><span style="font-size:85%;">fonte: A Segunda Guerra Mundial . Ed. Codex, 1965. </span></div><div> </div><div align="justify"><br />Em suas Memórias da guerra, “<em>Memoirs of the Second World War</em>”, W. Churchill não menciona qualquer possível 'decisão política' por parte do ditador. Acreditava o Primeiro-ministro nas razões militares: terreno impróprio e avanço dos blindados, sem a infantaria. E acrescenta que a 'honra' de liquidar os aliados fora dada não ao Exército, mas a Aviação [<em>Luftwaffe</em>]. </div><div> </div><div align="justify"><br />Realmente, o arrogante Göring havia garantido que a <em>Luftwaffe</em> poderia impedir a fuga dos Aliados. Realmente, os estragos causados pelos <em>Stukas</em> foram imensos. Cidade demolida e embarcações afundadas. Mas mesmo assim cerca de 338 mil soldados – britânicos e franceses – foram resgatados de 27 de maio a 4 de junho. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Segundo Churchill, toda a glória recai sobre a eficiência da <em>Royal Air Force RAF</em>, a força aérea britânica, mantendo a defesa aérea, enquanto os mais diferentes tipos e tamanhos de embarcações se aproximavam das praias para o embarque apressado dos soldados, que deixaram todo o equipamento pesado na retaguarda. (Foi realmente impressionante a perda de material bélico dos Aliados.) </div><div align="justify"> </div><div><br /><strong>28 de maio – a rendição dos belgas do Rei Leopoldo </strong></div><div> </div><div align="justify"><br />Com a rendição das tropas belgas, os Aliados perderam todas as posições ao norte – Holanda e Bélgica – e recuaram para a costa do Canal – principalmente Ostende, antes de seguirem para Dunkirk, onde conseguiram embarcar no início de junho. Outras tropas, principalmente francesas, recuaram para o rio Somme, complentando assim a divisão dos Aliados – o que facilitou o avanço da infantaria alemã, logo após os blindados e caças de mergulho (<em>Stukas</em>).<br /></div><div>.</div><div>Mais sobre a rendição dos belgas em<br /><a href="http://www.2guerra.com.br/sgm/index.php?option=com_content&task=view&id=218&Itemid=29">http://www.2guerra.com.br/sgm/index.php?option=com_content&task=view&id=218&Itemid=29</a><br />.</div><div>mais info sobre Dunkirk (<em>operation Dynamo</em>) em <a href="http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/june/4/newsid_3500000/3500865.stm">http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/june/4/newsid_3500000/3500865.stm</a><br /><a href="http://www.dynamo-dunkerque.com/">http://www.dynamo-dunkerque.com/</a><br />.</div><div>por <em><strong>Leonardo de Magalhaens </strong></em></div></div>Leonardo de Magalhaenshttp://www.blogger.com/profile/10726017284375403369noreply@blogger.com0