sábado, 25 de abril de 2009

Mais causas da Segunda Guerra Mundial





Causas da Segunda Guerra Mundial


Mais sobre o Tratado de Versalhes

(fonte: MICHALANY, Douglas. História das Guerras
Mundiais
, V.5, t.1)

Para Clemenceau (apelidado O Tigre), o Tratado [de
Versalhes] seria um meio eficiente de manter a Alemanha,
pelo maior tempo possível, em tal estado de prostração,
que deixasse de constituir uma ameaça para a França.
Lloyd George [Primeiro-Ministro britânico] preocupava-se
sobretudo com o restabelecimento do equilíbrio europeu,
para que a França não assumisse importância demasiada
e a Grã-Bretanha continuasse a ser o fiel da balança.
Quanto a Wilson [Presidente dos EUA], seu idealismo e
seu desconhecimento dos problemas europeus, faziam-no
ansiar por uma paz que eliminasse, definitivamente, a
possibilidade de novas guerras.

Para o estadista americano, o mais importante seria a
estruturação de um organismo internacional que impedisse
novos conflitos. Wilson divulgou seus famosos “14 Pontos”,
que foram desprezados pelos líderes da França e Grã-Bretanha.
Humilhando a Alemanha julgavam garantir a paz duradoura.
Nada mais errado. Acabaram por nutrir o ressentimento
de todo um povo.

(Vejam mais sobre a Liga ou Sociedade das Nações em
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,326171,00.html e seu
fim em
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,306975,00.html?maca=bra-rss-br-all-1030-rdf
e também (in english) http://en.wikipedia.org/wiki/League_of_Nations

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A Conferência Naval de Washington

Outubro/1921


Interessados no desarmamento, os governos americano
e britânico convidaram França, Itália e Japão, para uma
conferência naval em Washington , em outubro de 1921,
das discussões então havidas, resultou o estabelecimento
da paridade em tonelagem, relativamente aos couraçados
e cruzadores, entre as marinhas inglesa e norte-americana;
o Japão poderia ter 3/5 daquela tonelagem; a França e Itália,
1/3. Os franceses, melindrados com essa tabela que feria
seu orgulho nacional, recusaram-se obstinadamente a
qualquer acordo que limitasse a quantidade de belonaves
menores, sobretudo quanto aos submarinos. Na realidade,
a Conferência de Washington foi o primeiro sinal de arrefeci-
mento nas relações franco-britânicas, ao mesmo tempo em
que assinalava o reconhecimento do Japão como grande
potência.”

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A Questão Italiana

A 'vitória de Pirro' da Itália na Primeira Guerra Mundial
foi notável. Uma mobilização de 5,5 milhões de soldados,
com baixas dolorosas de 600 mil mortos e quase 1 milhão
de feridos, com mais da metade de seus navios afundados,
um prejuízo subindo a 15 bilhões de dólares, e custos que
chegavam a 30% do PIB (renda nacional), causando uma
rápida desvalorização da lira.

O que mais? Uma inflação, aumento do custo de vida, aumento
do desemprego, incapacidade do governo parlamentar, ascensão
dos grupos de esquerda (anarquistas, socialistas, comunistas)
e aumento das greves, o que a uma reação dos monarquistas e
tradicionalistas, no movimento denominado 'fascista' onde a
'unidade nacional', a potência e a glória, deveria ser exaltadas
acima de tudo.



Continua....



Por

Leonardo de Magalhaens

http://leonardomagalhaens.zip.net/

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Causas da II Grande Guerra





Causas da II Grande Guerra


A Segunda Guerra Mundial tem por antecedentes uma
série concatenada de causas, semelhante a Primeira,
mas com um diferencial mais ideológico, enquanto a de
1914 era visivelmente 'imperialista'. Ambos os lados
diziam lutar pelo 'futuro da civilização'. Ambos os lados
diziam estar com a 'verdade'. Os fascistas queriam eliminar
os fracos e os liberais, e os liberais salvaguardar a
'democracia'. Já os socialistas e comunistas queriam
construir o 'paraíso da igualdade social', enfrentando os
dois grupos em conflito. (Até que os 'estalinistas', e os
'democratas' ianques, foram atacados, em 1941)

Basicamente a disputa de mercados e hegemonia no início
do século 20 foi 'sublimada' por disputas ideológicas, enquanto
a 'realpolitik' era mascarada por discursos pseudo-racionalistas
de 'liberdade' ou 'igualdade', 'vontade de poder' ou 'co-pros-
peridade'. Daí dizermos que há todo um 'imaginário' da
Segunda Guerra Mundial, todo um cenário de informação e
contra-informação, de propaganda e anti-propaganda, que
não havia em 1914-1918.

A Segunda Guerra Mundial começou como uma 'guerra civil
européia' com a Alemanha invadindo o alegado 'espaço vital'
(Lebensraum) na Europa do leste, e desafiando as hegemonias
das potências ocidentais e ameaçando as fronteiras da URSS
(capitaneada pela extensa e nebulosa Rússia). A guerra se
estendeu (além do prazo que o próprio Hitler esperava) devido
a recusa da Grã-Bretanha em aceitar uma hegemonia alemã
na Europa. Além, disso a recusa britânica e francesa em aceitar
o poderio italiano no Mediterrâneo e na África do Norte, levou
o ditador Mussolini a se aproximar mais do ditador alemão,
conduzindo assim a formação do Eixo Roma-Berlim.

Outra recusa era a norte-americana. Se os japoneses aceitavam
uma “América para os americanos”, era porque desejavam uma
Ásia para os asiáticos”, ou seja, uma Ásia sob hegemonia
japonesa. Mas os EUA se recusaram em aceitar tal hegemonia
nipônica no Pacífico e sudeste asiático. Assim, estava armada
a disputa. As imediatas ambições imperialistas do fascismo
italiano, do nazismo alemão e do militarismo japonês levaram
a eclosão do conflito.

No final, todos os imperialistas 'tardios' foram sufocados pelo
poderio industrial dos imperialistas 'clássicos', a Grã-Bretanha
e os EUA, e pela ascensão – ainda que dolorosa – da nova
potência, a URSS.

O Tratado de Versalhes

Uma causa que a maioria dos historiadores ressaltam é a
humilhação alemã com o termos do Tratado de Versalhes.
Na verdade, um Diktat, este complicado tratado não conseguiu
salvaguardar a paz – ainda mais em tempos de crises
econômicas como foi a de 1930.

Os chamados 'tratados de paz' foram nada mais que imposições
dos vencedores sobre os vencidos (por mais que os alemães
tenham mostrado 'eficiência bélica', e derrotados pela chegada
dos norte-americanos ), como bem notamos nas conferências
pós-guerra. Os tratados foram: Versalhes (28-06-1919), com a
Alemanha; Saint-Germain (10-09-1919) com a Áustria; Neuilly
(27-11-1919), com a Bulgária; Trianon (04-06-1920) com a
Hungria; e Sèvres (10-08-1920) com a Turquia. Com exceção
da Turquia, todos os demais países, descontentes, se deixaram
atrair para a esfera de influência da Alemanha, quando da
ascensão do III Reich.

Novas nações foram criadas, segundo o “princípio da autonomia
das nacionalidades
”, no que antes era o extenso território do
Império Austro-Húngaro e da parte européia do Império Russo.
Assim foram a Tchecoslováquia, a Iugoslávia, a Polônia, a
Finlândia, a Letônia, a Estônia, a Lituânia, todos pequenos países
que passaram a ser disputados (e ocupados) pelos gigantes ao
redor – Alemanha e Rússia.

Já em 1931, Trotsky dissera: “Se Hitler assumir o poder, provocará
uma guerra contra a URSS
” (ver “The Struggle against Fascism
in Germany
”) Contudo, de início, foi a Grã-Bretanha que 'pesou
a mão': não aceitaria uma “Europa germanizada”, uma potência
a ameaçar o Império Britânico – daí o apoio a Churchill, e não a
Halifax. Os britânicos (e os franceses) não queriam a competição
da Alemanha,a inda mais com uma ditadura racista e imperialista.
Daí, tentarem destruir Hitler e a “unidade alemã”. Em nome da
'democracia'?


Continua...


Por Leonardo de Magalhaens

http://leonardomagalhaens.zip.net/

terça-feira, 7 de abril de 2009




A derrota alemã na Primeira Guerra Mundial

O conflito imperialista entre Alemanha e Grã-Bretanha e entre
o Império Austro-Húngaro e o Império Russo levou a um combate
mundial que resultou na fragmentação dos Impérios centrais e
a Revolução Russa de 1917.

Foi o Kaiser Wilhelm II quem rompeu a política de Bismarck de
manter uma aliança com a Grã-Bretanha e a Rússia, no sentido
de isolar a França. Ao dar apoio ao Império Austro-Húngaro contra
os sérvios (apoiados pelos russos), a Alemanha possibilitou uma
guerra civil européia, que levou a guerra mundial.

A França manteve a aliança com a Grã-Bretanha (temerosa quanto
ao poderio alemão), e rompeu o 'bloqueio diplomático' ao financiar o
decadente absolutismo russo.

A Alemanha avançou pela Bélgica, rumo a Paris, mas as tropas
foram contidas pela resistência dos franceses. Forma-se uma linha
defensiva, composta de trincheiras. Cada lado tenta ofensivas, apenas
para ser repelido, com baixas assustadoras. Num impasse que durou
mais de dois anos! Até as novas ofensivas de cada lado em 1917 e
1918.

No leste, os alemães atacaram e empurraram os russos. A péssima
condição do exército czarista levou a rebeliões que culminaram na
Revolução de fevereiro de 1917, que avançou para uma revolução
bolchevique em outubro do mesmo ano, quando os sovietes de
operários, soldados e camponeses exigiram o armistício. Assim, a
Rússia sai da guerra.

E os EUA entram. Em 1917, os norte-americanos engrossam as
fileiras franco-britânicas e repelem a última ofensiva alemã. Antes
que a Alemanha seja invadida, os militares germânicos se rendem,
temendo o avanço da 'revolta vermelha', promovida pelos bolcheviques

internos. É extinta a monarquia e implantada uma república social-
democrata, a República de Weimar.

A I Grande Guerra mobilizou 65 milhões de soldados, sendo 4 milhões
de alemães, 4 milhões de franceses e 42 milhões dos aliados (britânicos,
norte-americanos e russos, a maioria). As baixas totalizaram 5 milhões
de mortos, 2 milhões de desaparecidos e 3 milhões de feridos.

Acontecem os primeiros reconhecimentos aéreos e bombardeios
aéreos contra as tropas, além do uso de tanques (invenção britânica).
Bombardeios que depois de 1937 vão se estender para ataques às
cidades e suas populações civis.



Continua...



Leonardo de Magalhaens