quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

ADOLF HITLER - Artista e Ditador







ADOLF HITLER: artista e ditador

Adolf Hitler: artista frustrado, egocêntrico e fanático, ditador de uma
potência industrial, de uma cultura magistral, base do melhor exército
da Europa.

Assim a Alemanha viu-se liderada (e mantida refém) por um homem
caprichoso e obcecado, mostrando o quanto um centralismo de poder
nas mãos de poucos (ainda mais na de um só!) representa um perigo
para a própria Nação.


(Certamente a importância da divisão de poderes, da descentralização,
da divisão de riquezas, de evitar-se a militarização (que origina os
caudilhos, ditadores, generalíssimos e seus golpes militares), com
uma maior participação do povo nas decisões políticas, a administração
de baixo-para-cima, a erradicação das 'castas militares' que mantêm
o poder civil como refém.)

Mas quais as condições que geraram a ascensão de Adolf Hitler ao
poder?

O grande erro dos Aliados no fim da Primeira Guerra Mundial foi
humilhar a Alemanha. Um povo orgulhoso sempre se volta para os
belicistas, que defendem a "honra conquistada pelas armas". Assim
o militarismo falou mais alto e a nação que poderia exportar a revolução


socialista, espalhou a tirania nazista.

A França nunca aceitou a unificação alemã. "A única paz que a França
deseja é a Paz de Westphalia", disse um líder francês no início da
Segunda Guerra Mundial. Ou seja, uma referência a derrota alemã, na
Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), quando os alemães se encontraram


divididos em centenas de Estados, todos feudais, enquanto a Europa
adentrava a era dos Estados Nacionais. (De fato, a Alemanha, e a Itália,
só conseguiram a unificação, o Estado-Nação, em meados do século XIX.
Em unificações movidas de cima-para-baixo, favoráveis aos interesses


imperialistas das Elites. A burguesia aliada às aristocracias, para sufocar
o movimento político do proletariado.)

Paz da Westphalia em http://pt.wikipedia.org/wiki/Paz_de_Westphalia
http://educacao.uol.com.br/historia/guerra-trinta-anos-2.jhtm
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,660411,00.html

Nacionalismo e derrota militar, humilhação e democracia imposta:
eis o contexto da vida de Adolf Hitler. Um ódio contra os ocidentais,
um ódio contra a democracia, um militarismo movido pelo medo e
pela cobiça.

Explorando o medo burguês diante dos movimentos socialistas e
proletários, além de apontar o 'bode expiatório', o Judeu, misturado
ao Volk (povo alemão), Hitler conseguiu arrastar as esperanças alemãs


depositadas numa espécie de Messias militarista, fanático da soberania
nacional e da expansão imperialista. Exatamente o oposto do que
muitos esperavam da Alemanha. Lenin e Trotsky, por exemplo,
esperavam que a Alemanha fizesse a Revolução e que ajudasse então
a reerguer a Rússia.

Ocorre que fatal e tragicamente a Social-Democracia da República
de Weimar (governada por um Presidente monarquista!) condenou a
morte os líderes socialistas (entre eles Rosa Luxemburgo) com a ajuda
dos direitistas, os conservadores e os Freikorps (grupos paramilitares)
eliminaram os grupos de Esquerda. Em seguida, o Centro foi sendo
devorado pela Direita.

A democracia caiu sem apoio, sem Esquerdas para contrabalancear
as Direitas, e o Nacional-Socialismo (desde o nome uma contradição
em termos) subiu com apoio popular - pois recorria ao populismo
(que bem identificamos no Brasil na pessoa do Presidente-Ditador
Getúlio Vargas) onde o Fuhrer se dizia o enviado da Providência
para erguer a Alemanha e conquistar a soberania nacional.

Realmente reergueu e conquistou a soberania nacional, apenas para


fanaticamente desejar o Império Alemão na Europa (em pleno século 20!)
com a conquista do "Espaço Vital" (Lebensraum) e a eliminação de todos
os 'fracos e indesejáveis'. Assim a Revolução Socialista deu lugar a
Reação Fascista e a longa guerra mundial de 1939 a 1945, que logo


ensanguentou os mares e as estepes, os fjords e os desertos, com
a invasão da Rússia ( que sofreu primeiro, depois se vingou brutalmente)
e a prostração (com duas bombas atômicas) do Japão, quando a
Alemanha já derrotada, sob a invasão conjunta de britânicos, norte-
americanos e russos.

É a Segunda Guerra Mundial, não esperada, mas desencadeada, pelo
ditador alemão, o motivo das análises e citações nos textos deste blog
que hoje inauguro.

O imaginário da Segunda Guerra Mundial é o meu interesse aqui. Quem
quis a guerra? Quem quis parar a Guerra? Quem se beneficiou? Quem
vendeu as armas? Quem espionou quem? Quem venceu realmente?
Quantas pereceram? O que foi destruído? O mundo pós-guerra é de paz?
Todas estas questões e algo mais (os bastidores!) aqui disponíveis ao
longo dos próximos anos - até 2015 - seguindo a cronologia dos
acontecimentos de 1939 a 1945.




Leonardo de Magalhaens






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