Guerra Civil Finlandesa
Parte 2
Depois do colapso do Império Russo, na Primeira Guerra
Mundial, e a eclosão da Revolução Russa, depois
Bolchevique, em 1917, os finlandeses conseguiram manter
uma autonomia em relação aos russos. Tanto os conservadores
quanto os social-democratas desejavam uma emancipação
e lutavam por isto. O modelo de governo que seria instaurado
depois, este era o motivo da discórdia.
Em dezembro de 1917, o governo soviético emite um decreto
para garantir a emancipação da Finlândia, em nome do direito
de auto-determinação dos povos. Antes, o próprio Senado
já elabora uma Declaração de Independência, que não
contou com o apoio dos social-democratas (afinal, seriam
mantidos os privilégios dos senhores feudais, latinfundiários,
e burgueses...)
Numa sociedade cindida por estamentos, desigualdade de
riquezas, concentração de terras, dividida entre nacionalistas,
em pró-suecos, pró-germânicos, pró-soviéticos, uma guerra
civil mais do que eclosão dos conflitos, é um trauma que
atravessa gerações, vitimadas por uma guerra entre irmãos,
sangrando a nação.
Em nome de uma autonomia finlandesa, os senadores
(representantes dos conservadores) nada mais do que
deixaram a nação sob influência alemã (o Império do Kaiser
ainda não havia se rendido), enquanto os Vermelhos
(de socialdemocratas a comunistas) aceitavam o apoio
russo soviético – não muito aceito num país que sofrera
tanto com a 'russificação' imposta pelos czares.
Como garantir a independência da Finlândia sem
deixar o país na órbita Alemanha ou da Rússia? Como
criar um Parlamento democrático que represente as
várias forças políticas da nação? Como articular um
diálogo político entre conservadores e democratas,
entre latifundiários e socialistas? A impossibilidade
de agradar a todos – ou a maioria – cria a radicalização
que explode em conflito. Assim cada lado se arma – na
ausência de um exército nacional – em grupos de
Guardas Brancos e Guardas Vermelhos.
Agressões de lado a lado levam à guerra aberta em
janeiro de 1918, principalmente no sul e sudoeste,
principalmente nas cidades industriais, com maiorias
trabalhistas, socialistas e comunistas. A luta de
classes novamente movendo a História.
Parte 2
Depois do colapso do Império Russo, na Primeira Guerra
Mundial, e a eclosão da Revolução Russa, depois
Bolchevique, em 1917, os finlandeses conseguiram manter
uma autonomia em relação aos russos. Tanto os conservadores
quanto os social-democratas desejavam uma emancipação
e lutavam por isto. O modelo de governo que seria instaurado
depois, este era o motivo da discórdia.
Em dezembro de 1917, o governo soviético emite um decreto
para garantir a emancipação da Finlândia, em nome do direito
de auto-determinação dos povos. Antes, o próprio Senado
já elabora uma Declaração de Independência, que não
contou com o apoio dos social-democratas (afinal, seriam
mantidos os privilégios dos senhores feudais, latinfundiários,
e burgueses...)
Numa sociedade cindida por estamentos, desigualdade de
riquezas, concentração de terras, dividida entre nacionalistas,
em pró-suecos, pró-germânicos, pró-soviéticos, uma guerra
civil mais do que eclosão dos conflitos, é um trauma que
atravessa gerações, vitimadas por uma guerra entre irmãos,
sangrando a nação.
Em nome de uma autonomia finlandesa, os senadores
(representantes dos conservadores) nada mais do que
deixaram a nação sob influência alemã (o Império do Kaiser
ainda não havia se rendido), enquanto os Vermelhos
(de socialdemocratas a comunistas) aceitavam o apoio
russo soviético – não muito aceito num país que sofrera
tanto com a 'russificação' imposta pelos czares.
Como garantir a independência da Finlândia sem
deixar o país na órbita Alemanha ou da Rússia? Como
criar um Parlamento democrático que represente as
várias forças políticas da nação? Como articular um
diálogo político entre conservadores e democratas,
entre latifundiários e socialistas? A impossibilidade
de agradar a todos – ou a maioria – cria a radicalização
que explode em conflito. Assim cada lado se arma – na
ausência de um exército nacional – em grupos de
Guardas Brancos e Guardas Vermelhos.
Agressões de lado a lado levam à guerra aberta em
janeiro de 1918, principalmente no sul e sudoeste,
principalmente nas cidades industriais, com maiorias
trabalhistas, socialistas e comunistas. A luta de
classes novamente movendo a História.
Os combates
Um conflito entre ricos e pobres, entre classes sociais,
entre visõespolíticas, não um conflito étnico ou religioso,
foi o que caracterizoua Guerra Civil Finlandesa. Os
nacionalistas desejavam uma distância tanto política
quanto ideológica em relação à Rússia, mas os social-
democratas, os socialistas e os comunistas aceitavam
um apoio russo, em nome do 'internacionalismo' do
proletariado. Como sempre aqueles que possuem armas,
os militares, acendem o estopim. Guardas radicalizaram
as lutas de classes, e assim os radicais de Esquerda
também fizeram.
Ambos os grupos em discórdia recorreram ao uso de
armas e o conflito eclodiu em janeiro de 1918, com os
Guardas Brancos acusando os Guardas Vermelhos de
servirem aos interesses russos (uma vez que os militares
não acreditam em qualquer 'internacionalismo'...), e os
mesmo conservadores que contavam com o apoio da
Monarquia Germânica, passaram a 'defender' uma
'república democrática' (o que mostra que 'democracia'
muitas vezes pode não passar de rótulo e propaganda...).
Já os Guardas Vermelhos tinham o apoio dos explorados,
dos assalariados, dos subempregados, dos camponeses,
dos operários, dos intelectuais não vendidos, de todos os
não-proprietários, e que desejavam uma real “república
democrática”, não apenas um slogan populista.
http://es.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Finlandesa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_civil_finlandesa
Historiografia
Até hoje a historiografia oficial tem dificuldades em nomear
a Guerra Civil Finlandesa que tanto abalou a sociedade
finlandesa, transformada em campo de batalha entre
os imperialistas alemães e suecos, entre os conservadores
latinfundiários e o proletariado, com apoio dos soviéticos.
Outros nomes são usados, de acordo com os interesses, e
as fontes de referência. Tem-se “guerra de libertação”
(vapaussota), ou “guerra de irmãos” (veljessota), e também
“rebelião vermelha” (punakapina), mostrando-se que
90 anos depois do conflito as feridas ainda continuam
abertas.
Segundo dados (nem todos averiguados) cerca 37 mil
foram vitimados – entre armados e desarmados -
com baixas entre voluntários suecos e soviéticos russos.
A Esquerda sofreu mais, ao ser desmembrada, e
massacrada numa campanha de terror, onde morreram
mais Vermelhos em execuções do que em campos de
batalha. (Fontes registram 11 mil mortos em campos
de confinamento/concentração, devido a fome e
maus tratos, além de torturas.)
Outros nomes são usados, de acordo com os interesses, e
as fontes de referência. Tem-se “guerra de libertação”
(vapaussota), ou “guerra de irmãos” (veljessota), e também
“rebelião vermelha” (punakapina), mostrando-se que
90 anos depois do conflito as feridas ainda continuam
abertas.
Segundo dados (nem todos averiguados) cerca 37 mil
foram vitimados – entre armados e desarmados -
com baixas entre voluntários suecos e soviéticos russos.
A Esquerda sofreu mais, ao ser desmembrada, e
massacrada numa campanha de terror, onde morreram
mais Vermelhos em execuções do que em campos de
batalha. (Fontes registram 11 mil mortos em campos
de confinamento/concentração, devido a fome e
maus tratos, além de torturas.)
por Leonardo de Magalhaens
http://leonardomagalhaens.zip.net/
A Literatura retrata a Guerra Civil Finlandesa
O primeiro livro popularmente apreciado na Finlândia sobre a guerra, Hurskas kurjuus
Na poesia, Bertel Gripenberg, que havia se voluntariado para o exército branco, celebrou
seguindo indivíduos e famílias de tanto o lado branco quanto o vermelho, antes, durante
e após o período de guerra.
Fonte: Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_civil_finlandesa#cite_ref-62
Fonte: Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_civil_finlandesa#cite_ref-62
Nenhum comentário:
Postar um comentário