Pacto Ribbentrop-Molotov ou
Não-Agressão Soviético-Germânico
Deutsch-sowjetische Nichtangriffspakt
ou: O acordo entre Totalitarismos
ou: A nova Partilha da Polônia
Pode-se dizer que a assinatura do Pacto Germânico-Soviético
foi a 'permissão' russa para a invasão nazista da Polônia. O
pacto assinado por Ribbentrop e Molotov, com a plena
concordância de Hitler e Stálin, possibilitou a avalanche da
Blitzkrieg rumo ao leste.
Caso a URSS não tivesse aprovado o Pacto, dificilmente as
forças nazistas teriam ousado tanto – seria começar de imediato
uma guerra em duas frentes, sendo golpeadas à oeste pelos
britânicos e franceses, e também à leste, pelos poloneses e russos.
Todos sabemos que o Chanceler e Führer Adolf Hitler desejava
evitar uma guerra em duas frentes, ainda que duvidasse do pacto
franco-anglo-polonês, onde as potências ocidentais prometiam
garantir a integridade territorial da Polônia contra uma agressão do
III Reich (e não de um ataque da URSS).
A política externa com relação aos Ocidentais era de conveniência,
de hegemonia, para aceitarem um Reich alemão com supremacia
na Europa. O verdadeiro objetivo militar, numa guerra imperialista,
territorial e racial, sempre foi as estepes ucranianas e russas.
Além de um ódio fanático contra os 'bolcheviques' (mortos há
algum tempo pelo próprio Stálin!) Os planos de Hitler era invadir
a Polônia, ter uma 'fronteira comum' com a odiada URSS, o objetivo
real do 'avanço para o Leste' (Drang nach Osten) http://de.wikipedia.org/wiki/Drang_nach_Osten
http://en.wikipedia.org/wiki/Drang_nach_Osten
Disse Hitler, em 1939, antes de Ribbentrop assinalar a papelada
em Moscow, “Tudo o que empreendo é dirigido contra a Rússia; se
o Ocidente é burro e cego demais para entender isso, serei obrigado
a me entender com a Rússia, vencer o ocidente e depois reunir
minhas forças e me voltar contra a União Soviética” (in: Fest, J,
“Hitler”, p. 696)
Afinal, desde julho de 1939, os alemães, principalmente os líderes
econômicos, travavam conversações com os russos, sobre a
necessidade de matérias-primas, esfras de interesse, enquanto os
líderes políticos (principalmente do 'corredor polonês') desejavam
de imediato uma nova divisão da Polônia. Seria então a 'quarta
partição da polônia' (ver info em http://pt.wikipedia.org/wiki/Partições_da_Polônia)
quando alemães cuidariam em invadir pelo ocidente e os russos
pelo oriente. Obviamente que hitler não desejava qualquer acordo
com os 'bolcheviques', mas os russos tinham interesses no Leste
europeu, e os alemães podiam dar o que os Ocidentais (entenda-se
Grã-Bretanha e França) não permitiriam.
Com a 'boa vontade' russa (e não 'soviética' ou 'socialista' , mas
nacionalista burocrática) as conversações entre alemães (via o
embaixador em Moscow, von der Schulenberg) e burocratas russos
tiveram continuidade em agosto de 1939, com o ápice representado
pela visita em persona do próprio Ribbentrop a Moscow em 23 de
agosto (enquanto isso os representantes britâncios viajam de navio,
pelo oriente. Obviamente que hitler não desejava qualquer acordo
com os 'bolcheviques', mas os russos tinham interesses no Leste
europeu, e os alemães podiam dar o que os Ocidentais (entenda-se
Grã-Bretanha e França) não permitiriam.
Com a 'boa vontade' russa (e não 'soviética' ou 'socialista' , mas
nacionalista burocrática) as conversações entre alemães (via o
embaixador em Moscow, von der Schulenberg) e burocratas russos
tiveram continuidade em agosto de 1939, com o ápice representado
pela visita em persona do próprio Ribbentrop a Moscow em 23 de
agosto (enquanto isso os representantes britâncios viajam de navio,
demorando o dobro de tempo! e o Duce Mussolini não quer uma
guerra imediata, o que faz Hitler adiar o ataque a Polônia, de
26 de agosto para 1o de setembro) Apesar de todas as divergências
entre os nazistas e os estatistas nacionalistas russos, sobram o
antagonismo comum contra os 'capitalistas liberais ocidentais', o
que possibilita um Pacto de Não-Agressão.
“Apesar de todas as divergências de suas respectivas concepções
políticas, o que havia de comum entre as ideologias da Alemanha
e da Itália e da URSS, ou seja, uma antipatia marcada pelas
democracias capitalistas ocidentais.” (fonte: J Schnurre, in: Fest, J,
“Hitler”, p. 700)
Além do que Stálin temia uma aliança Ocidente + Alemanha para
invadir a URSS, e o maior medo de Stálin era se envolver numa
guerra. Tanto que sempre cumpriu todos os acordos com os nazistas,
enviando matérias-primas e cereais, até no dia da Operação
Barbarossa, em 22 de junho de 1941, quando Stálin não podia
acreditar numa tamanha traição de Hitler. (Seria Stálin um ingênuo?
Alguns acham que ele previu tudo, o que seria mais um pacto suicida.
Não acreditar no Sorge, achar que tudo era provocação do
Mr. Churchill)
A Grã-Bretanha e a França, enquanto isso, se esforçavam para
arrancar um acordo com os poloneses, no sentido de permitirem
um avanço das tropas russas, o Exército Vermelho, em território
polaco, para combater os alemães. Obviamente, os poloneses
não confiavam nos russos (lembrar que as tropas de Pilsudiski
e Rydz-Smigly derrotam os russos às portas de Varsóvia em 1920)
(mais em http://en.wikipedia.org/wiki/Polish–Soviet_War )
Talvez os dignitários poloneses já soubessem de um tal Protocolo
Secreto, no pacto entre alemães e russos, para uma posterior
partilha da Polônia. Mesmo que nunca desconfiassem de uma
derrota tão rápida como a que sofreram em setembro de 1939,
golpeados à oeste pela Blitzkrieg, e depois , à leste, pelo
Exército Vermelho.
Por Leonardo de Magalhaens
http://leonardomagalhaens.zip.net/
Mais info em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_Molotov-Ribbentrop
http://en.wikipedia.org/wiki/Molotov–Ribbentrop_Pact
guerra imediata, o que faz Hitler adiar o ataque a Polônia, de
26 de agosto para 1o de setembro) Apesar de todas as divergências
entre os nazistas e os estatistas nacionalistas russos, sobram o
antagonismo comum contra os 'capitalistas liberais ocidentais', o
que possibilita um Pacto de Não-Agressão.
“Apesar de todas as divergências de suas respectivas concepções
políticas, o que havia de comum entre as ideologias da Alemanha
e da Itália e da URSS, ou seja, uma antipatia marcada pelas
democracias capitalistas ocidentais.” (fonte: J Schnurre, in: Fest, J,
“Hitler”, p. 700)
Além do que Stálin temia uma aliança Ocidente + Alemanha para
invadir a URSS, e o maior medo de Stálin era se envolver numa
guerra. Tanto que sempre cumpriu todos os acordos com os nazistas,
enviando matérias-primas e cereais, até no dia da Operação
Barbarossa, em 22 de junho de 1941, quando Stálin não podia
acreditar numa tamanha traição de Hitler. (Seria Stálin um ingênuo?
Alguns acham que ele previu tudo, o que seria mais um pacto suicida.
Não acreditar no Sorge, achar que tudo era provocação do
Mr. Churchill)
A Grã-Bretanha e a França, enquanto isso, se esforçavam para
arrancar um acordo com os poloneses, no sentido de permitirem
um avanço das tropas russas, o Exército Vermelho, em território
polaco, para combater os alemães. Obviamente, os poloneses
não confiavam nos russos (lembrar que as tropas de Pilsudiski
e Rydz-Smigly derrotam os russos às portas de Varsóvia em 1920)
(mais em http://en.wikipedia.org/wiki/Polish–Soviet_War )
Talvez os dignitários poloneses já soubessem de um tal Protocolo
Secreto, no pacto entre alemães e russos, para uma posterior
partilha da Polônia. Mesmo que nunca desconfiassem de uma
derrota tão rápida como a que sofreram em setembro de 1939,
golpeados à oeste pela Blitzkrieg, e depois , à leste, pelo
Exército Vermelho.
Por Leonardo de Magalhaens
http://leonardomagalhaens.zip.net/
Mais info em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_Molotov-Ribbentrop
http://en.wikipedia.org/wiki/Molotov–Ribbentrop_Pact
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